Possuindo um incomensurável acervo de informações históricas, passando de 11 mil assuntos (entre eles, mais de 300 dados biográficos de pioneiros santanenses e mais de 500 fotos históricas que registram o crescimento demográfico e social da cidade portuária do Amapá).



segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Reeleito, Nogueira vive uma gestão tumultuada e polêmica (2009-2012)


Mesmo reeleito, Antônio Nogueira (esquerda) passou uma segunda gestão mais tumultuada que a primeira. Foto de 2009, ao lado do governador em exercício Pedro Paulo.



Em outubro de 2008, José Antônio Nogueira seria o primeiro prefeito reeleito da história política de Santana, porém, sua segunda gestão não seria tão tranquila como a primeira. Os problemas começariam logo após sua reeleição, onde constatou-se uma denúncia de abuso de poder econômico durante o período eleitoral, onde um convenio teria sido firmado dentro do prazo proibido pela Lei Eleitoral com relação ao envolvimento de candidatos em eventos públicos. 

Este seria o primeiro passo de uma série de 11 tentativas de processo de cassação, movidas tanto pelo Legislativo municipal como pelo Judiciário. 

No segundo semestre de 2009, alegando não ter dinheiro suficiente para bancar a folha de salários e gratificações dos cargos comissionados, o prefeito Nogueira anunciou a exoneração de praticamente todos os secretários e seus assessores, transformando-os em colaboradores da prefeitura, assim como também pediu para que centenas de comissionados entregassem seus cargos e trabalhassem voluntariamente pelo prazo de três meses, como forma de amenizar a situação financeira que atingia o município. 

Tal fato chegou a ser denunciado publicamente pelo então presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Santana, José Conceição Batista, que afirma que os ex-secretários – e os que ficaram nas pastas municipais – seriam novamente remunerados no final de 2010 e viajariam, mas o pagamento dos funcionários efetivos e dos contratos administrativos ficaria pendente. 

Nesse mesmo ano (2009), Nogueira promoveu um Plano de Demissão Voluntária (PDV) no município como forma de reduzir alguns gastos desnecessários da máquina pública administrativa, alegando queda nos repasses do “Fundo de Participação dos Municípios” (FPM) e a falta de parceria por parte do Governo Estadual. 

Nesta segunda gestão, fez apenas uma mudança coletiva em seu secretariado em virtude da crise institucional que o Executivo vinha atravessando, nomeando 12 novos gestores nas pastas mais importantes da sua administração. 

Nogueira rasga notificação durante ato público
Um episódio marcado em sua gestão ocorreu na tarde do dia 30 de setembro de 2011, quando, na ocasião era realizada uma solenidade de assinatura de um convênio com o Governo Estadual, Nogueira seria publicamente intimado por um grupo de vereadores a se afastar do cargo de chefe do Executivo, após constatarem diversas irregularidades em sua administração, passando o cargo para seu vice Carlos Matias, que também encontrava-se afastado por ordens da aliança partidária do prefeito, que acusava o vice Carlos Matias de desviar recursos federais quando acumulou o cargo de secretário municipal de saúde. 

Ao receber tal notificação judicial, assinada por seis vereadores santanenses e um juiz da Vara Cível da Comarca de Santana, Nogueira rasgou o documento em público, alegando que o “documento não tinha qualquer efeito judicial”. O ato causou inúmeras sessões na Câmara de Vereadores, onde pediam seu imediato afastamento com posterior cassação. No entanto, conseguiu ficar no cargo até o final do seu mandato através de recursos. 

Suas Realizações
Na infraestrutura, entregou 35 casas populares no Delta do Matapí para famílias; inaugurou o prédio administrativo (sede do Executivo) da PMS; a Feira do Produtor do bairro Remédios II; e mais 2.000m de passarelas em áreas de ressacas. 

Na saúde, modernizou e equipou quatro unidades de saúde, e construiu 04 novas unidades básicas de saúde, assim como o Laboratório Municipal. 

Pela educação, entregou 2.800 uniformes escolares, reformou 06 escolas primárias e construiu 06 novas escolas sendo 04 na zona urbana e 02 na zona rural. 

Na área cultural, patrocinou o lançamento de um CD com músicas compostas por jovens e adolescentes atendidos pelo “Projovem” de Santana; atentou para o Carnaval santanense, criando a “Central do Carnaval” e ampliando o Corredor da Folia. 

Na área do transporte público, a Superintendência de Trânsito e Transportes de Santana (STTRANS) retornou a linha intermunicipal Macapá/Santana pelo bairro Fonte Nova, e ampliou o número de ônibus urbanos, criando até um itinerário para o distrito Elesbão; também sinalizou inúmeras vias de acesso, e efetuou mudanças (mão-única) em ruas e avenidas de Santana como forma de melhorar o trafego de veículos. 

Pelo lazer, implantou o Programa “Segundo Tempo”, que visava democratizar o acesso e estimular a prática esportiva entre crianças e pré-jovens. Entregou 07 praças poliesportivas e 50 uniformes para entidades esportivas da cidade.

domingo, 21 de dezembro de 2014

A Gestão Municipal de Antônio Nogueira (2005-2008)



Antônio Nogueira foi o primeiro prefeito genuinamente de Santana (nascido e criado na cidade).


Em janeiro de 2005, o ex-vereador santanense e então deputado federal, José Antônio Nogueira de Souza (PT) assumiria a Prefeitura de Santana, juntamente com o vice Melquizes Lima. Segundo um balanço concedido na época pela Procuradoria do município, Nogueira alegou ter recebido a administração municipal de seu antecessor “em estado mais que lamentável”, havendo sido totalizado uma dívida superior a R$ 15 milhões de reais, referentes a questões administrativas e tributárias. 

Em pouco mais de um ano e meio, Nogueira procurou amenizar a situação, atualizando alguns salários atrasados e retomando diversas obras paralisadas, entre elas, a construção de duas praças e a drenagem do Canal do Paraíso. 

Em 20 de dezembro de 2005, o prefeito Antônio Nogueira receberia a visita ilustre do então Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que esteve participando da assinatura de construção do Terminal Pesqueiro do município. De acordo com o convênio firmado com o Governo Federal, no valor superior a R$ 7 milhões, a referida obra seria inicialmente construída numa área demarcada no distrito do Elesbão, no entanto, vários estudos foram refeitos e concluiu-se pela instalação do Terminal na área portuária do município, o que culminaria em outra obra pública “a longo prazo de conclusão”. 

Essa mesma gestão procurou dar atenção na área da cultura, implantando o projeto “Casa Brasil”, um tipo de centro cultural destinado a eventos e realização culturais e institucionais. No entanto o referido projeto sofreu inúmeras paralisações em virtude de terem constatado irregularidades administrativas e financeiras cometidas por parte de coordenadores regionais. 

Na educação, entregou 1.800 uniformes gratuitas para estudantes carentes, juntamente com cerca de 3.000 carteiras de passe-livre; reformou quatro escolas primárias (três na zona urbana e uma na zona rural); e construiu duas novas escolas de ensino fundamental: Benedito Cardoso (bairro Novo Horizonte) e Paraíso da Cidadania (Paraíso). 

Pela saúde pública, reformou dois postos de saúde, implantou a “Farmácia Popular” em Santana, e inaugurou o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), funcionando em anexo com o Centro de Saúde Alberto Lima; também entregou uma Unidade de Saúde no loteamento Parque das Laranjeiras. 

Em termos de infraestrutura e urbanização, padronizou quatro importantes vias (ruas e avenidas) da área urbana de Santana como forma de garantir melhor sinalização vertical/horizontal e o tráfego mais seguro. Entre elas, transformando a Rua Salvador Diniz em “Via Modelo”, causando grande influência no comércio local que passaria a apostar na implantação de novos empreendimentos na referida via. Entregou ainda três praças (Ilha de Santana, Mutirão e Igarapé da Fortaleza).

