quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Avenida Santana: História e polêmicas
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Em 2011, ...
09 de janeiro – Dois homens morrem esmagados sobre o trilho, enquanto dormiam embriagados. O fato ocorre nas proximidades da Lixeira Pública de Santana.
10 de janeiro – Polícia Técnico-Científica (Politec) do Amapá confirma que a ossada humana encontrada no km-51 da BR-210, é da vendedora Oricélia Gomes Borges, que desapareceu na manhã do dia 28 de agosto de 2010 em Santana.
16 de janeiro – O motorista de ônibus Jorge Pereira Morais denuncia o delegado Civil Jurandir Bentes por abuso de autoridade durante um desentendimento com usuário “passe-livre”.
17 de janeiro – Segundo informações do Delegado da Polícia Civil de Santana Francisco Sávio, pelo menos sete policiais que integram o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) são indiciados pelo assassinato do autônomo Antônio Carlos Borges, 38, ocorrido em novembro de 2010.
14 de fevereiro – Um grupo composto por mais de 100 famílias invadem uma extensa área na Rodovia Duca, situado ao lado do ramal que dá acesso ao Porto do Céu.
17 de fevereiro – A Secretaria de Estado da Cultura (Secut) faz a doação de 70 livros didáticos para a Biblioteca Comunitária da Ilha de Santana. Os livros são de utilidade para alunos de 1ª a 4ª série.
22 de fevereiro – Aprovado na Câmara de Vereadores de Santana, o Projeto de Lei que transforma a Casa da Hospitalidade de Santana em instituição de Utilidade Pública.
14 de março – O Diretor-geral do TRE/AP Cláudio Xavier e o chefe de Cartório da 6ª Zona Eleitoral, Adeilson Mendes, participam de reunião com o prefeito de Santana Antônio Nogueira, onde tratam da doação do terreno para a construção do Cartório Eleitoral do município.
15 de março – A Secretaria de Estado da Educação (Seed) certifica mais de 150 alunos do Projovem Urbano do pólo de Santana.
18 de março – Servidores do quadro municipal da Educação de Santana paralisam suas atividades por tempo indeterminado, reivindicando por melhorias de trabalho e reposições salariais.
22 de março – A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) inaugura 03 câmaras frias, sendo uma de congelamento e duas de resfriamento. As câmaras estão instaladas no Frigorífico Matadouro do Amapá (Frimap) e custaram R$ 3 milhões ao Estado.
23 de março – A estudante santanense Mariana Oliveira Alves da Silva, 12, é a representante do Estado do Amapá no concurso “Soletrando 2011” do Programa Caldeirão do Hulk, transmitido pela Rede Globo de Televisão.
24 de março – Realizada audiência pública na Câmara de Vereadores de Santana, na qual foram debatidos sobre o problema de distribuição de água tratada no município de Santana, assim como também a questão das cobranças de consumo que chegam mensalmente atrasadas nas residências dos conusmidores.
28 de março – Além dos servidores da área da educação estarem paralisados, desta vez são os servidores da saúde que paralisam suas atividades por tempo indeterminado, onde reclamam do pagamento de seus vencimentos, atrasado há mais de dois meses. Somente na área da saúde, foram mais de 700 profissionais que cruzaram os braços para o ato, somando com mais os 500 professores e pedagogos do município que já estavam paralisados.
28 de março – Retomada as obras de ampliação do Hospital Estadual de Santana, sob aval do Governo do Estado, ficando os trabalhos nas mãos da empresa ECAP Engenharia Ltda. A conclusão das obras está orçada em mais de R$ 4 milhões.
15 de abril – Até esta data, os servidores municipais da saúde e educação continuavam paralisados, aguardando que o prefeito Antônio Nogueira manifestasse interesse nas negociações com as categorias.
20 de abril – Juiz da 1ª Vara Cível da Comarca de Santana Marco Miranda da Encarnação, determina a imediata retirada de circulação do município santanense, de 10 placas de táxis. As placas que vão do número 116 a 125, estavam explorando ilegalmente o serviço público de táxi, utilizando-se de placas cujas autorizações já estavam expiradas desde 20 de dezembro de 2008.
25 de abril – Justiça Federal do Amapá fiscaliza a Companhia de Água e Esgoto do Amapá (CAESA) em Santana. A vistoria teve o objetivo de coletar informações sobre as obras de abastecimento de água do município, pois, somente 40% da população santanense tem água tratada nas torneiras.
02 de maio – Dois funcionários da CIRETRAN de Santana são condenados pelo Juiz Samuel Rubem Zoldan Uchôa, da 1ª Vara Criminal da Comarca e Santana, por haverem inserido dados falsos no sistema Renavam, mediante o uso de suas senhas de caráter pessoal, sigilosa e intransferível.
05 de maio – Através de uma Liminar Judicial, cerca de 30 ambulantes que trabalhavam na tradicional Feira do “Mete a Mão” são obrigados a deixarem seus boxes para no local ser construído o Shopping Popular de Santana.
16 de maio – Uma determinação judicial, impetrada pelo Juiz Marcus Miranda, da 1ª Vara Civel da Comarca de Macapá ordena retirada das famílias que residem ao longo das margens da Estrada de Ferro, desde o município de Santana até o km-09. A ação é movida pela mineradora Anglo American.
16 de maio – Prefeitura de Santana lança seu Portal da Transparência.
17 de maio – 60 servidores da Prefeitura de Santana participam de audiência contra o Banco Paulista, onde acusam a instituição bancária de fazer descontos indevidos em suas folhas de pagamento. Não houve acordo entre as partes.
27 de maio – Inauguração do Complexo esportivo e comercial do bairro dos Remédios. No local, é construído uma praça e uma feira-livre contendo 12 boxes, além de ter sido realizado a pavimentação de vias em bloquetes, drenagem e calçamento de algumas ruas do bairro.
27 de maio – Entra no ar, o Canal-46 STN TV, afiliada local da Rede CNT (SP), com programação regional. A nova emissora está instalada no mesmo prédio da emissora de rádio 93,3 Porto FM (bairro Fonte Nova). O carro-chefe da emissora é o telejornal STN TV.
30 de maio – Governo do Amapá lança o Programa Acelera Santana (PAS). O evento ocorre na sede da Câmara de Vereadores de Santana.
08 de junho – Prefeitura de Santana e Associação dos Empreendedores de Santana (AVAS) assinam um Termo de Acordo, com objetivo de garantir a locação provisória aos feirantes que anteriormente ocupavam os boxes da antiga Feira do “Mete a Mão”.
15 de junho – Passa a funcionar em Santana, o Grupo de Recuperação “Fumantes Anônimos” (F.A).
