Em meio século de informação, foram mais de 10 jornais e 03 revistas que registraram e divulgaram sobre o crescimento social, político e econômico do atual município de Santana.
Em
termos bem atualizados, os meios de comunicação procuraram se desenvolver de
forma bastante significativa nas últimas décadas, gerando diversos caminhos
viáveis para repassar a informação a curto prazo para aqueles que desejam tomar
conhecimento e interar-se dos fatos notórios que ocorrem diariamente em nossa
sociedade. Hoje, os chamados “caminhos da notícia” são utilizados através dos
jornais impressos, do rádio, da televisão, até mesmo pela internet que lidam
com as redes sociais, onde milhares de pessoas estão conectados, procurando
sempre manter em tempo real suas linhas de conhecimento.
Se
hoje encontramos diversas maneiras para se colocar informado com os acontecimentos,
muitos se fez quando tudo ainda seguia em passos lentos. Os registros mais
antigas que falam dos primórdios das comunicações em grande escala em nosso
país data do início do século XIX (19) quando a Família Real Portuguesa
desembarcou no Brasil em 1808 e implantou a “Impressão Régia” que depois se transformaria na “Imprensa Nacional”. No mesmo ano (1808)
saiu às ruas o jornal “A Gazeta do Rio
de Janeiro”, o primeiro criado em território brasileiro, com isso dando
ênfase para que outros jornais fossem criados ainda naquele século.
No
Amapá, os primeiros passos sobre as comunicações de grande expansão começaram a
aparecer em 1895, com o lançamento do primeiro jornal em terras amapaenses, “O PINZÔNIA”, idealizado por um
macapaense chamado Francisco de Mendonça Junior, onde registrava o cotidiano
pacífico dos pouco mais de 1.500 moradores que residiam na pequena cidade de
Macapá no final do século XIX. O “Pinzônia” circulou até 1899, mas deixou uma
grande marca para as comunicações em nosso Estado, dando espaço para que no
século seguinte novos veículos começassem a tomar frente para nossa sociedade.
Esse impulso no setor comunicativo criou mais força a partir da metade de
década de 1940, logo depois da criação do então Território Federal do Amapá com
jornais que escreveriam nomes na história como o jornal “Mensagem do Amapá”, “A Voz Católica”, “O Amapá”, “Jornal do Povo”
e outros que tiveram pequeno período de circulação, mas colaborando
assiduamente para a nossa história.
Assim
como ocorria na capital amapaense, o nome de um informativo ficaria bastante
conhecido entre os moradores santanense ainda na década de 1960. Era o jornal “Barranco”, fundado no dia 07 de julho
de 1963.
Se
hoje em dia correr atrás dos detalhes de um acontecimento é uma tarefa árdua
dentro de uma cidade com mais de 100 mil habitantes, imagine as dificuldades
enfrentadas por esses pioneiros que usavam de suas andanças para percorrer as mais
de dez vilas suburbanas existentes ainda naquela década, sem oferecer as
mínimas condições sociais para seus jovens e amadores repórteres.
Porém,
os desafios foram sendo vagarosamente vencidos e os esforços foram sendo
atendidos com auxílio daqueles mais favorecidos financeiramente. A Indústria e Comércio
de Minérios Ltda (ICOMI) foi uma das grandes incentivadores dessa iniciativa
pioneira, que acabou se envolvendo na mesma idéia de divulgar suas ações
sociais no então Território Federal do Amapá e lançou sua própria revista no
ano seguinte, “ICOMI Notícias”. Até
1967 esses dois informativos privados ainda eram bastante conceituados entre os
dois núcleos populacionais mais conhecidos de Santana: a Vila Dr.º Maia e a
Vila Amazonas.
Na
década de 1970, nosso povoado somente era focado pelos noticiários impressos com
direito a um encarte nos poucos jornais semanais que circulavam entre a capital
e nossa pequena vila portuária. Se havia dois ou três semanários, era fácil
encontrar algum fato ocorrido em Santana numa dessas páginas, quase sempre
assinadas por pessoas bastante conhecedoras de nossos problemas. Que nos diga o
profissionalismo feito por Olavo Almeida, Gerônimo Acácio, Jorge Bittencourt,
Haroldo Pinto e outros que enviavam com destreza e dinamismo os principais
acontecimentos de nossa cidade que crescia lentamente na virada das décadas de
1970-1980.
As
poucas vezes que estivemos nas primeiras páginas dos jornais de grande
circulação (entre essas duas décadas citadas), algumas foram de maneira
positiva e outras negativas, como a cobertura feita pela imprensa nacional
sobre o naufrágio do Barco “Novo Amapá” (1981) ou a visita do famoso
oceanógrafo francês Jacques Coausteu (1982) que por aqui esteve conhecendo
nossa fauna e flora para depois produzir um dos documentários mais assistidos
em todo o planeta.
Com
o período pós-município (já no início da década de 1990), a comunicação
impressa acabou tendo um maior impulso com o surgimento de novos jornais
santanenses. Chegaria às bancas o “Jornal
de Santana”, depois o lendário “Jornal
do Porto” (que mais tempo circulou em Santana, com mais de 200 edições
publicadas em seis anos de existência), a “Vanguarda”
e o “Diário de Santana”. Todos esses
folhetins serviram de escolas para grandes nomes que hoje conhecemos no ramo da
comunicação santanense, por onde militaram Tina Sanches, Walber Trindade, Alice
Sanches, Socorro Barros, Sanderley Lobato, Paulo Rogério, Serginho Guedes,
Roberto Guedes, Jackson Martins, entre outros.
Em
1998 aparecia um novo segmento nas comunicações locais: seriam os primeiros
testes radiofônicos para implantação de um sistema FM na cidade que logo
fixaria seus objetivos junto à nossa sociedade. Apesar dos primórdios da
radiofonia em Santana ter se registrado ainda na década de 1970, somente no
final do século XX que a idéia conseguia ter mais força técnica e humana.
Depois
da virada do milênio, nossa cidade viveria novos horizontes no setor
comunicativo a partir ano de 2005, com a implantação da primeira emissora de
televisão local e o aparecimento de novos jornais independentes. Surgiriam os
quinzenários “Cidade de Santana”, “Correio Popular”, o tablóide “Fatos”, o “Correio Santanense”, e os semanais “Santana Agora” e “A Gazeta
de Santana”. Todos marcariam seus nomes na história recente do município
por acompanhar no desenvolvimento social, político e econômico.
Chegando
em 2013 podemos notar que em meio século muitos acontecimentos puderam ser
registrados e divulgados abertamente pelos meios de comunicação que foram
constantemente aparecendo na segunda maior cidade do Estado do Amapá. Em meio a
registros históricos, já se passaram mais de 12 jornais somente na área interna
de nossa cidade nesse período de 50 anos, somando com outras 03 revistas de circulação
independente.
Mas conseguimos
alçar grandes topos por atualmente termos a cobertura de 03 emissoras de rádios,
duas emissoras de televisão, um jornal de circulação semanal (“Correio de
Santana”), mais de 50 blogueiros cadastrados no Google, e um número infinito de
internautas conectados nas maiores redes sociais da Internet, em prol de
auxiliar na informação em curto prazo sobre tudo que acontece simultaneamente
em nossa cidade portuária. Tudo isso graças ao pioneirismo realizado por 07
jovens que idealizaram o primeiro jornal de Santana, o “Barranco”.
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