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O Retorno de Rosemiro Rocha à Prefeitura de Santana (2001-2004)


À frente da prefeitura, em 2001, Rosemiro Rocha foi quem coordenou na autonomia administrativa do Porto de Santana. 



Retornando ao cargo majoritário da Prefeitura de Santana, tendo como vice o prestigiado professor Redimilson Anselmo Nobre (1954-2013), o político amapaense Rosemiro Rocha Freires seria eleito com 10.886 de votos válidos nas eleições municipais de 2000, apresentando agora uma nova padronização em sua maneira de gestor municipal, onde daria andamento de inúmeras obras, também realizando concurso público que garantiria a convocação de mais de 600 servidores municipais. 

Reestruturou os principais centros de saúde da cidade (Elesbão, Paraíso, portuária e Centro) e construiu duas unidades de saúde novas (Fonte Nova e Igarapé do Lago), equipando com aparelhos modernos, implantando o “Disk Ambulância” e recebendo os primeiros 38 médicos cubanos que integrariam o Programa “Médico da Família”; fechou parcerias com o Governo Federal no Programa “Bolsa Família”, e na implantação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), ambos trazidos à região pela então deputada federal Fátima Pelaes. 

No setor de transportes, conseguiu a ampliação dos coletivos urbanos de Santana, que era de seis (06) ônibus para doze (12), também colocando outra empresa para explorar o serviço na área urbana; isentou a taxa de cobrança no deslocamento de pessoas carentes para a Ilha de Santana; assim como acompanhou todo o processo de criação e instalação da Companhia Docas de Santana (CDSA). 

Rosemiro seria o primeiro prefeito santanense a reunir toda a Bancada Federal do Amapá, numa solenidade partidária no auditório do Fórum da Comarca de Santana em fevereiro de 2002. 

Entre as obras de grande relevância que foram entregues em sua gestão, se destacam: sistema de água tratada dos bairros Fonte Nova e Parque das Laranjeiras (2001), construção da Vila Olímpica (2001), do Centro de Reabilitação “Mário Tavares” (2002); do 1° Restaurante Popular do Estado, onde vendia refeição ao preço simbólico de R$ 1,00; a Fábrica de Polpas de frutas na Ilha de Santana (2003); construção de uma arena esportiva e uma praça, ambas no bairro Paraíso (2003); e reestruturação da Feira do Mete-a-Mão (2004).

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A Gestão Municipal de Judas Tadeu (1997-2000)


Prefeito Judas Tadeu Medeiros assinando convênio com o Governo do Amapá, em 1998, onde o Executivo municipal assumia os trabalhos de construção e pavimentação da Rodovia Juscelino Kubstcheck (Macapá-Fazendinha).


Eleito nas urnas com 11.823 votos durante as eleições de 1996, o ex-secretário municipal de saúde de Macapá e ex-vereador santanense, Judas Tadeu Medeiros (PSDB) teve uma disputa acirrada com o ex-prefeito Rosemiro Rocha. Na primeira semana como novo prefeito santanense, Tadeu Medeiros recebeu a visita do então governador do Amapá João Alberto Capiberibe (o mesmo que lhe deu apoio político nas eleições de 1996). Na ocasião da visita, o governador anunciou a doação de cerca de 30 toneladas de asfalto para o município de Santana, utilizado na chamada “Operação Tapa Buraco”. 

Sua administração iniciou com um trabalho em conjunto com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), efetuando a limpeza urbana e desratização do município. Fez um recadastramento de servidores, como parte do programa “enxugamento” da máquina administrativa, pois, havia constatado a existência de mais de 800 comissionados no quadro, onde muitos destes sequer exerciam atividades em alguma repartição do município, ou nem tinham procedência profissional com o cargo que foi nomeado. 

Entre os convênios sociais, a Prefeitura de Santana e a multinacional Champion Celulose assinaram um termo de parceria que viabilizou a urbanização da Avenida Santana (a principal da cidade). O acordo permitiu a revitalização noturna, cultural e turística da avenida, além de melhorar as condições de tráfego. 

No setor de infraestrutura, o prefeito Tadeu Medeiros voltou-se bastante para a área de urbanização e moradia, na qual entregou para dezenas de famílias carentes, títulos de morada no conjunto “Parque das Laranjeiras” (localizado no bairro Fonte Nova) em 1998, na qual estas famílias residiam anteriormente na área portuária de Santana. Efetuou abertura de várias ruas e interligou diversas travessas, como também asfaltou várias vias da cidade. 

Na saúde implantou o Programa “Saúde na Família” (PSF) que visa levar o atendimento médico para as residências; reformou 04 postos de saúde da área urbana e construiu outras 03 unidades básicas de saúde na zona rural, como também construiu o Centro de Diagnóstico da Mulher, este inaugurado em maio de 2000. 

Na área da educação, Tadeu Medeiros implantou 04 anexos de ensino fundamental, e entregou 05 escolas primárias (sendo duas creches); distribuiu 1.600 passes estudantis e implantou o primeiro sistema de bilhetagem eletrônica nos ônibus urbanos de Santana (sistema pioneiro em todo Estado do Amapá). Em 28 de fevereiro de 2000, inaugurou a Biblioteca Pública Municipal, na qual os estudantes santanenses já necessitavam de uma repartição voltada para a pesquisa e acervos públicos, fato este que se prolongou por mais de uma década na sociedade local. 

Durante sua gestão, Tadeu Medeiros se envolveu em 1999 numa polêmica religiosa: por ser um católico fervoroso, autorizou a construção uma estátua dedicada à Santa Ana na entrada da cidade, como forma de homenagear o povo católico de Santana. Porém, em virtude de ter erguido essa estatua, também teve que erguer um monumento para agradar a classe evangélica da cidade, construindo uma praça pública com uma Bíblia como símbolo do povo evangélico de Santana.

sábado, 13 de dezembro de 2014

A Primeira Gestão Municipal de Santana (1989-1992)


Rosemiro Rocha (esq.) ao lado do governador Anníbal Barcellos (meio) e da 1ª Dama Mariinha Barcellos, durante evento em Santana. (foto de 1991)


Após a promulgação do Decreto-lei n° 7.639 de 17 de dezembro de 1987, que elevaria o distrito de Santana à categoria de município do então Território Federal do Amapá foi necessário a realização de votos diretos para eleger um chefe executivo para o novo município amapaense. A população santanense teve sua primeira eleição municipal realizada no dia 15 de novembro de 1988, colocando na cadeira majoritária do Executivo Municipal o então vereador de Macapá Rosemiro Rocha Freires que, aos poucos, foi buscando simpatia de seu povo e desenvolvendo inúmeros projetos de infraestrutura e urbanização local. 

Categórico na função do Legislativo do Amapá desde 1982, Rosemiro assumiu o cargo de chefe do executivo municipal após uma tumultuada eleição que colocou o candidato Aroldo Góes (PFL) na 2ª colocação por uma minúscula diferença inferior a 500 votos. 

Em 1° de janeiro de 1989, o recém-eleito prefeito – que tinha como vice a professora Oneide Gomes da Silva – empossou seu secretariado executivo para coordenar sua administração, sendo assim os três primeiros secretários municipais: José Muniz Ferreira (Chefe de Gabinete), o advogado Edinardo Maria Rodrigues (procurador jurídico), e Sivaldo da Silva Brito (secretário administrativo de Finanças). Com menos de seis meses de posse na prefeitura, Rosemiro logo buscou apoio do então governador do recém-criado Estado do Amapá, Jorge Nova da Costa, com a aquisição de 03 veículos que serviriam para atendimento à população. 

Seu mandato ficou marcado por inúmeros fatos como a solenidade de inauguração da sede provisória da Câmara de vereadores de Santana, ainda no primeiro ano de sua gestão; assim como a iniciativa de reforma da Unidade Mista de Santana do município (atual Hospital Estadual de Santana). Sancionou e instalou os três primeiros distritos municipais, que foram: Igarapé da Fortaleza, Ilha de Santana e Igarapé do Lago. 