16 de junho – Agência dos Correios de Santana é assaltada por 02 elementos que são presos horas depois.
19 de junho – Um grupo anônimo usa explosivos para estourar os caixas eletrônicos do Banco Itaú, no município de Santana. As primeiras informações são repassadas por testemunhas que descreveram uma moto XTZ e um veículo Gol.
20 de junho – Brasília (DF). Governador do Amapá Camilo Capiberibe é recebido pelo ministro da Secretaria Nacional dos Portos, Leônidas Cristino, onde trata de encontrar soluções que possam desenvolver o Porto de Santana.
21 de junho – Governo do Amapá repassa R$ 580 mil para a Casa da Hospitalidade de Santana, referente a convênio para manter o Projeto Aconchego. O repasse é assinado com a direção da entidade.
04 de julho – Os promotores de Justiça da Comarca de Santana, Roberto Álvares, Afonso Guimarães e André Araújo, inspecionam três delegacias de Polícia de Santana, para avaliar as atuais condições de trabalho da Polícia Civil no município.
06 de julho – Acontece no plenário da Câmara de Vereadores de Santana, a 4ª Conferência Municipal de Saúde de Santana. O evento reuniu agentes governamentais e representantes de entidade civis organizadas do segmento da saúde.
11 de julho – O barco ribeirinho “Diamante Negro” naufraga nas proximidades do Pau Cavado, quando retornava para o município de Santana (AP). Pelo menos 05 pessoas morrem no naufrágio e 32 passageiros sobrevivem.
16 de julho – Acontece em Santana, uma manifestação pública denominada “Acorda Santana”, percorrendo diversas ruas e avenidas da cidade, com intuito de pedirem o afastamento de Antônio Nogueira da Prefeitura de Santana, sob acusação de irregularidades administrativas.
22 de julho – Moradores de Santana denunciam o atendimento da CEA, alegando não encontrarem explicações para o aumento de mais de 100% no valor das faturas de energia elétrica, entregues este mês nas residências. Ver 25.07.2011.
24 de julho – Vereador santanense Robson Coutinho (PPS) envolve-se em acidente automobilístico na Rodovia Salvador Diniz, onde sua Pick-up capota e mata sua acompanhante, a domestica Elisvangela Morais Barros de Oliveira, que teve seu corpo cuspido do veículo.
25 de julho – Diretoria da CEA admite erro no envio das faturas de cobrança indevidas de energia elétrica aos consumidores residente em Santana. A afirmação teria sido motivada a partir de denúncias divulgadas na imprensa local. Segundo a estatal, o acréscimo observado nas faturas teria sido originado pela falta de leituristas e de um cálculo de consumo abrangendo seis meses.
13 de agosto – Inauguração da Praça Poliesportiva do bairro Fonte Nova. A obra custou R$ 806.358,03 mil, com recursos do Governo Federal, provenientes de uma emenda participativa da Bancada Federal do Amapá.
14 de agosto – Morre o Comandante Anníbal Barcellos, ex-governador do Amapá. Durante suas duas gestões no Governo amapaense, Barcellos deu muita atenção para o município, onde aplicou recursos para inúmeras obras hoje existentes como escolas, poste de saúde e logradouros.
15 de agosto – Operários da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de Santana retiram todas as barracas comerciais que estavam construídas na lateral da antiga sede do Independente Esporte Clube. A ação faz parte de um projeto de limpeza e urbanização desenvolvido pela Prefeitura de Santana.
24 de agosto – A Revista “Veja” desta semana, dá destaque a um trabalho desenvolvido por professores de matemática da Escola Estadual Professor José Barroso Tostes, em Santana (AP). A matéria da revista aborda como algumas escolas têm o índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) maior que a média do Estado, e ainda se destacam nas Olimpíadas de Matemática. Na última edição do concurso nacional de matemática, 04 alunos dessa escola ganharam medalhas.
24 de agosto – Governador do Amapá Camilo Capiberibe e o prefeito de Santana assinam o Protocolo de Intenções entre o Estado e o município que institui oficialmente o Grupo de Trabalho que vai possibilitar que o Estado passe a ser controlador do Porto Organizado de Santana.
25 de agosto – Polícia Militar intervém na retirada de 200 famílias que invadiram uma área particular, pertencente a Senhor Nelson Richeni, situado nas proximidades do loteamento Jardim de Deus. A decisão de retirada foi deferida pelo Juiz Marco Miranda, da 1ª Vara Cível da Comarca de Santana.
27 de agosto – O cabo da PM Vanderlei Ferreira da Silva (Cabo V. Silva), 41 anos, é assassinado com 17 terçadadas pelo corpo, sendo ainda socorrido, mas não resiste aos graves ferimentos. Segundo o acusado pelo crime, Eriosvaldo Rodrigues da Silva, o motivo ser um relacionamento que o PM estava tendo com a ex-mulher do acusado, porém, depois ficou constatado que Eriosvaldo havia matado o PM errado.
30 de agosto – Presidente da empresa Amapá Celulose e Papel Ltda (Amcel), Takuya Kuwahara anuncia a construção de uma nova fábrica de cavacos em Santana, vindo a substituir a atual que já apresenta deficiência operacional e defasada.
13 de setembro – A jovem evangélica Rosana de Oliveira Bezerra, 17, é assassinada por um desconhecido no momento que saía de um culto evangélico. O crime repercute no município.
16 de setembro – Em denúncia ajuizada, o Ministério Público Federal (MPF/AP) acusa o ex-prefeito de Santana Rosemiro Rocha, por não prestar contas de um convênio firmado com o extinto Ministério da Assistência Social (MAS).
25 de setembro – O foragido da justiça Paulo Roberto Lima da Silva (conhecido “Paulo Psicopata”) é preso em Santana, quando fazia uma doméstica de refém durante duas horas. O fato ocorre próximo do Terminal Rodoviário e envolve dezenas de policiais do BOPE. Paulo Psicopata também foi reconhecido por uma testemunha como sendo o homem que matou a adolescente Rosana Oliveira Bezerra no dia 13 de setembro.
26 de setembro – Partidos que integram aliança política com o prefeito de Santana Antônio Nogueira divulgam uma Nota de Apoio, onde acusam o vice-prefeito Carlos Alberto Mathias de armar um golpe para destituir o prefeito Nogueira do cargo, alegando desvios de recursos federais, havendo até mesmo a participação de vários vereadores santanenses. Os partidos que assinam a Nota são: PT, PSB, PTN e PCdoB.
