Estrutura histórica do antigo Templo da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Santana, demolido entre 2007-2008 para construção de um projeto arquitetônico e mais moderno (abaixo foto do atual Templo).
Considerada uma das denominações religiosas
mais prestigiadas e respeitadas do Brasil e do Mundo, a Igreja Evangélica
Assembléia de Deus “A Pioneira” (IEAD) escreveria uma nova tese no conceito
pentecostal para nossa sociedade.
A IEAD nasceu justamente no Brasil, em 1911,
mais precisamente na capital paraense (Belém-PA), indo rapidamente pelos
diversos cantos do país. Desembarcou em terras amapaenses em junho de 1916, e
mesmo enfrentando desavenças religiosas com o único vigário de Macapá (Padre
Júlio Maria Lombaerd), alcançou seus objetivos de implantar um estilo inovador
sobre o Evangelho Bíblico.
Em Santana (AP), o conceito assembleiano
surgiria por iniciativa de um missionário paraense chamado Serafim Pires de
Souza (1910-1993), que chegou ao então Território Federal do Amapá na manhã do
dia 19 de agosto de 1957, sendo recebido pelo Pastor Vicente Rêgo Barros, que
presidia a única Igreja assembleiana existente em todo Território do Amapá,
situado em Macapá.
Após residir temporariamente na capital amapaense,
o missionário Serafim Pires (que também era popularmente conhecido como “Pastor
Souzinha”) seguiu para a pequena vila de Porto Grande, onde ali empreendeu os
trabalhos de evangelho por quase seis meses, expandindo-o à vila operária de
Serra do Navio, onde percorreu toda a Estrada de Ferro do Amapá (seus 194km de
extensão), implantando casas de oração nos trechos visitados.
Em meados do ano seguinte (1958), Pastor
Souzinha foi indicado para assumir os trabalhos de evangelização na pequena
vila portuária que já se expandira na margem esquerda do Rio Amazonas, mais
precisamente numa vila inicialmente conhecida no codinome de “Vila Ucuúba”,
situada nas proximidades da atual Rua Salvador Diniz com a Avenida Santana
(hoje centro de Santana).
Quando chegou ao vilarejo, já havia duas
famílias compostas de membros que conheciam assiduamente o Evangelho pregado
pela Assembléia de Deus na região: da irmã Maria Assunção da Rocha (conhecida
“Irmã Minoca”) e o do Irmão Olímpio Teixeira.
Depois erguer uma pequena casa, que serviria
de moradia para sua família (formada pela esposa Dalila Menezes de Souza e dois
filhos que depois viriam de Belém-PA, onde moravam com seus avós maternos),
Pastor Souzinha iniciou na tarde do dia 15 de agosto de 1958, os primeiros
cultos na casa da Irmã Minoca, que residira nas proximidades da estação
ferroviária da mineradora ICOMI.
Mesmo havendo uma fonte empregatícia bastante
viável, tanto para a economia local como auxiliava no crescimento desordenado
da população da região, que era a Indústria e Comércio de Minérios Ltda.
(ICOMI), as primeiras reuniões da nova denominação religiosa não levavam mais
de 10 ou 15 pessoas para os cultos em seus primeiros meses de existência.
No início de 1959, os cultos seriam agora
realizados em um compartimento adaptado na casa do Pastor Souzinha, situado na
antiga Rua da Escola (assim conhecida por dar acesso ao único educandário que
havia nas imediações, e hoje chamada Rua Salvador Diniz), que simultaneamente
continuaria expandindo a Palavra de Deus através de visitas pelas localidades
interioranas do Amapá.
Com a permanência mais duradoura do
missionário Souzinha nos trabalhos evangelísticos em Santana, logo veio a
intenção de se construir um Templo da igreja na região, seguindo o ritmo que
vinha sendo realizado em Macapá, quando entregou o primeiro Templo Evangélico
do Amapá em 1958. Com isso, receberia a ilustre visita do Pastor Francisco
Pereira do Nascimento (vindo de Belém-PA) em maio de 1962, que escolheria o
terreno plano para a construção do futuro Templo religioso.
Enquanto era minuciosamente construído o
esperado Templo assembleiano em Santana, foram abertas outras duas Casas de
Oração: uma na Vila Amazonas e outra na Vila Cutaca. Após um ano de intensos
trabalhos voltados em sua construção, o Templo Evangélico da vila portuária de
Santana veio a ser inaugurado em 24 de novembro de 1967, contando com a
presença do então Governador do Amapá General Ivanhoé Martins e o
Pastor-presidente da Assembléia de Deus no Amapá, Pastor Otoniel Alves. Vale
ressaltar que boa parte dos recursos aplicados na construção desse Templo foram
provenientes da venda de um imóvel pertencente ao Pastor Souzinha, na qual este
possuía na capital paraense.
O primeiro batismo pentecostal realizado na Assembléia
de Deus de Santana ocorreu na manhã do dia 20 de abril de 1961, envolvendo o
senhor João Moura (funcionário da ICOMI) e quatro anos depois seria realizado o
primeiro matrimonio evangélico da vila, unindo o braçal Raimundo Araújo da
Costa e Maria das Graças Penha Assunção, ocorrido no dia 06 de fevereiro de
1964 (sendo que este foi realizado na congregação da Vila Amazonas).
Com a transformação do município de Santana,
a Assembléia de Deus local teria seu estatuto juridicamente registrado no dia
10 de dezembro de 1988, contendo 28 artigos, formulado por 36 evangelistas. (ver
Registro Pessoa nº 0518, de 02 de janeiro de 1989, recolhido no Cartório Jucá).
Reconhecimentos
Sociais
A boa atuação desenvolvida pela Igreja Assembléia
de Deus junto ao povo santanense levaria seus objetivos a serem dignamente reconhecidos
pelo Poder Público. A Lei Municipal n.º 0375/98-PMS, do dia 23 de junho de 1998,
tornaria a IEAD uma entidade de utilidade pública para o município de Santana.
Em 2003, o vereador santanense Aroldo
Vasconcelos (PSB) teria dois importantes Projetos aprovados pelo prefeito de
Santana Rosemiro Rocha (PL), que beneficiaria o povo evangélico de Santana: no
dia 26 de agosto corrente é sancionada a Lei Municipal n.º 0639/03-PMS
instituindo o “Dia Municipal do Evangélico” anualmente comemorado no dia 30 de novembro;
e no dia 18 de setembro é sancionada a Lei Municipal n.º 0646/03-PMS que
instituiria o “Dia Municipal do Pastor Evangélico”.
Em 19 de maio de 2004, a Deputada Estadual
Mira Rocha (PL) teria seu Projeto de Lei n.º 0827 sancionado em Lei Estadual pelo
então Governador do Amapá Waldez Góes, estipulando o dia 30 de novembro para
ser anualmente comemorado como “Dia Estadual do Evangélico”.
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