No início de 1990, a Prefeitura de Santana firmaria um convênio Federal no valor de quase CR$ 10 milhões de cruzeiros para a construção de dois centros de saúde (no distrito de Igarapé da Fortaleza e na Vila Daniel), recursos vindos por parte do Sistema Unificado de Descentralização da Saúde (SUDS); também inauguraria o posto de saúde da Área Portuária, que atenderia dezenas de moradores dessa região e da Ilha de Santana, como também o Centro de Saúde Alberto Lima. Essas obras foram todas entregues antes de meados de 1990. 

Devido certo crescimento populacional ocorrido após a elevação do município, Santana expandiu-se rapidamente, levando a recém-administração municipal a urbanizar bairros como o recente Novo Horizonte que, em menos de um ano de existência, já se constituía de cerca de 600 famílias. 

No curto governo de Gilton Garcia (de maio a dezembro de 1990), Santana ainda recebeu apoio para o melhoramento de sua infraestrutura, incluindo reformas em diversos prédios públicos (como a Câmara de Vereadores, a feira do produtor e a sede do executivo); também seria iniciada a construção do monumento simbólico no trecho circunferencial curvado ao lado do Quartel da Polícia Militar, dedicado ao lazer social dos munícipes, e em referência à exploração mineral que vinha sendo sua principal fonte econômica. 

Culturalmente, em sua gestão, patrocinou o primeiro “Carnaval de Rua” do município, que teve o apoio do Bloco do Povo, o mais antigo de Santana, onde estiveram presentes o Rei Momo (“Seu Alzo”) e a Rainha Momo (“Catola”). Instituiu os símbolos e o hino municipal, após realizar um concurso para a escolha destes. 

Em 1991, com o retorno do Comandante Anníbal Barcellos para o Governo do Amapá (agora eleito 1° governador pós-Estado), Rosemiro garantiu apoio financeiro para o setor de infraestrutura do município, efetuando abertura, terraplanagem e asfaltamento de diversas ruas e avenidas da cidade; construindo cinco novas escolas de ensino fundamental (sendo 03 na zona urbana e 02 na zona rural), com isso ampliando de 1.400 alunos primários em 1989 para 3.200 alunos em 1991; melhorando o fornecimento de energia elétrica para a Ilha de Santana (doando um gerador para a comunidade), e até colocando em funcionamento a Usina de Beneficiamento de Asfalto da Prefeitura. 

No setor econômico, Rosemiro investiu na adaptação de dois galpões para ali funcionarem a Feira do Produtor de Santana e outra servindo de Armazém para colonos; inaugurou a primeira Feira Municipal (conhecida como “mete-a-mão”); e acompanhou a instalação da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana (ALCMS). 

Em dezembro de 1992, dias antes de deixar o cargo de prefeito, Rosemiro Rocha entregou cerca de 200 casas populares (de madeira), construída no recém-criado bairro do Provedor, situado atrás do Cemitério Municipal, para abrigar famílias carentes cadastradas pela PMS; também entregou a primeira etapa do Estádio Antônio Villela, o “Villelão”, uma das obras públicas jamais concluídas.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O Lendário "Pedro Bala"



"Pedro Bala" se transformaria em um sinônimo de artilheiro para os anais do futebol amapaense.


Se existe um nome que atravessou diversas gerações da história do futebol amapaense por mais de meio século, se tornando um sinônimo de agilidade e destreza com uma bola nos pés, com certeza essa façanha foi marcada por um simples caboclo do Norte brasileiro batizado nesse mundo pelo codinome Pedro de Oliveira Gomes, que por aqui se encostou em meados da década de 1950 com intuito de trabalhar numa empresa que estava inicialmente implantando um ousado projeto de exploração e exportação de minério de manganês. 

Nascido na cidade paraense de Soure seguiu ainda na juventude para a capital (Belém-PA), indo morar na casa de um tio, onde logo adquiriu a técnica manual da fabricação de móveis e dirigir veículos pesados. Trabalhou por alguns meses na firma Mendes Construções que foi responsável pela pavimentação e asfaltamento do trecho Belém-Castanhal em 1948. No início da década seguinte, soube da existência de uma empresa chamada ICOMI que estava contratando trabalhadores de diversas áreas para prestarem serviços na construção de uma ferrovia e de um cais portuário no então Território Federal do Amapá. Em primeiro momento, Pedro não demonstrou qualquer interesse em seguir para tal região, alegou posteriormente para diversos amigos que não se arriscaria numa região bastante desconhecida do restante do Brasil. 

Mas sua opinião mudou no início de 1956 quando uma crise político-administrativa afetou grande parte de empresas privadas em Belém, obrigando centenas de trabalhadores a serem demitidos, levando aquele simples homem da Amazônia – que já estava com quase 30 anos – a receber um conselho de um amigo e embarcar para uma “estadia temporária” pela região que um dia ele nem imaginava que viria escrever seu nome. 

Após manter contato no escritório da ICOMI instalado em Belém – onde ali soube que haviam vagas para braçais –, Pedro Gomes (como era popularmente conhecido) seguiu para o então Território do Amapá, desembarcando na manhã do dia 10 de maio de 1956, diretamente no cais do canteiro de obras da mineradora (em Santana), que naquela época já havia concluído mais da metade do projeto para a exploração do minério de manganês. 

Sua primeira ocupação foi no Departamento de Transportes da mineradora, lotado na função de motorista, ficando no referido cargo até 1957, quando foi convidado para o Setor de Manutenção, trabalhando na reposição de peças pesadas das locomotivas da empresa. Foi nesse setor que Pedro Gomes descobriu um talento que guardava desde a época de menino, quando ainda residia na cidade de Soure (PA): jogaria semanalmente partidas amistosas de futebol com os colegas do setor em um campo montado numa área onde hoje seria a Vila Naval de Santana, situado na entrada do bairro da Vila Daniel. 

Essa ocupação esportiva acontecia sempre nos finais de semana, quando os funcionários dos setores administrativos da empresa disputavam demoradas partidas de futebol contra os operários dos setores de manutenção e operação da ICOMI, e chegavam até mesmo a realizar campeonatos internos como forma de descobrir novos talentos para o futebol amapaense. 

Nesse ano (1957), a ICOMI mantinha duas agremiações de caráter esportivo dentro da empresa: Manganês Esporte Clube (de Serra do Navio) e Santana Esporte Clube (em Porto de Santana). Como Pedro Gomes trabalhava no escritório situado nas margens do Rio Amazonas, recebia constantes convites de colegas de trabalho para participar ao menos dos jogos amistosos do clube “canarinho” do Amapá. Não resistiu aos pedidos e ingressou em janeiro de 1957, já estando com 32 anos de idade. 

Nos primeiros jogos atuou apenas na reserva dos zagueiros, entrando pela primeira vez em campo somente na tarde do dia 20 de abril de 1957, quando o Santana Esporte Clube jogou contra o Guarany Atlético Clube (de Macapá), no Estádio Municipal (atual Estádio Glicério Marques), onde aquele jogador novato surpreenderia até mesmo a equipe técnica do time adversário após marcar os dois únicos gols da partida que favoreceram o clube do porto. 

Segundo registros da imprensa da época, a rapidez com que Pedro Gomes lidava com a bola entre o time adversário lhe rendeu inúmeros elogios publicados em jornais impressos e espalhados nas ondas do rádio AM da região, logo recebendo a alcunha de “Pedro Bala”. 

Sua fama pelo âmbito esportivo não lhe obrigou a se afastar das funções profissionais na ICOMI, mas recebia diversas autorizações de dispensa do local de trabalho para acompanhar seu clube do coração nas partidas de futebol. 