27 de setembro – Vice-prefeito de Santana Carlos Mathias informou ingressar na justiça contra o prefeito Antônio Nogueira por conta das acusações que o prefeito vêm fazendo sobre procedimento que seriam ilegais na Secretaria Municipal de Santana, quando Mathias era gestor municipal daquele setor. O vice acumulava o cargo de secretário municipal, quando o prefeito Nogueira o exonerou e expediu uma Nota acusando-o de ter sido denunciado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por direcionamento de licitações e fracionamento de despesas, ocorrido na Semsa.
27 de setembro – Em sessão realizada na Câmara de Vereadores de Santana, é aprovado o afastamento por 90 dias do prefeito Antônio Nogueira, contados por 07 votos a um. Nogueira vinha sendo acusado por desvio de finalidade na aplicação de recursos do setor da saúde. Nesta mesma sessão, é aprovada a criação de uma comissão processante para apurar tais denúncias contra o gestor. Nota: Durante a sessão, populares presentes jogaram ovos e bolinhas de papéis nos vereadores que estavam compondo a oposição do Executivo municipal.
30 de setembro – Durante assinatura de convênio com o Governo Estadual, o prefeito Antônio Nogueira rasga a notificação judicial que o afastava do cargo municipal. O ato ocorre em frente à Prefeitura de Santana, diante de autoridades políticas e sociais.
03 de outubro – Ocorre na Câmara de vereadores de Santana, a posse do vice Carlos Mathias para assumir a vaga de prefeito de Santana, no lugar de Antônio Nogueira, que no entendimento dos vereadores santanenses estava afastado do cargo por 90 dias., decorrente de denúncias de desvios de verbas federais na Semsa.
04 de outubro – O Juiz José Bonifácio Lima da Mata, da 3ª Vara Cível de Santana concede uma liminar (Medida Cautelar Inominada Preparatória) para manter Antônio Nogueira no cargo de prefeito de Santana. Durante todo esse dia (04), a cidade de Santana ainda ficou tendo dois prefeitos, sendo um na prática e outro sob apoio judicial.
12 de outubro – A menor Maria da Conceição Trindade Fonseca, 15, é morta com uma facada no peito por outra menor, de iniciais F.M.V.V., de 14 anos, motivados por um suposto triângulo amoroso.
12 de outubro – Governo do Amapá assina convênio de R$ 512 mil para atender 17 instituições sociais no município de Santana.
25 de outubro – A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informa ter detectado fraudes na distribuição de processos no Fórum do município de Santana (AP). O chefe do cartório de distribuição de processos da Comarca de Santana é afastado, pois, segundo as investigações, o mesmo processo era distribuído em outras Varas, o que favorecia uma das partes envolvidas no processo.
27 de outubro – Acontece no plenário da Assembléia Legislativa, uma audiência pública, que discute sobre a transferência do controle do Porto de Santana para o Estado do Amapá.
30 de outubro – O conhecido professor santanense Silvio Romero Dantas morre em acidente automobilístico na Rodovia Duca Serra.
07 de novembro – Diretoria da CEA recebe do IEPA, o relatório ambiental simplificado para instalação da Usina Termelétrica de Santana.
11 de novembro – O Centro de Referência de Atendimento a Mulher (CRAM) realiza a 1ª Conferência Municipal Sobre Transparência e Controle Social, com o tema: A Sociedade no Acompanhamento e Controle da Gestão Pública. O evento ocorre no plenário da Câmara de Vereadores de Santana.
17 de novembro – Em sessão histórica, que durou mais de horas, vereadores santanenses aprovam uma nova cassação para o prefeito Antônio Nogueira, porém, os advogados do prefeito conseguem uma liminar que tira a eficácia das decisões do legislativo, sendo preciso buscar uma determinação judicial.
18 de novembro – O Desembargador Luiz Carlos Gomes dos Santos, do TJAP, indefere uma Suspensão de segurança, pleiteada pela Câmara de Vereadores de Santana, e mantêm o prefeito Antônio Nogueira no cargo.
18 de novembro – Prefeito Antônio Nogueira anuncia a demissão de mais de 100 servidores do contrato administrativo por não haver condições financeiras de mantê-los na folha de pagamento.
23 de novembro – Brasília (DF). Senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) garante R$ 100 milhões no Orçamento da União para 2012, com o propósito de serem aplicados na infra-estrutura do Porto de Santana.
23 de novembro – O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá indefere no aumento do número de vereadores para o município de Santana, que pularia de 10 para 17 vereadores.
25 de novembro – Instalada a Vara do Juizado de Violência Domestica e Familiar contra a Mulher, no Fórum da Comarca de Santana.
28 de novembro – Os responsáveis pela explosão do caixa eletrônico do Banco Itaú são descobertos pela Polícia Civil de Santana. Ao todo são indiciados 04 pessoas e um menor, que foram unânimes em dizer que “tudo não passou de uma brincadeira”.
05 de dezembro – Atraca no Porto de Santana, o transatlântico britânico Prinsendam, trazendo mais de 1.100 turistas americanos, franceses e canadenses, onde aqui realizam um roteiro de visitas por Macapá e Santana. Este foi 5º (e último) cruzeiro internacional que visitou o Amapá durante o ano de 2011.
14 de dezembro – Juizado Cível e Criminal da Comarca de Santana doa produtos alimentícios e higiene/limpeza para o Centro de Saúde Pediátrico Padre Luiz Monza, situado no bairro Fonte Nova.
16 de dezembro – Após reunião entres os diretores da CEA e Eletronorte, é anunciado o início de um racionamento temporário de energia elétrica no Amapá, devido o nível das águas do rio Araguary está abaixo das condições necessárias para geração hidrelétrica.
17 de dezembro – Inauguração da Praça da Juventude, no bairro Hospitalidade. O local era conhecido como “Campo do Maconhão”.
22 de dezembro – A Legião da Boa Vontade (LBV) doa 13 toneladas de alimentos não perecíveis para mais de 300 famílias carentes de Santana. A entrega ocorre no salão da Paróquia São Pio de Pietrelcina.
23 de dezembro – Entra em funcionamento experimental, a Usina Termelétrica Santana II, com intuito de acabar com o racionamento de energia elétrica no Amapá. A UTE é mantida pela empresa Aggrekko, com geração inicial de 24MW.
sábado, 12 de novembro de 2011
Cinemania do Porto
Entre as décadas de 1950 e 1980 chegou a existir três cinemas em Macapá e dois em Santana. As duas únicas salas de projeções da minha cidade portuária eram socialmente diversificadas uma da outra: eram o Cine Nacional e o Cine Amazonas.
O humilde “Cine-Teatro Nacional”, construído na Vila Dr. Maia, foi inaugurado em 1969, numa cerimônia comparada à inauguração de uma grandiosa obra federal, com direito à presença do então Governador do Amapá General Ivanhoé Martins.
