segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Da Kutaca veio o Novo Horizonte
35 anos da empresa AMCEL
A venda da Amcel é importante e estratégica para o Plano de Transformação Global da IP, iniciado em 2005, que estabelece como foco dos negócios os papéis para imprimir e escrever e as embalagens.
- Cavacos, Revista. Publicação trimestral da empresa International Paper do Brasil. Edição de Janeiro/Fevereiro de 2007.
- (¹) LIMA, Ricardo Ângelo Pereira de. Antropizacion, dinámicas de ocupación del territorio y desarrollo en la Amazonia Brasileña: El caso del Estado de Amapá. Bellaterra: Universitat Autònoma de Barcelona, 2004. (Tese de doutoramento).
domingo, 16 de outubro de 2011
Santana, uma cidade premeditada?
A matéria apresenta registros sobre os procedimentos que vinham sendo tomados para a construção do futuro porto de embarque de minérios e um plano urbanístico para acomodar seus moradores adjacentes.
Surgirá Uma Cidade Portuária no Amapá
O Porto de Santana vai sendo erguido, em obediência ao que de mais moderno se conhece no gênero – dentro de três anos, calcula-se o término das obras – como se fará o escoamento do manganês.
Cidade Portuária
Planos Aprovados
Concomitantemente, processa-se a construção do porto de minérios, em harmonia técnico-administrativa do Governo do Amapá com os técnicos brasileiros e norte-americanos da ICOMI, companhia concessionária da exploração das jazidas de manganês, a construção do porto a ser exclusivamente usado para embarque de minérios. A Companhia Morrisson Freeman, dos Estados Unidos, apresentou o ante-projeto das referidas instalações, obras magníficas, utilizando processos de embarque rápido de manganês e ferro em navios de 12.000 toneladas e possivelmente de calado até 25.000 toneladas.
Dados Técnicos
O porto de minérios disporá também de grandes edifícios de concreto e aço, para oficinas, armazéns, escritórios, hotel e residência, além das usinas elétricas e depósitos de combustíveis.
O Governo do Território, em colaboração com os técnicos americanos, procede intensamente aos estudos para a construção imediata da Estrada de Ferro, com cerca de 150km, utilizando até a aerofotogrametria. Esta estrada ligará as minas ao porto de Macapá. De acordo com o contrato estabelecido, o Governo do Amapá contará com uma grande tonelagem nos vagões da ICOMI, que utilizará para o transporte, sobretudo de produtos das ricas matas de madeiras de lei, que serão industrializadas.
A par com a hidro-elétrica que se projeta levantar no Paredão do Araguari, o porto de Macapá é um dos futuros sustentáculos da grandeza econômica daquela região que Janary Nunes vai erguendo do nada.
sábado, 15 de outubro de 2011
A histórica eleição municipal de 1996
Há pouco mais de 15 anos, ocorreu no município de Santana uma das eleições mais comentadas de sua história. Tudo em virtude de possíveis favorecimentos indicados em pesquisa eleitoral, mas que acabaram sofrendo por controvérsias nos resultados das urnas.
Tudo começou no início do ano de 1996, quando diversos partidos já buscavam formalizarem alianças políticas para concorrerem na terceira eleição municipal de Santana. Ao todo, foram 04 candidatos que oficialmente candidatura para o cargo majoritário do município, porém, dois desses candidatos logo caíram sobre a preferência do povo santanense: Rosemiro Rocha (PL) e Judas Tadeu Medeiros (PSDB).
O primeiro foi vereador pela capital amapaense em duas legislaturas e ainda foi o primeiro prefeito eleito de Santana (1989-1992), estando nesse período agora como Deputado Estadual; enquanto que o outro já havia assumido diversos cargos de confiança, sob indicação de ex-prefeitos de Macapá e nessa época exercia o mandato de vereador santanense, estando licenciado do cargo para concorrer acirradamente com um adversário que, segundo pesquisas extra-oficiais, carregava a preferência do eleitorado santanense.
No dia 29 de março daquele ano, uma convenção política foi realizada nas dependências da antiga sede social do Independente Esporte Clube, contando com a presença de 08 dos 11 partidos que já haviam diretórios partidários em Santana, onde homologaram o nome do deputado estadual Rosemiro Rocha Freires como candidato à Prefeitura Municipal de Santana.