Em junho de 1959, Pedro Bala faria parte de um momento marcante durante a estadia do time oficial do Fluminense (RJ) no Amapá. O Tricolor carioca realizou três certames com times amapaenses que foram: Amapá Clube, Esporte Macapá e Santana Esporte Clube. O placar ficou em 2 x 0, 3 x 0, e 4 x 1, respectivamente, todos favorecendo o time carioca. O curioso desses três jogos foi que o único gol feito por um time amapaense foi justamente de autoria de Pedro Bala. 

Sua Trágica Morte – O ano de 1962 ficaria nacionalmente conhecido pelo bicampeonato conquistado pela Seleção Brasileira no Chile e até na vida do povo amapaense. No então Território Federal do Amapá, o tradicional Campeonato Amapaense de Futebol iniciou logo após o termino da Copa do Mundo, e o Santana Esporte Clube era então o time local mais cogitado para erguer a taça desse campeonato, pois, já havia vencido os campeonatos anteriores de 1960 e 1961. 

No dia 20 de julho daquele ano, Pedro Bala casou-se com a cozinheira Raimunda Pacheco Gomes numa discreta cerimonia realizada na Paróquia de Nossa Senhora do Perpértuo Socorro (que ainda encontrava-se em construção), com a presença de pouco mais de 60 pessoas, entre colegas de trabalho e companheiros de campo. O casório foi dirigido pelo padre Ângelo Biraghi, fiel amigo e confidente de Pedro Bala. 

A união desse casal duraria até o mês de dezembro daquele ano, quando na véspera de Natal (dia 24 de dezembro), Pedro Bala encerrou seu horário de expediente no escritório da ICOMI em Santana, por volta das 17hs, e após se despedir de seus colegas e desejar boas festas, seguiu rumo à capital em cima de uma lambreta que havia comprado no final de 1961, após o “Canário” conquistar o bicampeonato amapaense, onde iria comprar o restante dos presentes que seriam distribuídos na Noite de Natal, em um evento que estava programado pela diretoria da ICOMI para seus funcionários, a ser realizado na sede recreativa do clube na recém-construída Vila Amazonas (mesmo local onde Pedro Bala já morava com a esposa). 

Segundo versão de registro policial (aberto na época do acidente), no trajeto que seguia pela Rodovia Macapá-Santana (hoje Rodovia Duca Serra), Pedro Bala teria acelerado seu veículo de condução, com o propósito de logo chegar à Macapá e pudesse retornar o quanto antes para o seu local de morada (Santana), o que, ao alcançar o km-06 daquela rodovia, onde parte da pista da rodovia atravessa um elevado precipício, o jogador santanense teria acidentalmente caído com sua lambreta, fraturando gravemente o crânio e três costelas inferiores. 

O primeiro a avistar o local do acidente foi o motorista José Rodrigues Machado (que prestava serviços de frete para o Governo Territorial), que seguia logo atrás de Pedro Bala e estranhou não ter mais lhe visto alguns metros após à frente, e somente deu conta que algo terrível havia ocorrido quando notou rastros de pneus na pista de terra úmida (na época a referida rodovia ainda não era asfaltada, e havia chovido horas antes naquela área). 

O motorista comunicou as autoridades sobre o acidente que logo resgataram o jogador do local e encaminharam-no ao Hospital Geral de Macapá. A notícia do fato ecoou rapidamente pelos quatro cantos da cidade pela única emissora de rádio do Amapá (Difusora), informando: “Desastre na Rodovia Santana-Macapá. Pedro Bala está muito mal”. 

Já passava das 20hs daquele dia 24 de dezembro de 1962 (segunda-feira) quando veio a confirmação da morte do jogador. A dor fraternal substituía a alegria daqueles que viam um Natal de felicidades. A notícia até mesmo o gerente da ICOMI no Amapá, Drº Antônio Carlos Seara, que tinha grande estima e era torcedor assíduo do Santana Esporte Clube. 

Mesmo não tendo tido tempo para deixar herdeiros genéticos, Pedro Bala deixou herdeiros nos campos, e imortalizou sua genialidade como artilheiro daquele ano, sendo anualmente homenageado pela diretoria da ICOMI nos campeonatos internos da empresa. 

Outro grande reconhecimento deixado pelo poder público ocorreu em 1986, quando o então prefeito de Macapá Raimundo de Azevedo Costa, sancionou o Decreto Municipal 0109/86, dando seu nome para uma avenida situada no bairro Nova Esperança, mantendo assim a boa lembrança do jogador nº 01 do “Canário”, do funcionário padrão da ICOMI, e de um atleta que deixaria um legado escrito na história do futebol amapaense.

domingo, 5 de outubro de 2014

Os Primeiros Vereadores Eleitos de Santana Para Macapá


Os dois do meio são os vereadores Redimilson Nobre e Rosemiro Rocha, cercados por jornalistas em evento ocorrido em 1986, em Santana.

Em janeiro de 1982, o recém-criado distrito de Santana experimentaria os primeiros passos de conquistar seus representantes para assumirem vagas no legislativo local. 

Após ser elevada para a categoria de distrito macapaense, através da Lei Municipal n.º 0153 de 31 de agosto de 1981, sancionado pelo então prefeito de Macapá Murilo Agostinho Pinheiro, a pequena cidade de Santana já continha um número superior de 45 mil habitantes distribuídos em quase 10 bairros, o que na visão do Poder Público deveria receber maiores atenções das autoridades políticas para assim desenvolverem um plano de melhoramento social nessa região que se expandia demograficamente. 

Porém, essa preocupação somente partiria de pessoas que conhecessem profundamente ou convivessem diariamente com os problemas que afligissem o povo santanense. 

Até o começo desse ano (1982), Santana tinha apenas um representante político que, segundo os pioneiros da região e profundos debatedores da política amapaense, não respondia diretamente pela cidade (apesar de possuir uma residência em Santana). Mesmo por que esse representante se mantinha na maior parte do tempo exercendo sua legislatura na capital amapaense (Macapá). 

Abrindo esse ponto em questão, foi-se vendo novos nomes para a política local. Comerciantes conhecidos e moradores antigos de Santana foram os primeiros a serem citados em tímidas reuniões que aconteciam em igrejas e escolas da nossa pacata cidade portuária. Mas houve dois nomes que correriam pelas bocas mais populares dos bairros santanenses: Redimilson Anselmo Nobre e Rosemiro Rocha Freires. 

O primeiro era oriundo de uma família pioneira de Santana, na qual era portador de uma intelectualidade reconhecida por inúmeras pessoas (entre elas, políticos respeitados da época, como Jarbas Gato e Geovani Borges), sendo formado em magistério superior e com um modo de discursar que liderava centenas de ouvintes. O segundo, que era na verdade um trabalhador autônomo, era visto como um cidadão bastante popular entre os santanenses por saber formar rapidamente amizades e esbanjar uma enorme simpatia entre os meios familiares da cidade. 

A campanha desenvolvida individualmente por esses novatos na política local era muito focada pelo lado assistencial, algo que resultaria num reconhecimento posterior nas urnas. O contato direto e compreensivo com os eleitores santanenses fizeram com que aquele professor e o “marchante” fossem democraticamente escolhidos naquele no dia 16 de novembro de 1982 (um domingo), num pleito eleitoral que ainda não contava sequer com 10 seções distribuídas no distrito de Santana (haviam somente 07 estabelecimentos de ensino no pequeno distrito portuário). 

Rosemiro Rocha seria eleito com 1.265 votos válidos, enquanto que o professor Redimilson Nobre conquistaria 1.223 votos válidos. A legislatura de ambos iniciou em janeiro de 1983, após serem empossados nos referidos cargos, onde esses edis apresentariam semanalmente inúmeros requerimentos que solicitavam melhorias – nas áreas de saúde e infraestrutura – para o distrito de Santana. Entre os primeiros pedidos protocolados em 1983 estava a solicitação de abertura de novas ruas e avenidas no distrito em virtude do surgimento de novos bairros que se expandiam desordenadamente pela região. 