De propriedade do paraense Manoel Ribeiro (falecido), que residira em Santana desde 1961, o Cine Nacional, como era popularmente conhecido, exibiu grandes produções do cinema brasileiro e mundial. Ficava localizado na Rua Ubaldo Figueira (entre as Avenidas Santana e Castelo Branco), onde continha cerca de 100 cadeiras, para atender duas sessões diárias. Se não conseguisse chegar a tempo para a sessão das 16hs, tinha que esperar a sessão noturna das 19hs (ou quando não era às 20hs).
Procurou manter seu status de ponto de encontro para a sociedade santanense até o início da década de 1980, quando as locações cinematográficas passaram a sofrer altas infrações que culminaram no fechamento de diversas salas de exibição pelo país.
No mesmo local do extinto Cine Nacional, também chegou a funcionar outro cinema, que foi aberto ao público em outubro de 1988. Era o Cine Veneza II, filial de outro cinema construído na mesma época em Macapá, mas com curta duração, até meados de 1991. O prédio onde funcionou esses dois cinemas continua parcialmente intacto, onde já serviu de ala de ensaios carnavalescos e atualmente divide seu espaço com uma pequena mercearia comercial e uma residência.
Já o Cine Amazonas era uma referência em local luxuoso para apresentações artísticas, teatrais e cinematográficas. Construído pela mineradora ICOMI (sua concessora) numa área nobre da projetada e histórica Vila Amazonas, foi inaugurado em dezembro de 1960, com intuito de propor entretenimento e diversão para a família dos empregados da ICOMI.
Os filmes projetados no Cine Amazonas eram geralmente grandes produções do cinema norte-americano e vinham exclusivamente para locação do cinema da ICOMI. Os desenhos e filmetes infantis eram semanalmente alterados pela gerência do cinema e não havia cobranças na bilheteria para aqueles que tinham até 14 anos de idade.
Climatizado, sua sala de exibição tinha quase 140 lugares para atender às duas sessões diárias de filmes (era um filme diferente em cada sessão), que ficaram em cartazes por até 08 dias consecutivos. Por ser um cinema privado, as sessões eram quase sempre concorridas entre aqueles que residiam na área primária da Vila Amazonas e aqueles que residiam no Staff.
Como naquele tempo os filmes procuravam manter o sucesso por longos períodos, era comum os cinemas exibirem uma produção cinematográfica que tinha sido lançada há muito anos. O que o público exigia era assistir ao filme do começo ao fim, sem dar importância para sua longa data de lançamento. Poderia filmes coloridos ou até mesmo em preto-e-branco.
E falando em filme preto-e-branco, veio em minha memória um “causo” bastante hilário que aconteceu em Santana, justamente em novembro de 1962. Nessa época, a Paramount Pictures do Brasil trouxe para o Território do Amapá o grandioso longa-metragem “Os Dez Mandamentos” (1956), uma super produção do lendário diretor Cecil B. De Mille que contou com um batalhão de estrelas consagradas, que contabilizou e imortalizou o sucesso que o filme se tornaria para a história do cinema mundial.
Para quem já assistiu esta marcante versão bíblica que conta a vida de Moisés e seu povo hebreu, deve ter se fascinado com as imagens inesquecíveis da travessia do Mar vermelho e das dez pragas lançadas sobre o Egito.
Porém, a exibição desse filme no Amapá foi pouco privilegiada para quem residia nas proximidades da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Santana, que era coordenada pelo saudoso Padre ângelo Biraghi. Como a empresa distribuidora do filme trouxe apenas 03 rolos do filme para serem comercializados durante 05 dias, a locações desses rolos foram bastante disputados pelos cinemas de Macapá e os cinemas da ICOMI, o que comprometeu o interesse do Padre Ângelo em alugar um desses rolos para exibir em sua Paróquia santanense.
Após sucessivas conversações com o representante da Paramount, Padre Ângelo conseguiu que um rolo do filme fosse gratuitamente cedido para ser exibido para as crianças carentes da Vila Toco e Kutaca, mas com a condição de devolverem o filme no dia seguinte à exibição. Formalizado o pedido, o padre seguiu de imediato para Santana e espalhou o comunicado sobre a exibição gratuita do filme para quem quisesse assistir.
Quando anoiteceu, um grande número de pessoas adjacentes lotaram o pequeno espaço da Paróquia para prestigiarem o filme que, acabou causando uma certa surpresa para os presentes: a versão do filme trazido pelo Padre Ângelo era preto-e-branco e ainda estava incompleto, o que causou tristeza geral para quem só conseguiu assistir pela metade daquele filme.
Conta a lenda que, em represália, as pessoas que ficaram decepcionadas com a exibição do filme chegavam a comparecer na missa dominical e quando chegava na metade do sermão, se retiravam da Paróquia. Depois de observar tal atitude que se repetiu durante semanas, Padre Ângelo decidiu perguntar para alguns daqueles “gazeteiros de missa” o motivo de estarem fazendo aquilo. Até que um deles lhe respondeu:
– A culpa é do senhor mesmo, Padre. Foste nos prometer com um filme bom, mas a gente só assistiu a metade e não soubemos do resto filme. E assim vamos fazer na missa. Vamos assistir somente a metade e se o senhor quiser terminar o sermão, deixe o resto pra missa da semana que vem.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Inauguração do Turismo por Santana
Promovido pela Touring Clube do Brasil, no roteiro do XXVI Cruzeiro Turístico, o Porto também considerado de Santana recebeu carinhosamente os turistas oriundos da Europa e parte da América do Norte.
Os visitantes estrangeiros passaram o dia inteiro conhecendo alguns pontos pitorescos de Santana, como as estruturas habitacionais e administrativas da Vila Amazonas (cinema, supermercado, sede esportiva e hospital), assim como a área portuária e industrial da ICOMI em Santana, na qual tiveram conhecimento da importância socioeconômica da mineradora no Amapá.
Em passeio pela capital amapaense, os visitantes visitaram a histórica Fortaleza de São José de Macapá, conheceram algumas obras desenvolvidas pelo Governo Territorial na cidade (construção de escolas e reformas de prédios públicos) e fotografaram o ponto 0º do Equador, levando como lembranças de que estiveram no meio do mundo.
Por volta das 21 horas do mesmo dia (21), os visitantes retornaram para o transatlântico Rosa da Fonseca, onde continuaram sua excursão pelo resto da região amazônica, após considerarem, assim, inaugurada a era do turismo no Amapá. Os turistas não esconderam sua satisfação pelos esforços empregados pelos organizadores, para proporcionar-lhes a melhor estadia possível no então Território Federal do Amapá.
