Possuindo um incomensurável acervo de informações históricas, passando de 11 mil assuntos (entre eles, mais de 300 dados biográficos de pioneiros santanenses e mais de 500 fotos históricas que registram o crescimento demográfico e social da cidade portuária do Amapá).



quinta-feira, 4 de julho de 2013

50 Anos de Comunicações em Prol de Santana


Em meio século de informação, foram mais de 10 jornais e 03 revistas que registraram e divulgaram sobre o crescimento social, político e econômico do atual município de Santana.

Em termos bem atualizados, os meios de comunicação procuraram se desenvolver de forma bastante significativa nas últimas décadas, gerando diversos caminhos viáveis para repassar a informação a curto prazo para aqueles que desejam tomar conhecimento e interar-se dos fatos notórios que ocorrem diariamente em nossa sociedade. Hoje, os chamados “caminhos da notícia” são utilizados através dos jornais impressos, do rádio, da televisão, até mesmo pela internet que lidam com as redes sociais, onde milhares de pessoas estão conectados, procurando sempre manter em tempo real suas linhas de conhecimento.
Se hoje encontramos diversas maneiras para se colocar informado com os acontecimentos, muitos se fez quando tudo ainda seguia em passos lentos. Os registros mais antigas que falam dos primórdios das comunicações em grande escala em nosso país data do início do século XIX (19) quando a Família Real Portuguesa desembarcou no Brasil em 1808 e implantou a “Impressão Régia” que depois se transformaria na “Imprensa Nacional”. No mesmo ano (1808) saiu às ruas o jornal “A Gazeta do Rio de Janeiro”, o primeiro criado em território brasileiro, com isso dando ênfase para que outros jornais fossem criados ainda naquele século.
No Amapá, os primeiros passos sobre as comunicações de grande expansão começaram a aparecer em 1895, com o lançamento do primeiro jornal em terras amapaenses, “O PINZÔNIA”, idealizado por um macapaense chamado Francisco de Mendonça Junior, onde registrava o cotidiano pacífico dos pouco mais de 1.500 moradores que residiam na pequena cidade de Macapá no final do século XIX. O “Pinzônia” circulou até 1899, mas deixou uma grande marca para as comunicações em nosso Estado, dando espaço para que no século seguinte novos veículos começassem a tomar frente para nossa sociedade. Esse impulso no setor comunicativo criou mais força a partir da metade de década de 1940, logo depois da criação do então Território Federal do Amapá com jornais que escreveriam nomes na história como o jornal “Mensagem do Amapá”, “A Voz Católica”, “O Amapá”, “Jornal do Povo” e outros que tiveram pequeno período de circulação, mas colaborando assiduamente para a nossa história.
Assim como ocorria na capital amapaense, o nome de um informativo ficaria bastante conhecido entre os moradores santanense ainda na década de 1960. Era o jornal “Barranco”, fundado no dia 07 de julho de 1963.
Se hoje em dia correr atrás dos detalhes de um acontecimento é uma tarefa árdua dentro de uma cidade com mais de 100 mil habitantes, imagine as dificuldades enfrentadas por esses pioneiros que usavam de suas andanças para percorrer as mais de dez vilas suburbanas existentes ainda naquela década, sem oferecer as mínimas condições sociais para seus jovens e amadores repórteres.
Porém, os desafios foram sendo vagarosamente vencidos e os esforços foram sendo atendidos com auxílio daqueles mais favorecidos financeiramente. A Indústria e Comércio de Minérios Ltda (ICOMI) foi uma das grandes incentivadores dessa iniciativa pioneira, que acabou se envolvendo na mesma idéia de divulgar suas ações sociais no então Território Federal do Amapá e lançou sua própria revista no ano seguinte, “ICOMI Notícias”. Até 1967 esses dois informativos privados ainda eram bastante conceituados entre os dois núcleos populacionais mais conhecidos de Santana: a Vila Dr.º Maia e a Vila Amazonas.
Na década de 1970, nosso povoado somente era focado pelos noticiários impressos com direito a um encarte nos poucos jornais semanais que circulavam entre a capital e nossa pequena vila portuária. Se havia dois ou três semanários, era fácil encontrar algum fato ocorrido em Santana numa dessas páginas, quase sempre assinadas por pessoas bastante conhecedoras de nossos problemas. Que nos diga o profissionalismo feito por Olavo Almeida, Gerônimo Acácio, Jorge Bittencourt, Haroldo Pinto e outros que enviavam com destreza e dinamismo os principais acontecimentos de nossa cidade que crescia lentamente na virada das décadas de 1970-1980.
As poucas vezes que estivemos nas primeiras páginas dos jornais de grande circulação (entre essas duas décadas citadas), algumas foram de maneira positiva e outras negativas, como a cobertura feita pela imprensa nacional sobre o naufrágio do Barco “Novo Amapá” (1981) ou a visita do famoso oceanógrafo francês Jacques Coausteu (1982) que por aqui esteve conhecendo nossa fauna e flora para depois produzir um dos documentários mais assistidos em todo o planeta.
Com o período pós-município (já no início da década de 1990), a comunicação impressa acabou tendo um maior impulso com o surgimento de novos jornais santanenses. Chegaria às bancas o “Jornal de Santana”, depois o lendário “Jornal do Porto” (que mais tempo circulou em Santana, com mais de 200 edições publicadas em seis anos de existência), a “Vanguarda” e o “Diário de Santana”. Todos esses folhetins serviram de escolas para grandes nomes que hoje conhecemos no ramo da comunicação santanense, por onde militaram Tina Sanches, Walber Trindade, Alice Sanches, Socorro Barros, Sanderley Lobato, Paulo Rogério, Serginho Guedes, Roberto Guedes, Jackson Martins, entre outros.
Em 1998 aparecia um novo segmento nas comunicações locais: seriam os primeiros testes radiofônicos para implantação de um sistema FM na cidade que logo fixaria seus objetivos junto à nossa sociedade. Apesar dos primórdios da radiofonia em Santana ter se registrado ainda na década de 1970, somente no final do século XX que a idéia conseguia ter mais força técnica e humana.
Depois da virada do milênio, nossa cidade viveria novos horizontes no setor comunicativo a partir ano de 2005, com a implantação da primeira emissora de televisão local e o aparecimento de novos jornais independentes. Surgiriam os quinzenários “Cidade de Santana”, “Correio Popular”, o tablóide “Fatos”, o “Correio Santanense”, e os semanais “Santana Agora” e “A Gazeta de Santana”. Todos marcariam seus nomes na história recente do município por acompanhar no desenvolvimento social, político e econômico.
Chegando em 2013 podemos notar que em meio século muitos acontecimentos puderam ser registrados e divulgados abertamente pelos meios de comunicação que foram constantemente aparecendo na segunda maior cidade do Estado do Amapá. Em meio a registros históricos, já se passaram mais de 12 jornais somente na área interna de nossa cidade nesse período de 50 anos, somando com outras 03 revistas de circulação independente.
Mas conseguimos alçar grandes topos por atualmente termos a cobertura de 03 emissoras de rádios, duas emissoras de televisão, um jornal de circulação semanal (“Correio de Santana”), mais de 50 blogueiros cadastrados no Google, e um número infinito de internautas conectados nas maiores redes sociais da Internet, em prol de auxiliar na informação em curto prazo sobre tudo que acontece simultaneamente em nossa cidade portuária. Tudo isso graças ao pioneirismo realizado por 07 jovens que idealizaram o primeiro jornal de Santana, o “Barranco”.

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