Possuindo um incomensurável acervo de informações históricas, passando de 11 mil assuntos (entre eles, mais de 300 dados biográficos de pioneiros santanenses e mais de 500 fotos históricas que registram o crescimento demográfico e social da cidade portuária do Amapá).



domingo, 16 de dezembro de 2012

Incêndios Urbanos de Santana



Incêndio na área portuária de Santana, na tarde de 27.07.2007, destruiu mais de 20 imóveis, sendo este o 3º maior já ocorrido na cidade.
 


Em meados de novembro passado, um incêndio de pequeno porte atingiu um estabelecimento comercial na Área Portuária de Santana, deixando os moradores do local bastante assustados sobre o ocorrido, pois, muitos que ali residem ainda guardam na lembrança fatos também relacionados à catástrofes das chamas. 

 Em pouco mais de duas décadas, três grandes incêndios ocorreram no perímetro portuário de Santana, culminando em mais de cinquenta imóveis (entre comércios e residências) destruídos por labaredas de fogo que inexplicavelmente se formavam na parte interna dos imóveis e logo se espalhavam por outros pontos adjacentes. Por felicidade, em nenhum desses alarmantes incidentes houve registros de mortes humanas que pudessem deixar marcas mais dolorosas além das perdas materiais.  

Primeiro Grande Incêndio
Em 05 de setembro de 1988, um incêndio causado por descuido humano destruiria 22 moradias do “Dormitório São Camilo”, que existia na Avenida Castro Alves, número 39 (bairro Comercial), e uma residência ao lado daquele dormitório, além de ameaçar incendiar outras casas. 

O fogo, que alcançou labaredas de 7m de altura, começou por volta das 16hs quando a proprietária das moradias, Dona Maria de Nazaré de Souza Silva, deixou o fogão ligado para assar, onde inesperadamente, as chamas seguiram pelas paredes, causando a explosão do botijão de gás. O Corpo de Bombeiros chegou somente às 18hs, pois, nessa época, ainda não havia uma corporação de combate à incêndios instalada no município de Santana. 

Segundo Grande Incêndio
No início da noite do dia 04 de novembro de 1996, um incêndio ocorreria no cruzamento da Rua Cláudio Lúcio Monteiro com a Avenida Amapá (Centro de Santana), destruindo pelo menos sete casas, entre comércios e residências. Foram 25 homens do Corpo de Bombeiros que levariam cerca de quatro horas para debelar os focos das chamas. 

Embora considerado um incêndio de grandes proporções, também não houve vítimas, apenas prejuízos materiais. Segundo testemunhas, o fogo iniciou por volta das 20hs, devido a um curto-circuito na rede elétrica em frente ao depósito de uma importadora. 

O sinistro devastou três (03) lojas de importados, uma lanchonete, a sede da Associação dos Alcoólicos Anônimos (AA), o depósito de uma loja de importados e uma residência, sendo que ninguém teve tempo de salvar as mercadorias e objetos. Uma das grandes deficiências encontradas durante a ação dos Bombeiros foi a falta de equipamentos de proteção (máscaras e luvas) contra gases tóxicos que pairavam fortemente devido as chamas. 

O tenente Cléucio Nascimento Rodrigues, que na época comandou a operação, disse que o trabalho dos bombeiros foi no sentido de evitar que o fogo se alastrasse por todo o quarteirão. Entre os questionamentos, cogitou-se uma possível imprudência técnica causada pela Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) nos serviços de manutenção na rede elétrica, ocorrido horas antes do incêndio, que teriam culminado em curto-circuito. 

A diretoria da CEA rebateu as acusações, demonstrando um laudo técnico que apontava um padrão irregular na entrada de um depósito de gêneros que teria sido as prováveis causas do princípio do incêndio. Um levantamento efetuado pelo Corpo de Bombeiros concluiu que os prejuízos materiais ficaram em quase R$ 50 mil. 

Terceiro Grande Incêndio
Era tarde do dia 27 de julho de 2007 quando um incêndio de grandes proporções destruiu mais de 20 pontos comerciais e residenciais, localizados no início da Avenida Santana com a Rua Rio Jarí, na área portuária de Santana. O incêndio começou por volta das 15hs e rapidamente consumiu 10 casarões antigos de comércio e moradias com labaredas que atingiram mais de 20m de altura. 

A situação piorou depois que o fogo chegou aos depósitos clandestinos de pólvoras que vendiam como munição para ribeirinhos, e botijões de gás que estavam estocados nos fundos dos estabelecimentos, o que causou simultâneas explosões de fogo que foram ouvidas há mais de 1km, também formando uma nuvem tóxica e escura que pôde ser avistada até no distrito de Fazendinha. O controle do incêndio somente foi limitado com a chegada dos Bombeiros duas horas depois. 

Esse foi o único dos três maiores desastres incendiários que receberia apoio financeiro do Poder Público, onde 17 proprietários seriam contemplados pelo Programa “Amapá Empreendedor” com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Micro e Pequeno Empreendedor (Fundmicro), com apoio do Governo do Amapá por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e do Empreendedorismo (Sete).

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