Segundo a Comissão Territorial da Legião da Boa Assistência (LBA), os turistas do Rosa da Fonseca deixaram mais de um milhão de cruzeiros (cerca de R$ 10 mil) em rendas que foram coletadas por compras feitas de decorações, lembretes, filmes fotográficos e serviços extras.
O Rosa da Fonseca media 180 metros de comprimento, deslocava 10.451 toneladas, tinha duas hélices, dois porões para carga geral, duas piscinas e transportava 540 passageiros. Em novembro de 1966 passou a integrar a frota do Lloyd Brasileiro. Foi vendido em 1975 para uma armadora que o revendeu para a OSK Lines. Em 1977, passou a ostentar no casco o nome Nippon Maru e fez cruzeiros pelo Extremo Oriente. Com o nome de Athirah, foi finalmente demolido em 1998.
No livro “Navios e Portos do Brasil”, de autoria de João Emilio Gerodetti e Carlos Cornejo, um catálogo publicitário de 1970 aponta com todas as verdades o seguinte sobre o Rosa da Fonseca: “Festival de cruzeiros a bordo de um transatlântico brasileiro com conforto internacional. Luxuosa decoração interna, salão de festas, boate, bares, boutiques, capela, piscinas, amplos deques, dois salões de refeições e a cortesia de uma equipe especializada”.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
60 anos de Rosemiro Rocha
Estou falando de Rosemiro Rocha Freires, paraense que nasceu em Gurupá, no dia 07 de Novembro de 1951. Filho de Josias Fortunato Freires e Antônia Rocha Freires, seus pais seguiam a tradicional rotina interiorana: caçar, pescar, tomar banho nos rios. Eram habilidosos na arte da peconha, para tirar o fruto do açaí para suprí-los em seus anseios diários e nas horas vagas retiravam o néctar dos seringais.
Ainda garoto (por volta de 1959), sua família mudou-se para o município de Jaburu dos Alegres (PA), onde ali Rosemiro desenvolveu mais ainda suas habilidades como seringueiro e caçador.
Em Julho de 1964, sua família mudou-se novamente. Desta vez vieram para o então Território Federal do Amapá, fixando residência na antiga Vila Dr. Maia (em Santana), onde logo começou a trabalhar com um primo, que lhe conseguiu uma vaga de ajudante de açougueiro. Inicialmente tímido, o jovem garoto foi logo se abrindo nas tarefasdo açougue, tornando-se ágil em destroçar o gado, sendo também muito falante e extrovertido. Não demorou muito para Rosemiro demonstrar que tinhas dotes, além de retalhar o boi. Conquistou a confiança de diversas pessoas, chegando a assumir o controle de um açougue de um dos parentes. Desde então desvendou a arte de fazer e construir inúmeras amizades.
Como na época Santana ainda era um pequeno distrito de Macapá e as poucas que aqui residiam claramente se conheciam o jovem Rosemiro rapidamente conquistou dezenas de amizades, o que despertou o interesse de políticos que viam naquele rapaz uma futura liderança e um excelente "capitão" eleitoral.
Desde a década de 1970, procurou estar sempre envolvido nos eventos e reuniões ligadas às intenções políticas. Somente na década seguinte (no início do ano de 1982) receberia um convite direto do então governador do Amapá Comandante Anníbal Barcellos para filiar-se ao Partido Democrático Socialista (PSD) e após diversos incentivos de populares, lançou-se à candidatura municipal, sendo eleito o 7º vereador mais votado de Macapá, com 1.265 votos, e também tornando um dos 03 representantes santanenses na Câmara Municipal de Macapá (os outros dois seriam Aroldo Góes e Redimilson Nobre).
Durante esta primeira legislatura, Rosemiro tratou incansavelmente da questão político administrativa de Santana, que ainda pertencia ao município de Macapá e desejava transformá-lo em um município independente. E não mediu esforços para isso. Após marcar diversas audiências ministeriais em Brasília (DF), conseguiu o intento, que formalizou a sua emancipação em 17 de dezembro de 1987, através da Lei Federal n. 7.639, sancionada pelo então Presidente da República José Sarney (atual Senador amapaense).
Após a transformação municipal de Santana, Rosemiro candidatou-se ao cargo de prefeito e conseguiu ser eleito o primeiro representante do Executivo santanense com 5.023 votos. Apesar das dificuldades encontradas, nesse primeiro mandato, deu conta do trabalho. Realizou a reforma de diversas escolas e prédios públicos de Santana, construiu conjuntos habitacionais e ajudou na criação e urbanização de novos bairros como Novo Horizonte, Remédios, Paraíso II, Provedor I e II.
Como reconhecimento da população, foi eleito deputado estadual em 1994. Na Assembléia Legislativa, demonstrou ser um hábil político. Sempre com sorriso pacato, porém decidido, foi abrindo caminho e conseguindo fácil acesso por entre as correntes partidárias. Seu gabinete parlamentar era um corredor de solidariedade, sendo mais procurado que o gabinete do Presidente da Casa.
Pela avaliação de alguns analistas, é considerado um dos políticos mais populares e carismáticos do Estado. Uma prova dessa popularidade foi sua reeleição em 1998, como o deputado estadual mais votado com 5.585 votos, vindo somente a ser superado nas eleições estaduais de 2006.
Mesmo toda essa trajetória, decidiu novamente retornar à Prefeitura de Santana, disputando uma acirrada eleição, enfrentando o candidato do então governador João Capiberibe e o prefeito Judas Tadeu Medeiros. Novamente o apoio incomensurável dos verdadeiros amigos e dos correligionários foi a garantia de sua vitória com 10.886 votos.
Reencontrou a Prefeitura cheia de problemas financeiros, onde teve o grande desafio de reorganizá-lo. Discutiu com a sociedade santanense um programa para seus quatro anos de governo e logo colocou em prática. Foi o primeiro prefeito de todo Estado do Amapá que conseguiu reunir toda a Bancada Federal durante um debate sócio-ambiental ocorrido na Vila Amazonas, onde tratou da situação do manganês contaminado, que estava estocado no pátio portuário de Santana.