Esses pedidos, em sua maioria, levavam semanas (ou até meses) para serem atendidos pelo Poder Público municipal, o que motivou mais ainda alguns Deputados Constituintes do Amapá (como Raquel Capiberibe e Anníbal Barcellos) a protocolar junto à Câmara Federal (DF) um Projeto de Lei que criasse autonomia política para Santana, como forma de garantir condições administrativas para que seu próprio gestor coordenasse e gerenciasse diretamente com recursos externos para o melhoramento daquela cidade. Esse futuro Projeto de Lei somente seria aprovado em dezembro de 1987, pelo Presidente da República José Sarney, transformando assim o distrito de Santana em município amapaense.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Santana Esporte Clube: Nasce um time no Porto


Conhecido como "Canário do Porto" ou "Canário Milionário", o Santana Clube conquistou 07 campeonatos locais de futebol, sendo 4º time amapaense com mais títulos.


Fundado em 25 de setembro de 1955, no antigo “Alojamento Intermediário” (que posteriormente foi depósito de móveis da empresa ICOMI), pelos seguintes desportistas: Jaime Cerqueira, Manoel Cesário, Walter da Rocha Leal, Oswaldo Ildefonso dos Santos, Hector Manoel dos Santos, Carlos Alberto Lavareda, José Nicolau de Oliveira, Raimundo Gemaque de Jesus, José Gomes de Oliveira, Expedito Vasconcelos e Arlindo Pereira. 

Inicialmente recebeu a nomeclatura de “ICOMI Esporte Clube”, disputando seu primeiro jogo em 1956 contra o América Esporte Clube, da Federação Amapaense de Desportos (FAD), empatando em 0 x 0. 

Camisa branca, com faixa diagonal azul, cruz de malta no peito, calções brancos e meias pretas com cano azul e branco, foi o seu primeiro uniforme. 

Após os primeiros jogos, seus fundadores resolveram mudar o nome do clube para “SANTANA ESPORTE CLUBE”, passando sua camisa a ser toda amarela com gola verde. Os meses restantes de 1955 e durante o ano de 1956, os sócio-fundadores foram seus dirigentes. Somente em princípios de 1957 que, em vista dos sucessos esportivos, e sentindo a necessidade de integrar-se ao esporte profissional do Amapá, o Santana filiou-se à FAD, sendo que antes procurou organizar seus Estatutos e eleger sua primeira Diretoria, tendo à frente Jesus Ferreira Jomar. 

Data daí o seu 3º uniforme, que vigora até os dias de hoje, com as seguintes cores: vermelho, amarelo e preto. 

Historicamente, conquistou o Campeonato Amapaense de Futebol dos seguintes anos: 1960,1961, 1962, 1965, 1968, 1972 e 1985. 

Vale registrar que o Santana Esporte Clube foi pioneiro ao promover a vinda de grandes times esportivos do Norte e Nordeste do Brasil, assim como também de alguns times cariocas, como: Paissandu, Remo, Tuna, Júlio César, ex-Combatente (PA), Ferroviário (MA), Esporte Clube Recife (PE), e até Fluminense e Olaria (RJ). 

Foi o clube do então Território Federal do Amapá que mais ficou conhecido fora de seus limites locais, recebendo da crônica esportiva do Norte, o apelido de “Canarinho Amapaense”, que depois passou a ser “Canário Milionário”. 

Em janeiro de 1998, o clube começou a se dissolver, após a ICOMI encerrar suas atividades de exploração de minério de manganês, devido a carência do produto, o que obrigou a entidade, na qual era muito dependente da mineradora, ter que “desmontar” o clube, o que causou uma grande insatisfação por seus associados e torcedores. 

Diversas reuniões e assembléias foram realizadas em prol do retorno do clube, mas no início do ano seguinte (1999), a diretoria da ICOMI determinou pelo término da entidade devido todo o patrimônio pertencer à mineradora. 

A Volta do “Canário”
Passado mais de uma década após as inúmeras e frustradas tentativas de trazer novamente o Santana Esporte Clube para os campos de futebol, quando o ex-presidente do Amapá Clube, Gerson Fernandes anunciou em março de 2008, a decisão de reerguer um dos clubes mais considerados do esporte regional. 

Gerson Fernandes (foto), grande idealizador em recuperar
um orgulho do esporte amapaense, participando das
comemorações dos 55 anos do Santana Esporte Clube.
Depois de tentar sua volta para a presidência da “Zebra Solitária”, Gerson acabou recebendo o convite para assumir a vice-presidência do clube, porém, percebendo que suas idéias técnicas estavam sendo restringidas, na qual lhe obrigou a se afastar do clube por tempo indeterminado. 

Ainda no primeiro semestre de 2008, realizou diversas reuniões com a presença de desportistas, ex-torcedores e até mesmo com ex-dirigentes do “Canário” visando trazer a grandeza deste time. 

Em meados de 2008, Gerson providenciou contatos imediatos junto à Federação Amapaense de Futebol (FAF), que tinha como presidente o então deputado estadual Roberto Góes (atual prefeito de Macapá), para buscar os procedimentos necessários para reorganizar esse clube santanense. 

No início de agosto corrente, foi possível reunir um pouco de 200 pessoas que participariam da Ata de reconstituição do Santana Esporte Clube e aprovariam um Estatuto provisório que seria somente utilizado para garantir seus direitos técnicos e esportivos. 

Em 18 de setembro de 2008, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu para o “Canário Amapaense” um certificado de autorização para a prática de futebol profissional, depois de preencher todos os requisitos legais admitidos pela Confederação. 

Em 22 de novembro corrente (2008), após efetuar uma seleção de jovens jogadores, o Santana Clube faz sua reestréia no Campeonato profissional de futebol adulto, enfrentando o Paissandu (PA), no estádio Augusto Antunes, na Vila Amazonas. Embora tenha empatado (1 x 1), o time santanense não conseguiu se classificar para o Campeonato regional. 

Uma Trajetória de Vitórias pelo Amapá
Em quase seis décadas percorrendo os campos de futebol do Amapá e do Brasil, o conhecido “Canário Milionário” marcou a história do esporte regional e até nacional por desempenhar um bom trabalho e ter oportunizado na carreira de grandes craques para o futebol brasileiro. Abaixo uma cronologia histórica dos principais encontros futebolísticos que foram realizados por esse clube canarinho: 

26 de maio de 1957 – Em jogo realizado no Estádio de Macapá (atual Estádio Glicério Marques), o Santana Esporte Clube obtém sua primeira vitória do Campeonato da 2ª Divisão, vencendo o Guarany Clube por 3 x 2. Gols feitos por Aza-Aberta (3) para o “canário”, enquanto que Ribeiro e Milton fizeram para a adversário. O juiz era Francisco Lima, auxiliado por 75 e Franquinho. 

30 de dezembro de 1957 – Em partida decisiva, o Santana Esporte Clube torna-se Campeão da 2ª Divisão do Campeonato da Cidade, após vencer o Fazendinha Esporte Clube por 1 x 0, gol feito por Curió. O juiz da partida foi Fernando Franco. 

21 de junho de 1959 – Em jogo amistoso no Estádio de Macapá, com arquibancada lotada, o time oficial do Fluminense (RJ) vence o Santana Esporte Clube por 4 x 1, sob a arbitragem de Francisco Lima. 

09 de março de 1960 – O Santana Esporte Clube conquista o Campeonato Amapaense de Futebol após vencer o Trem Desportivo Clube por 2 x 0. Esta seria sua primeira vitória no campeonato oficial do Amapá. Depois viriam mais 05 títulos. 

01 de maio de 1966 – O famoso clássico do Porto (Carcará x Canário) começaria justamente nesse dia. Em jogo de abertura do Campeonato da Cidade, realizado no Estádio Glicério Marques, o Santana Esporte Clube vence o Independente Esporte Clube por 4 x 1. Gols feitos por Acemir, Pereira, Moacir e Antonino para o “canário”, enquanto que Austregecildo fez o único tento para o “carcará”. 

