Possuindo um incomensurável acervo de informações históricas, passando de 11 mil assuntos (entre eles, mais de 300 dados biográficos de pioneiros santanenses e mais de 500 fotos históricas que registram o crescimento demográfico e social da cidade portuária do Amapá).



segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Praça Municipal "Francisco Nobre"


Praça Cívica de Santana, foto tirada de um vídeo-documentário exibido em 1994 na televisão amapaense, sobre a recém-criada Área de Livre Comércio de Macapá (ALCMS).


Inaugurada em março de 1978, pelo então prefeito de Macapá Cleiton Figueiredo, a Praça Cívica de Santana foi construída através de inúmeras reivindicações de moradores que optavam pelo surgimento de um espaço de lazer no pequeno distrito de Santana, na qual não dispunha de locais determinados para a recreação e o divertimento familiar de seus residentes. 

Segundo depoimento de antigos moradores, o local pertencia ao Independente Esporte Clube (IEC), uma agremiação esportiva mantida por frequentadores fieis da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima (na Vila Maia), e foi cedida, sob termo de doação, pela diretoria do clube ao Executivo Macapaense, para ali ser levantada a primeira praça pública santanense. 

Em seu primeiro projeto arquitetônico, a praça tinha apenas quatro (04) pontos arborizados, distribuídos com oito (08) bancos de concreto em torno do novo espaço, todos voltados para as vias públicas (ruas e avenidas) que o cercavam. 

Em dezembro de 1989, após a criação do atual município de Santana, a praça passou por sua primeira reforma física, recebendo uma nova urbanização visual, contando agora com espaço de alimentação (lanchonete) e novos bancos. 

Em meados de fevereiro de 1991, o Departamento Municipal de Urbanização da Prefeitura de Santana realizou a delimitação física da praça, ficando entre as ruas Ubaldo Figueira e Salvador Diniz com as avenidas José de Anchieta e Castro Alves. Em meados do mesmo ano, o Executivo santanense levantaria um palanque de concreto na Praça Cívica de Santana, ficando de frente com a sede social do Independente Esporte Clube. 

Em 05 de novembro de 1997, o então prefeito de Santana Judas Tadeu Medeiros sanciona a Lei Municipal n° 0342, denominando a Praça Cívica de Santana como “Praça Municipal Francisco Corrêa Nobre”, numa justa homenagem a um pioneiro que, falecido em 30/03/1996, residiu em Santana por mais de quatro décadas, ajudando no desenvolvimento econômico, social e político da cidade, na qual este pioneiro exerceu inúmeros cargos administrativos que contribuíram merecidamente em nosso atual município santanense, deixando um legado de trabalho e dedicação através de suas futuras gerações (filhos e netos) que ainda as mantém viva. 

Em maio de 1999, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano de Santana (Semdurb/STN) apresentou à sociedade santanense, o novo projeto urbanístico da Praça Cívica de Santana, contendo uma nova praça de alimentação em torno da praça, com um amplo estacionamento. As obras de construção da nova praça iniciaram no mesmo semestre, sendo totalmente entregue no ano seguinte, mais precisamente no dia 16 de junho de 2000, com sua reinauguração prestigiada por milhares pessoas vindas de Macapá e de Santana. 

Após esta nova reforma, a praça teria uma paisagem urbanística mais regional, contendo agora dois monumentos exóticos da Amazônia: um molde gigante de uma cobra que representa nitidamente a “Lenda da Cobra Sofia”, mantida por décadas por pioneiros de Santana; e o molde gigante de um peixe, que representa uma das fontes de consumo familiar e renda econômica da região (a pesca). 

Vale ressaltar que a histórica Praça Cívica de Santana ficou sendo a única opção de lazer público da cidade por mais de duas décadas, quando somente em abril de 2004, seria inaugurada a segunda Praça de Santana (no bairro Paraíso). 

Em dezembro de 2013, a Praça Cívica de Santana foi escolhida para receber o primeiro “Natal Ecológico de Santana”, um projeto socioambiental inédito em todo Estado do Amapá, recebendo centenas de elogios por parte das autoridades competentes e até da sociedade civil organizada, na qual os principais enfeites natalinos foram confeccionados com material reciclável.