Nesses dois primeiros anos de seu segundo mandato, cita-se algumas de suas grandes realizações:
- Sancionou um Decreto que reduzia o horário noturno de funcionamento de bares, boates e similares, como forma de reduzir os índices de violência que assolavam o município;
- Construção do primeiro Restaurante Popular da Região Norte, com refeição ao preço de R$ 1,00;
- Reforma de 16 escolas municipais nas áreas urbanas e rurais;
- Construção de 07 novas escolas municipais;
- Construção das Praças do bairro Paraíso, Vila Amazonas e da Avenida Santana;
- Criação e instituição da Companhia Docas de Santana (CDSA);
- Contratação de novas empresas de transportes coletivos urbanos para Santana, extinguindo o monopólio desenvolvido pela única empresa de ônibus de Santana (São Judas Tadeu);
- Regulamentou o acesso viário de mototaxistas de Macapá pelo município de Santana;
- Criação do passe-livre aos estudantes da rede municipal e estadual de Santana. Somente em 2002, já haviam mais de 14 mil estudantes beneficiados com o passe-livre da PMS;
- Eletrificação 24 horas para a Ilha de Santana, atendido por cabos sub-aquáticos;
Informações Pessoais – Mesmo sendo católico convicto, Rosemiro sempre ajudou e participou de outras doutrinas. É pai de um casal de projetos políticos para o Amapá: seu filho Robson Rocha é vereador de Santana e sua filha Mira Rocha é deputada estadual, cumprindo seu 3º mandato do legislativo amapaense. Em 06 de novembro de 2009, Rosemiro casou-se com Josiane Rocha.
Mesmo sendo torcedor fanático do Independente Esporte Clube, do qual foi presidente e um dos maiores incentivadores, Rosemiro também foi um dos idealizadores da fundação do Aliança Atlético Clube (conhecido pela alcunha de “Caçula do Porto”).
Com todas essas referências, Rosemiro sempre demonstrou simplicidade e humildade à frente de todos que o conhecem, demonstrando seu otimismo, mesmo sendo um cidadão vitorioso e bastante respeitado pelas inúmeras camadas sociais, que o consideram uma referência na articulação política, social e econômica para o município de Santana.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Da Kutaca veio o Novo Horizonte
35 anos da empresa AMCEL
A venda da Amcel é importante e estratégica para o Plano de Transformação Global da IP, iniciado em 2005, que estabelece como foco dos negócios os papéis para imprimir e escrever e as embalagens.
- Cavacos, Revista. Publicação trimestral da empresa International Paper do Brasil. Edição de Janeiro/Fevereiro de 2007.
- (¹) LIMA, Ricardo Ângelo Pereira de. Antropizacion, dinámicas de ocupación del territorio y desarrollo en la Amazonia Brasileña: El caso del Estado de Amapá. Bellaterra: Universitat Autònoma de Barcelona, 2004. (Tese de doutoramento).
domingo, 16 de outubro de 2011
Santana, uma cidade premeditada?
A matéria apresenta registros sobre os procedimentos que vinham sendo tomados para a construção do futuro porto de embarque de minérios e um plano urbanístico para acomodar seus moradores adjacentes.
Surgirá Uma Cidade Portuária no Amapá
O Porto de Santana vai sendo erguido, em obediência ao que de mais moderno se conhece no gênero – dentro de três anos, calcula-se o término das obras – como se fará o escoamento do manganês.
Cidade Portuária
Planos Aprovados
Concomitantemente, processa-se a construção do porto de minérios, em harmonia técnico-administrativa do Governo do Amapá com os técnicos brasileiros e norte-americanos da ICOMI, companhia concessionária da exploração das jazidas de manganês, a construção do porto a ser exclusivamente usado para embarque de minérios. A Companhia Morrisson Freeman, dos Estados Unidos, apresentou o ante-projeto das referidas instalações, obras magníficas, utilizando processos de embarque rápido de manganês e ferro em navios de 12.000 toneladas e possivelmente de calado até 25.000 toneladas.
Dados Técnicos
O porto de minérios disporá também de grandes edifícios de concreto e aço, para oficinas, armazéns, escritórios, hotel e residência, além das usinas elétricas e depósitos de combustíveis.
O Governo do Território, em colaboração com os técnicos americanos, procede intensamente aos estudos para a construção imediata da Estrada de Ferro, com cerca de 150km, utilizando até a aerofotogrametria. Esta estrada ligará as minas ao porto de Macapá. De acordo com o contrato estabelecido, o Governo do Amapá contará com uma grande tonelagem nos vagões da ICOMI, que utilizará para o transporte, sobretudo de produtos das ricas matas de madeiras de lei, que serão industrializadas.
A par com a hidro-elétrica que se projeta levantar no Paredão do Araguari, o porto de Macapá é um dos futuros sustentáculos da grandeza econômica daquela região que Janary Nunes vai erguendo do nada.
sábado, 15 de outubro de 2011
A histórica eleição municipal de 1996
Há pouco mais de 15 anos, ocorreu no município de Santana uma das eleições mais comentadas de sua história. Tudo em virtude de possíveis favorecimentos indicados em pesquisa eleitoral, mas que acabaram sofrendo por controvérsias nos resultados das urnas.
Tudo começou no início do ano de 1996, quando diversos partidos já buscavam formalizarem alianças políticas para concorrerem na terceira eleição municipal de Santana. Ao todo, foram 04 candidatos que oficialmente candidatura para o cargo majoritário do município, porém, dois desses candidatos logo caíram sobre a preferência do povo santanense: Rosemiro Rocha (PL) e Judas Tadeu Medeiros (PSDB).
O primeiro foi vereador pela capital amapaense em duas legislaturas e ainda foi o primeiro prefeito eleito de Santana (1989-1992), estando nesse período agora como Deputado Estadual; enquanto que o outro já havia assumido diversos cargos de confiança, sob indicação de ex-prefeitos de Macapá e nessa época exercia o mandato de vereador santanense, estando licenciado do cargo para concorrer acirradamente com um adversário que, segundo pesquisas extra-oficiais, carregava a preferência do eleitorado santanense.
No dia 29 de março daquele ano, uma convenção política foi realizada nas dependências da antiga sede social do Independente Esporte Clube, contando com a presença de 08 dos 11 partidos que já haviam diretórios partidários em Santana, onde homologaram o nome do deputado estadual Rosemiro Rocha Freires como candidato à Prefeitura Municipal de Santana.
O ato, que também contou com cerca de 6 mil pessoas, recebeu o expressivo apoio de outras grandes lideranças políticas do Estado, como os deputados federais Valdenor Guedes e Antônio Feijão, dos senadores Gilvam Borges e José Sarney e até do então prefeito de Santana Geovani Borges, que reforçaram a sua candidatura pro serem políticos com grande prestígio junto à comunidade santanense.
No lado do médico Judas Tadeu Medeiros havia apenas o apoio formulado entre o PMDB e PSDB, entretanto, Judas Tadeu procurou manter sua popularidade através das boas relações com líderes comunitários e inúmeros correligionários. Somente em meados de julho que o médico Judas Tadeu formalizou com um grande aliado: o então governador do Amapá João Alberto Capiberibe anunciou seu apoio político com aquele vereador santanense.