O ato, que também contou com cerca de 6 mil pessoas, recebeu o expressivo apoio de outras grandes lideranças políticas do Estado, como os deputados federais Valdenor Guedes e Antônio Feijão, dos senadores Gilvam Borges e José Sarney e até do então prefeito de Santana Geovani Borges, que reforçaram a sua candidatura pro serem políticos com grande prestígio junto à comunidade santanense.
No lado do médico Judas Tadeu Medeiros havia apenas o apoio formulado entre o PMDB e PSDB, entretanto, Judas Tadeu procurou manter sua popularidade através das boas relações com líderes comunitários e inúmeros correligionários. Somente em meados de julho que o médico Judas Tadeu formalizou com um grande aliado: o então governador do Amapá João Alberto Capiberibe anunciou seu apoio político com aquele vereador santanense.
Em 11 de agosto (1996) iniciou-se a campanha política em Santana, onde mais de 80 candidatos de “se jogaram nas ruas” em busca de conquistarem todo e qualquer eleitor, visando uma das 13 cadeiras disponíveis no legislativo local. Foram dezenas de reuniões comunitárias e comícios espalhados pelos 04 cantos da cidade portuária, e muitos até se prolongavam pela madrugada. Em paralelo com a campanha, também estavam os fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE/AP) que chegaram a recolher diversos tipos de materiais que seriam utilizados na compra de votos: eram cestas básicas, dúzias de telhas e madeiras, assim como volumosas notas monetárias que possivelmente serviriam para o pagamento na chamada “boca de urna”.
No final de agosto, foi divulgada a 1ª pesquisa extra-oficial que indicou Rosemiro Rocha como favorito para a Prefeitura de Santana, estando com mais de 30% de chances à frente do 2º colocado, que era o médico Judas Tadeu. Em meados do mês de setembro, circulou uma segunda pesquisa (realizada pelo Jornal do Dia) que agora colocara Rosemiro Rocha como candidato pré-eleito à sucessão de Geovani Borges, estando com quase 50% na preferência do eleitor santanense, enquanto Judas Tadeu não alcançara 26% da intuição eleitoral.
Porém, o que as duas pesquisas indicavam para Santana, acabou-se por sofrer uma revira-volta política. No dia 04 de outubro, ocorreu o tão esperado pleito eleitoral, onde mais de 21 mil eleitores compareceram nas mais de 25 seções espalhadas nas áreas urbanas e rurais de Santana, encerrando a votação por volta das 17 horas daquela sexta-feira ensolarada.
Logo depois que encerrou-se a votação, as urnas foram sendo encaminhadas para o Ginásio Poliesportivo da cidade, local escolhido na 6ª Zona Eleitoral de Santana para serem apurados os votos. Como o processo de contagem de votos ainda era por cédulas, os mais de 40 mesários tiveram certa dificuldade para concluir a contagem individual dos votos, sendo preciso paralisarem a contagem às 23hs, prosseguindo no dia seguinte a partir das 08hs da manhã. Mas ainda no mesmo dia iniciado pela apuração, aconteceu a surpresa que muitos nem esperavam: o médico e então vereador santanense Judas Tadeu Medeiros conquistou mais de 50% da votação válida, consolidando sua vitória para assumir a Prefeitura Municipal de Santana, com 11.823 votos contabilizados a seu favor.
Junto com o candidato Judas Tadeu, também foram eleitos os seguintes vereadores para o período de 1997-2000: Diogo Ramalho (PMDB) com 660 votos, Benedito Afonso Silva de Farias (PSD) com 393 votos, Claudomiro de Moraes Guedes (PSDB) com 485 votos, Francisco das Chagas Soares Rêgo (PFL) com 496 votos, Izael Cunha Leão (PFL) com 345 votos, Rainildo do Carmo Aguiar (PDT) com 438 votos, João Batista Santana Tavares (PDT) com 568 votos, José Antônio Nogueira de Souza (PT) com 656 votos, Josivaldo Abrantes dos Santos (PL) com 584 votos, Paulo Sérgio da Silva Melo (PSDB) com 553 votos, Paulo Sérgio Lobato Nunes (PL) com 372 votos, e João Batista Bezerra Nunes (PMDB) com 690 votos.