Após esse encontro futebolístico, segundo registros, ainda houve cerca de 40 partidas oficiais pelo Campeonato Amapaense de Futebol até 2010. 

08 de julho de 1970 – Em pesquisa de opinião pública, realizada pela Federação Amapaense de Futebol, foi apurado o “Clube mais querido do Amapá”, vencendo o Santana Esporte Clube com 1.199 votos, ficando atrás o Independente Esporte Clube com 211 votos. 

12 de dezembro de 2009 – Após se reorganizar administrativamente para que pudesse retornar aos jogos oficiais e vencer 09 partidas consecutivas, o Santana Clube chega novamente ao jogo final de um Campeonato Amapaense de Futebol, enfrentando o São José, porém, conquista o título de vice-campeão após perder por 3 x 0.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Praça Municipal "Francisco Nobre"


Praça Cívica de Santana, foto tirada de um vídeo-documentário exibido em 1994 na televisão amapaense, sobre a recém-criada Área de Livre Comércio de Macapá (ALCMS).


Inaugurada em março de 1978, pelo então prefeito de Macapá Cleiton Figueiredo, a Praça Cívica de Santana foi construída através de inúmeras reivindicações de moradores que optavam pelo surgimento de um espaço de lazer no pequeno distrito de Santana, na qual não dispunha de locais determinados para a recreação e o divertimento familiar de seus residentes. 

Segundo depoimento de antigos moradores, o local pertencia ao Independente Esporte Clube (IEC), uma agremiação esportiva mantida por frequentadores fieis da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima (na Vila Maia), e foi cedida, sob termo de doação, pela diretoria do clube ao Executivo Macapaense, para ali ser levantada a primeira praça pública santanense. 

Em seu primeiro projeto arquitetônico, a praça tinha apenas quatro (04) pontos arborizados, distribuídos com oito (08) bancos de concreto em torno do novo espaço, todos voltados para as vias públicas (ruas e avenidas) que o cercavam. 

Em dezembro de 1989, após a criação do atual município de Santana, a praça passou por sua primeira reforma física, recebendo uma nova urbanização visual, contando agora com espaço de alimentação (lanchonete) e novos bancos. 

Em meados de fevereiro de 1991, o Departamento Municipal de Urbanização da Prefeitura de Santana realizou a delimitação física da praça, ficando entre as ruas Ubaldo Figueira e Salvador Diniz com as avenidas José de Anchieta e Castro Alves. Em meados do mesmo ano, o Executivo santanense levantaria um palanque de concreto na Praça Cívica de Santana, ficando de frente com a sede social do Independente Esporte Clube. 

Em 05 de novembro de 1997, o então prefeito de Santana Judas Tadeu Medeiros sanciona a Lei Municipal n° 0342, denominando a Praça Cívica de Santana como “Praça Municipal Francisco Corrêa Nobre”, numa justa homenagem a um pioneiro que, falecido em 30/03/1996, residiu em Santana por mais de quatro décadas, ajudando no desenvolvimento econômico, social e político da cidade, na qual este pioneiro exerceu inúmeros cargos administrativos que contribuíram merecidamente em nosso atual município santanense, deixando um legado de trabalho e dedicação através de suas futuras gerações (filhos e netos) que ainda as mantém viva. 

Em maio de 1999, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano de Santana (Semdurb/STN) apresentou à sociedade santanense, o novo projeto urbanístico da Praça Cívica de Santana, contendo uma nova praça de alimentação em torno da praça, com um amplo estacionamento. As obras de construção da nova praça iniciaram no mesmo semestre, sendo totalmente entregue no ano seguinte, mais precisamente no dia 16 de junho de 2000, com sua reinauguração prestigiada por milhares pessoas vindas de Macapá e de Santana. 

Após esta nova reforma, a praça teria uma paisagem urbanística mais regional, contendo agora dois monumentos exóticos da Amazônia: um molde gigante de uma cobra que representa nitidamente a “Lenda da Cobra Sofia”, mantida por décadas por pioneiros de Santana; e o molde gigante de um peixe, que representa uma das fontes de consumo familiar e renda econômica da região (a pesca). 

Vale ressaltar que a histórica Praça Cívica de Santana ficou sendo a única opção de lazer público da cidade por mais de duas décadas, quando somente em abril de 2004, seria inaugurada a segunda Praça de Santana (no bairro Paraíso). 

Em dezembro de 2013, a Praça Cívica de Santana foi escolhida para receber o primeiro “Natal Ecológico de Santana”, um projeto socioambiental inédito em todo Estado do Amapá, recebendo centenas de elogios por parte das autoridades competentes e até da sociedade civil organizada, na qual os principais enfeites natalinos foram confeccionados com material reciclável.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Sede da CAEMI: da Mudança ao trágico incêndio


A mudança administrativa do Grupo CAEMI para a nova sede, no Edifício "Barão de Mauá", foi destacado na imprensa nacional e nos seus circulantes internos.

Na noite de 31 de março de 1965, entrando pela madrugada de 1° de abril corrente, os escritórios da Indústria e Comércio de Minérios Ltda (ICOMI) no Rio de Janeiro (RJ) mudariam de endereço. Deixavam os andares que ocupavam no edifício Lowndes, à Avenida Presidente Vargas 290, e foram ocupar quase oito andares do novo Edifício Barão de Mauá, situado na Avenida Graça Aranha 26, prédio onde se localizavam também muitas outras empresas, inclusive a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). 

A mudança foi uma “operação” bem organizada, e exigiu, na época, um grande esforço, não só dos encarregados gerais, sob a chefia do Sr. Pedro Diogo dos Santos, como dos membros de todos os departamentos, que foram para o “Barão de Mauá” aguardar a chegada dos caixotes. 

Já na manhã do dia 04 de abril corrente, começaria a arrumação nas novas instalações, e agora todos se encontrariam em pleno trabalho no novo endereço. 

Ficaram temporariamente no antigo Edifício Lowndes: da CAEMI, tipografia, almoxarifado e alguns serviços de administração de escritórios; da ICOMI, o Departamento de Materiais. Isso até 1972, quando toda a estrutura administrativa do Grupo CAEMI foi definitivamente incorporada às novas instalações no Edifício “Barão de Mauá”, ingressando os escritórios da BRUMASA, COPRAM, FUNDAÇÃO E JINCO. 

As Diretorias e os Departamentos da ICOMI e CAEMI ficaram assim distribuídos: nos 19°, 18° e 16° andares, a Presidência, Vice e Diretorias; no 17°, Gerência, Financeiro, Tesouraria, Controle, Contabilidade, Estudos, Auditoria; no 15°, Administração, Jurídico, Exportação, Contabilidade, Tesouraria, Estudos, Auditoria, Rádio e Telex; no 14°, Relações Públicas, Jurídico, Ações, Técnico; e, no 13°, Pessoal, Organização e Desenho Técnico. E já no 20° andar ficaria instalado o Restaurante da empresa. 

Em setembro de 1974, todas as empresas do Grupo CAEMI já estariam fixamente instaladas naquele luxuoso edifício, então projetado em 1963, pelos renomados arquitetos brasileiros Oscar Niemeyer e Sabino Barroso. Vale ressaltar que em 1964, ao ser inaugurado, o “Barão de Mauá” foi considerado um dos mais belos edifícios da capital carioca, recebendo a alcunha de “Noivinha do MEC”, por ficar ao lado do prédio modernista Gustavo Capanema. 

O Trágico Incêndio
Passava das 3hs da madrugada daquele dia 11 de dezembro de 1981, quando mais de 300 bombeiros foram convocados para apagar um dos mais marcantes incêndios ocorridos em sedes administrativas na história do Brasil. Esses bombeiros não sabiam que estavam sendo chamados somente para salvar uma boa fatia do mundo dos negócios, mas também um pedaço da história mineral do país. 