Em 11 de agosto (1996) iniciou-se a campanha política em Santana, onde mais de 80 candidatos de “se jogaram nas ruas” em busca de conquistarem todo e qualquer eleitor, visando uma das 13 cadeiras disponíveis no legislativo local. Foram dezenas de reuniões comunitárias e comícios espalhados pelos 04 cantos da cidade portuária, e muitos até se prolongavam pela madrugada. Em paralelo com a campanha, também estavam os fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE/AP) que chegaram a recolher diversos tipos de materiais que seriam utilizados na compra de votos: eram cestas básicas, dúzias de telhas e madeiras, assim como volumosas notas monetárias que possivelmente serviriam para o pagamento na chamada “boca de urna”.
No final de agosto, foi divulgada a 1ª pesquisa extra-oficial que indicou Rosemiro Rocha como favorito para a Prefeitura de Santana, estando com mais de 30% de chances à frente do 2º colocado, que era o médico Judas Tadeu. Em meados do mês de setembro, circulou uma segunda pesquisa (realizada pelo Jornal do Dia) que agora colocara Rosemiro Rocha como candidato pré-eleito à sucessão de Geovani Borges, estando com quase 50% na preferência do eleitor santanense, enquanto Judas Tadeu não alcançara 26% da intuição eleitoral.
Porém, o que as duas pesquisas indicavam para Santana, acabou-se por sofrer uma revira-volta política. No dia 04 de outubro, ocorreu o tão esperado pleito eleitoral, onde mais de 21 mil eleitores compareceram nas mais de 25 seções espalhadas nas áreas urbanas e rurais de Santana, encerrando a votação por volta das 17 horas daquela sexta-feira ensolarada.
Logo depois que encerrou-se a votação, as urnas foram sendo encaminhadas para o Ginásio Poliesportivo da cidade, local escolhido na 6ª Zona Eleitoral de Santana para serem apurados os votos. Como o processo de contagem de votos ainda era por cédulas, os mais de 40 mesários tiveram certa dificuldade para concluir a contagem individual dos votos, sendo preciso paralisarem a contagem às 23hs, prosseguindo no dia seguinte a partir das 08hs da manhã. Mas ainda no mesmo dia iniciado pela apuração, aconteceu a surpresa que muitos nem esperavam: o médico e então vereador santanense Judas Tadeu Medeiros conquistou mais de 50% da votação válida, consolidando sua vitória para assumir a Prefeitura Municipal de Santana, com 11.823 votos contabilizados a seu favor.
Junto com o candidato Judas Tadeu, também foram eleitos os seguintes vereadores para o período de 1997-2000: Diogo Ramalho (PMDB) com 660 votos, Benedito Afonso Silva de Farias (PSD) com 393 votos, Claudomiro de Moraes Guedes (PSDB) com 485 votos, Francisco das Chagas Soares Rêgo (PFL) com 496 votos, Izael Cunha Leão (PFL) com 345 votos, Rainildo do Carmo Aguiar (PDT) com 438 votos, João Batista Santana Tavares (PDT) com 568 votos, José Antônio Nogueira de Souza (PT) com 656 votos, Josivaldo Abrantes dos Santos (PL) com 584 votos, Paulo Sérgio da Silva Melo (PSDB) com 553 votos, Paulo Sérgio Lobato Nunes (PL) com 372 votos, e João Batista Bezerra Nunes (PMDB) com 690 votos.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Heitor Picanço: o prefeito "pró-têmpore" de Santana
Após a criação do recém criado município de Santana, baseado na Lei Federal n.º 7.639 de 17 de dezembro de 1987, diversas bases políticas começaram a se formar com intenção de homologarem a indicação de seus candidatos para o cargo de chefe do Executivo daquele novo município amapaense.
Como as eleições municipais somente ocorreriam no final de 1988, seria necessário que um mandatário ficasse ocupando a vaga temporariamente até a conclusão do pleito eleitoral e a transição dos cargos.
Na época, a pequena cidade de Santana ainda estava sendo “chefiada” pelo agente distrital Haroldo da Silva Oliveira que estava no cargo desde junho de 1986, por nomeação do então prefeito de Macapá Azevedo Costa e desenvolvia um trabalho técnico-administrativo na mesma altura de um gestor municipal: acompanhava e vistoriava os serviços de construção civil na cidade, preparava extensos relatórios emblemáticos que eram encaminhados à Prefeitura de Macapá e ainda recolhia tributos do comércio local.
Agora com a emancipação política de Santana, os procedimentos administrativos não iriam sofrer muita alteração sobre o mesmo trabalho que já vinha sendo empenhado na agência distrital daquela localidade, mas aumentaria o número de funções administrativas para auxiliarem o novo prefeito nos trabalhos e ações sociais de sua gestão.
Em 1º de julho de 1988, o então governador do Amapá Jorge Nova da Costa sanciona o Decreto nº 894/88, que nomeia o professor Heitor de Azevedo Picanço para ocupar o cargo de prefeito “pró-têmpore” do município de Santana. Vale ressaltar que a indicação do professor Heitor Picanço para tal vaga partiu do então Deputado Constituinte pelo Amapá Comandante Anníbal Barcellos, por quem o professor Heitor sempre manteve uma grande relação de amizade desde o tempo que Barcellos havia governado o Amapá entre 1979 e 1985.
A posse do professor Heitor Picançono no cargo de prefeito santanense ocorreu na semana seguinte (mais precisamente na manhã do dia 08 de julho), numa cordiosa cerimônia realizada na (antiga) sede social do Independente Esporte Clube, no centro da histórica Vila Dr. Maia. Na ocasião, estiveram presentes diversas autoridades políticas e sociais, como o próprio governador Nova da Costa, deputado Anníbal Barcellos, vereadores Rosemiro Rocha e Redimilson Nobre, entre outros, na qual assistiram ao ato de transição administrativa, onde o agenter Haroldo Oliveira entregou a função para o “primeiro” prefeito de Santana, ou seja, simultaneamente, foi extinta a função de agente distrital para ocuparem agora o cargo de prefeito municipal.
Até o dia 31 de dezembro de 1988 – data em que o professor Heitor Picanço teve que repassar a função ao novo prefeito eleito pelo povo –, somente ações ligadas às implantações funcionais foram realizadas por esse gestor. Criou todos os cargos ligados ao primeiro escalão (secretários municipais) e distribuiu as funções inferiores desses setores (assessores, auxiliares, chefes de departamentos), deixando organizado o quadro administrativo do município para seu sucessor.