Os nove primeiros andares do prédio já estavam sendo ocupados pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) – então 7ª maior empresa do país. A Companhia Auxiliar de Empresas de Mineração (Caemi), holding do Grupo do empresário Augusto Trajano de Azevedo Antunes, era a maior empresa privada do setor, que também estava instalada em outros sete andares. O 11º andar, que pertencia ao Ministério das Minas e Energia, abrigava o gabinete do então ministro César Cals para seus despachos cariocas. Dois andares acima funcionavam os escritórios da estatal Petróleo Ypiranga, um dos dez maiores faturamento privados do Brasil. 

Aparentemente, o “Barão de Mauá” já também dispunha de modernos mecanismos de segurança contra incêndios, que todavia, sucumbiria naquela sinistra madrugada de 11/12/1981, num incêndio que durou mais de oito horas. Relatos técnicos apontam que o referido fogo começou por volta das 3 horas da manhã com um curto-circuito numa sala do 15º andar, estourando todos os vidros do prédio e propagando-se rapidamente por seus quase 25.000 metros quadrados. 

Obviamente o fogo encontrou muito material fácil para o seu consumo: divisórias de eucatex em profusão, janelas acortinadas, piso acarpetado e, sobretudo, muito papel nos arquivos. Felizmente não houve mortes por que os mais de 3.000 frequentadores diários do prédio só começariam a chegar depois das 6 horas. Os bombeiros que estavam no local, depois de quase oito horas de fogo intenso, pouco puderam fazer em termos de salvamento material, perdendo-se nesse meio, mais de três décadas de informações e registros técnicos sobre a exploração e exportação mineral do Amapá e do Brasil.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O Memorial aos Mortos do Naufrágio do Barco "Novo Amapá"

Na noite do dia 08 de janeiro de 1981 – dois dias após o barco “Novo Amapá” naufragar na foz do Rio Cajarí, chegava ao Porto de Santana, os primeiros 185 corpos que foram resgatados das águas após a embarcação tombar naquele local. Trazidos numa balsa holandesa (denominada “Ceci”), a maioria dos corpos já se encontravam encaixotados, não havendo qualquer autorização superior para que seus familiares pudessem reconhecer seus entes queridos. 

Devido ao grande número de pessoas que se encontravam aguardando a chegada desses corpos, a Balsa fez uma rápida pausa na embocadura do Rio Matapí, como forma de evitar uma possível reação pública quando encostasse fixamente no cais da ICOMI. 

Somente na manhã do dia seguinte (09/01) que os primeiros 06 caminhões deixaram a área interna da ICOMI levando mais de 40 caixotes – havendo entre 05 a 07 corpos em cada caixote construído em compensado armado com ripas – para serem enterrados no Cemitério de Santana. 

Diante de uma tristeza coletiva, a população da pequena localidade portuária de Santana acompanhou todo o processo de chegada e sepultamento dos mortos. Na ocasião que um dos caminhões que carregava os caixotes dobrava o cruzamento da atual Rua Salvador Diniz com a Avenida Antônio Nunes (seguindo para o cemitério), um dos caixotes que se encontravam na basculante (carroceria) do veículo caiu sob o asfalto da via, vindo a se desmontar, exalando um forte odor para as pessoas assistiam aquele “espetáculo de horrores” para a história da navegação amapaense. 

Sob um sol escaldante, duas retroescavadeiras, cedidas pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos do Governo do Amapá, abriram cinco valas extensas que receberiam os corpos das vítimas do naufrágio. Ali seria a última morada das centenas de passageiros que haviam deixado o Porto de Santana naquela tarde de 06 de janeiro de 1981. 

Como forma de lembrar a fatídica data que entrou para os anais das maiores tragédias da navegação brasileira, o Poder Público local, através da Lei Estadual n.º 0262/96, de março de 1996, decidiu construir um memorial que pudesse homenagear aqueles entes morreram naquele que atualmente é considerado o 2º desastre em águas brasileiras, ficando atrás do Navio “Príncipe de Gales”, afundado na encosta de São Paulo, em 1916. 

Em setembro de 1996, a Secretaria de Estado de Infra-estrutura levantou no Cemitério Municipal de Santana, um monumento de concreto, com formato retangular, onde ali foi colocado duas placas de cobre maciço, na qual continha o registro de 332 pessoas (em cada placa) que morreram no naufrágio do barco “Novo Amapá”. Vale ressaltar que o nome desses falecidos foram cedidos pela (extinta) Secretaria de Promoção Social do Governo do Amapá que, na época do naufrágio, efetuou um levantamento das vítimas através de comunicados feitos por parentes que acompanhavam o desembarque dos corpos no Porto de Santana. 

Essas placas permaneceram expostas ao público por quase uma década, sendo que uma delas acabou sendo furtada (roubada) em junho de 2005 e a outra teve que ser recolhida pela administração do Cemitério como forma de assegurar sua integridade material para quem quiser vê-la. 

Abaixo, descrevo o nome das mais de 330 pessoas que pereceram diante desse naufrágio. 



Abdias Barreto
Abelardo A. de Almeida
Aderson N. da Costa
Adilza P. da Silva
Adnaldo M. de Oliveira
Adoberlice S. do Carmo
Adriana O. Coutinho
Adriane C. dos Santos
Adriane T. Pereira
Aldemiro N. dos Santos
Aleixo S. F. de Souza
Alex C. Coutinho
Alexandre G. da Silva
Alexandre S. do Carmo
Alfredo V. Pacheco
Aline C. Bentes
Aluízio da S. Araújo
Américo A. Coelho
Ana Maria C. de Araújo
Ana Maria Ferreira
Ana Paula da C. Furtado
Ana Paula S. de Oliveira
Ângela C. de Albuquerque
Ângela de S. C. Albuquerque
Antenor da S. Melo
Antônia N. de Araújo
Antônio A. de Lima
Antônio B. da Silva
Antônio B. Nunes
Antônio E. de Almeida Francisco
Antônio Ferreira
Antônio N. dos Santos
Antônio P. Sacramento
Antônio S. R. de Oliveira
Apolônia Rodrigues Barreto
Ario A. dos Santos
Arquimino Q. do Carmo
Artur M. Teixeira
Augustinho de O. Almeida
Balbina de O. Cordeiro
Beatriz dos S. Vasques
Benedito A. Rodrigues
Benedito de S. Barreto
Benovenuto N. de Souza
Brasiléia R. Barreto
Carina B. e Silva
Carla Alves Guedes
Carlos Adriano G. Ribeiro
Carlos Alberto L. Costa
Carlos da S. Loureiro
Carlos Luiz dos Santos
Carlos Tarabian N. de Lima
Carmem Lúcia dos S. Sacramento
Cássia Jane P. Pinto
Célia Lúcia O. Monteiro
Cézar Mendes Garrido
Cintia Kátia dos Santos
Claudionor de O. Pinheiro
Clemilda da S. Alves
Cleonice da S. Souto
Cosme Roberto S. Rodrigues
Cristiane T. A. da Costa
Daniel A. da Silva
Denize M. de Oliveira
Dercinha C. Machado
Dimalro Clebert N. de Brito
Dinalva de J. Loureiro
Dinilza de O. Santos
Diolene F. Amaral
Divandro F. Amaral
Doraci M. dos Reis
Ecicio de A. Aquino
Edivalda M. de Oliveira
Edleuza R. Lobato
Edmilson M. de Oliveira
Edmo S. Trindade
Edno Alves Ferreira
Edson C. de Albuquerque
Edson M. dos Santos
Edson Rogério L. Monteiro
Elanilda da S. Alves
Eleonora R. Martins
Eli dos S. Marques
Eliana de O. Cordeiro
Elizângela C. Pereira
Elizângela M. dos Reis
Enedina N. Souza
Enilda B. dos Santos
Eunice de A. Aquino
Eurico B. Martins Filho
Everton
Fabrício M. das Neves
Fatiane de O. Almeida
Francinei V. Cruz
Francisco A. Trindade
Francisco F. Martins
Francisco M. Prata
Francisco P. Aquino
Geane Carla C. Ribeiro
George P. Bezerra
Germano da S. Souza
Gláucia Maria M. do Carmo
Haroldo Vilhena
Heraldo V. dos Santos
Hiraldo P. de Araújo
Hudson B. dos Santos
Hudson C. de Albuquerque
Iaciara Távora Pinheiro
Ibelza Cardoso Bentes
Ieda S. M. de Souza
Iomázia O. dos Santos
Iran C. de Albuquerque
Irandir Pontes Nunes
Irizete Távora Pinheiro
Irley P. da Silva
Israel Rodrigues Lobato
Ivanele dos S. Sacramento
Ivete Batista Freitas
Ivonete Marques dos Reis
Ivonete S. de Jesus
Izete Oliveira maciel
Jacirema Brito dos Santos
Jairo da Silva Alves
Jean Carlos G. Ribeiro
Jean Serra
Jeová Cardoso do Amaral
Joana M. de Oliveira
Joana Padilha de Sá
João das Neves Maciel
João Góes da Costa
João Nogueira Moura
João Ubiracy dos S. Pereira
Joel da Silva
Jorge N. C. de Albuquerque
José Almeida
José Ângelo T. da Rocha
José Benedito da Costa
José da Costa Souza
José de Jesus Santos
José Francisco M. dos Santos
José Hamilton Vaz dos Santos
José Hélio V. de Carvalho
José Iranei P. Monteiro
José Lobato Monteiro
José Maria Vaz dos Santos
José Monteiro de Brito
José Pereira de Souza
José Raimundo Pinheiro
Josefina Freitas da Silva
Joseli Castro Pureza
Josué Machado da Silva
Juvêncio Neri Carvalho
Kátia Cilene da T. Nobre
Kilsa Maria R. Barreto
Kleson Miranda dos Santos
Lana Carina F. da Silva
Landaci de Moraes Lima
Leda Rosilda N. da Costa
Leni de L. N. Almeida
Letícia Távora Pereira
Lidiane Alves Coelho
Lima Vaz Leite
Lindonei Chaves da Costa
Lucilene M. dos Santos
Lucimar Guedes
Lucivaldo Aguiar dos Santos
Luiz Carlos da S. Pantoja
Luiz Figueira dos Santos
Luiz Walter F. da Silva
Luiza Silva Paixão
Manoel do Carmo F. Duarte
Manoel Lisbino dos Santos
Manoel Moura de Oliveira
Manoel Paulo da Cunha
Manoel Pureza do Amaral
Manoel Raimundo C. Moraes
Marcos Nazareno C. Tavares
Marcos Nazareno da S. Tavares
Margareth Pinheiro da Costa
Maria Almeida de Araújo
Maria Amélia M. do Carmo
Maria Aparecida S. Belo
Maria Célia Soares de Souza
Maria Crisalda Alves Guedes
Maria da Assunção L. Monteiro
Maria da Conceição F. Marques
Maria da Graça L. da Silva
Maria de Fátima M. dos Santos
Maria de Nazaré M. dos Santos
Maria Dilma C. Acelma
Maria Dilza B. Paiva
Maria do Socorro M. Ferreira
Maria do Socorro M. Santos
Maria do Socorro S. Oliveira
Maria do Socorro Vasques
Maria Eliana de O. Cordeiro
Maria Gilva F. Amaral
Maria Ivone da Silva Jesus
Maria Ivonete da S. Jesus
Maria Izete da Silva Jesus
Maria Joana Moraes Brito
Maria José B. Ferreira
Maria José de O. Cordeiro
Maria Lima Vaz
Maria Lúcia Vaz Leite
Maria Maria S. Barriga
Maria Minelvina de J. Ferreira
Maria Nilma C. Acelma
Maria Osvaldina de Oliveira
Maria Pinheiro Costa
Maria Raimunda S. Ramos
Maria Renilda F. dos Santos
Maria Rineide Rocha Lobo
Maria Valdete M. Barreto
Maria Zenias Lima dos Santos
Maria Zinoca dos Santos
Mariana da Conceição Pinheiro
Mariana P. da Conceição
Marilene da Silva Santos
Marileuma Machado das Neves
Marina Nascimento Souza
Marineuta Machado das Neves
Mariolando S. Barriga
Mariquele Machado das Neves
Marlindo Pinheiro Costa
Marlúcia S. Barriga
Marlúcio Pinheiro Costa
Max Henrique da S. Oliveira
Miraci Inglês de Moraes
Moacir Alan M. do Carmo
Moacir Nunes da Silva
Moura Luz R. Martins
Moura Pinto Silva
Moura Ribeiro Coutinho
Nereide C. de Albuquerque
Nica Patrícia Pontes Monteiro
Nilza Maria R. Barreto
Nonato L. da Silva
Oberto Santos do Carmo
Ocivaldo Cardoso do Amaral
Odenildo A. da Silva
Odenildo Alves Paixão
Odivaldo Ferreira de Souza
Olgarina Ferreira Cordeiro
Onelício Crimário L. Tavares
Osvaldo Silva Souza
Pablo da Rocha Lobo
Paulo Cézar R. Barreto
Paulo Roberto de Oliveira
Paulo Ronaldo de Oliveira
Paulo Sérgio B. Pimentel
Paulo Sérgio Cardoso Silva
Paulo Sérgio T. C. Junior
Pedro Nolasco de M. Tavares
Quirino Tapajós da Rocha
Raimundo Almeida da Costa
Raimundo Cândido Donato
Raimundo Cardoso
Raimundo Cardoso
Raimundo Caxias da Silva
Raimundo da Cunha Silva
Raimundo da Silva
Raimundo de Souza Figueira
Raimundo Nonato Alves
Raimundo Nonato R. Barreto
Raimundo Nonato S. Santos
Raimundo Reis de Oliveira
Raimundo Santana Barriga
Redimar Cardoso Pontes
Regiane Picanço Gemaque
Roberto Alves Guedes
Roberto Dias da Costa
Roberto Ribeiro S. da Silva
Romerson Sarges da Silva
Romilna Silva Paixão
Romilsa Silva Paixão
Romilson Sarges da Silva
Ronalti Sarges da Silva
Roni Silva Paixão
Rosângela dos S. Monteiro
Rosângela Gomes Quintela
Rosiana Sarges da Silva
Rosilene Borges e Silva
Rosilene Santos Marques
Rubinelton de J. Ferreira
Rudinelson de J. Ferreira
Rudnei de Jesus Ferreira
Rudson Brito dos Santos
Rutilene Rocha Roberto
Santinha Moura de Oliveira
Sebastiana M. dos Santos
Selma dos Santos Soares
Sérgio Almeida de Oliveira
Shirley Mendes Garrido
Silvia Cristina M. da Silva
Silvia Maria N. Coelho
Silvino Marques
Silvio Mendes Garrido
Socorro de Oliveira
Solange Furtado da Cunha
Suely de Jesus Ferreira
Suely Dias dos Santos
Suely Monteiro Duarte
Suley C. de Albuquerque
Suzana Quintela do Carmo
Suzana Regina Souto Banhos
Tatiana Rodrigues Almeida
Tereza de Jesus Corrêa
Terezinha Furtado da Cunha
Tomázia Rodrigues Duarte
Urbano Gonçalves Ribeiro
Veralza Sarges da Silva
Wadeneide Lima dos Santos
Waldelina Figueira Marques
Waldenir Lima dos Santos
Waldir Lobato Monteiro
Waldirene Figueira Marques
Waleriano B. do Nascimento
Wanderléia Figueira Marques
Wérica Brito dos Santos
Wilson de Oliveira
Zulmira Bezerra Nunes