Ainda chegou a participar de algumas reuniões comunitárias, na qual tomou conhecimento das dificuldades enfrentadas por moradores de alguns bairros de Santana, onde posteriormente chegou a repassar tais situações ao primeiro prefeito eleito pelo povo. Segundo revelou o professor Heitor (muitos anos depois), ele só não sabe se essas questões comunitárias que foram levadas ao novo prefeito chegaram a ser resolvidos.
Mas oque historicamente sabemos – e até podemos confirmar – nos relata que Heitor Picanço também já esteve exercendo o cargo de prefeito de Macapá duas vezes, sem deixar de falar nos inúmeros cargos de confianças que já empenhou em sua vida, tanto na área política e pessoal, como também na área esportiva.
Comandante Barcellos (III)
Em outubro de 1990, Barcellos retornaria ao cargo majoritário do Executivo amapaense ao ser o primeiro governador eleito pelo voto direto, conquistando mais de 67% da preferência popular, ficando no poder até dezembro de 1994.
Abaixo, descrevemos algumas das inúmeras obras e serviços públicos realizados pelo Comandante Barcellos durante sua 2ª gestão à frente do Governo do Amapá, apresentando suas no município de Santana:
* Obras realizadas em Santana no ano de 1991 – Implantação de uma unidade de atendimento ao migrante em Santana (portuária); elaboração de projeto de captação de recursos federais para a Colônia de Pescadores de Santana Z-6; planejamento de construção e obstrução do Canal de drenagem do bairro Paraiso; construção do ramal de acesso Santana/Elesbão; Construção do Posto Médico e da Escola Francisco Walcy (ambas no bairro Nova Brasília); Construção de 24 boxes para feirantes (portuária); Construção do Posto médico do Igarapé da Fortaleza; limpeza do local para construção do futuro estádio Antônio Villela (comercial); implantação do Matadouro Municipal de Santana.
* Obras realizadas em Santana no ano de 1992 – Construção do sistema de abastecimento de água do Igarapé Fortaleza, da Vila Elesbão e da Ilha de Santana; Construção das redes de distribuição de energia elétrica dos bairros Novo Horizonte e Vila Daniel; ampliação da rede elétrica do bairro Jardim Paraíso (10,24km); ampliação da rede elétrica do Igarapé da Fortaleza e Mutirão do Paraíso (1,76km); Construção da rede elétrica para atender o bairro Fonte Nova; Iluminação da Praça do Hospital Estadual de Santana; reforma da EPG do Igarapé do Lago (distrito santanense); aterro de ruas e avenidas em Santana; Construção de um sistema da feira do produtor da área portuária; Construção de passarelas na Avenida Coelho Neto (1,21km), no bairro Hospitalidade (1,4km), no Igarapé Fortaleza (1,25km) e na Baixada do Ambrósio (2,55km); Construção da Escola Estadual José Ribamar Pestana (Nova Brasília II); restauração e lançamento básico na Avenida Santana; Construção de sanitários públicos e tanque no Mercado Municipal de Santana; manutenção no prédio do posto de arrecadação no distrito de Igarapé da Fortaleza; reforma do prédio das Escolas Anníbal Barcellos, Augusto Antunes e Barroso Tostes;
* Obras realizadas em Santana no ano de 1993 – Instalação do Frigorífico Municipal de Santana; construção de passarelas e um centro comunitário na vila Delta do Matapí; construção de um pré-escolar no bairro Jardim Paraíso; construção de 02 blocos de salas de aula na EPG Augusto Antunes; Instalação de grupo gerador de 270KVA no Hospital Estadual de Santana; Construção da Escola Estadual Everaldo Vasconcellos (Paraíso); Implantação da 6ª Zona Eleitoral de Santana; Construção da Escola Estadual Catarina Dantas (Novo Horizonte); Instalação da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana (ALCMS).
* Obras realizadas em Santana no ano de 1994 – Construção das Escolas Izanete Victor (Mutirão) e Antônio Januário (Fonte Nova); extensão da rede elétrica para os bairros Elesbão e Delta do Matapí.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Comandante Barcellos (II)
Durante seis anos, construiu inúmeras obras no setor da infra-estrutura e da saúde, além de realizar diversos serviços assistenciais, melhorando até mesmo as condições de vida do povo amapaense. Abaixo, descrevo algumas obras realizadas em Santana durante sua primeira gestão no Governo do Amapá.
* Obras realizadas em Santana no ano de 1979 – Implantação do Distrito Industrial de Santana, nas margens do rio Matapí; Aterro da área interna do Centro Social Urbano “Vitória Régia” (Vila Maia);
*Obras realizadas em Santana no ano de 1980 – Construção do Módulo Esportivo (Vila Maia); Reforma e adaptação do prédio da EPG Prof.ª Elizabeth Esteves (bairro Hospitalidade); Construção da EPG Joanira Del Castillo (Nova Brasília); Reforma e adaptação geral dos armazéns 1/2/3 da Senava (área portuária);
* Obras realizadas em Santana no ano de 1981 – Ampliação da EPG Joanira Del Castillo (Nova Brasília); Construção e fornecimento de equipamentos da EPG da Ilha de Santana; Construção de quadra polieportiva da EPG Barroso Tostes (Vila Maia);
* Obras realizadas em Santana no ano de 1982 – Construção de um posto de saúde na Ilha de Santana; Revestimento Primário em diversas vias públicas da Vila Maia; Revestimento primário de vias na Vila Piscina; Reforma e adaptação do prédio da Delegacia de Polícia (Vila Maia); Construção do Porto Organizado de Macapá (portuária); reforma de revitalização da Praça Cívica de Santana;
* Obras realizadas em Santana no ano de 1983 – Construção do (atual) Hospital de Santana; Reparos no escritório do galpão da SENAVA (área portuária); Construção do Centro de Atenção ao Menor (Nova Brasília); Reparos e adaptação de unidades de saúde da Vila Maia; Construção e reforma da geral da EPG Barroso Tostes; Construção do Posto de Arrecadação da SEFIN (área portuária); Construção do Terminal de Cargas e passageiros (portuária); reforma e ampliação da residência do delegado de Santana; Reforma do posto de saúde da Ilha de Santana; Construção de um pavilhão na EPG Simão Corridori; Ampliação da EPG Elizabeth Esteves.
* Obras realizadas em Santana no ano de 1984 – Construção da Delegacia de Polícia de Santana (portuária); Ordenamento de 200 lotes de terras em Santana (Paraíso); Construção da EPG Anníbal Barcellos (in memoriam); Construção da Agência de Rendas de Santana (portuária); Construção do prédio da Superintendência Regional da CEA em Santana;
* Obras realizadas em Santana no ano de 1985 – Construção da rede elétrica para atender o bairro Jardim Paraíso; Reforma e ampliação da EPG Augusto Antunes (Nova Brasília);