A nossa atual cidade portuária começaria aparecer no final da década de 1940.
Depois que a empresa Indústria e Comércio de Minérios Ltda. (ICOMI), com sede em Belo Horizonte (MG), assinou em dezembro de 1947, com o então Governo do Território Federal do Amapá, o contrato para a exploração de manganês, foi logo realizado inúmeros estudos técnicos para a localização de áreas onde seriam construídos o Porto Industrial da mineradora, assim a demarcação por onde atravessaria a futura Estrada de Ferro do Amapá.
Em meados de 1948, a ICOMI iniciou a chamada de operários que quisessem trabalhar no setor de mão-de-obra da empresa, com objetivo de levantarem barracões numa área situada às margens do Rio Amazonas (onde ficaria um cais estratégico), e numa outra área situada na região de Serra do Navio (onde ficava as reservas manganíferas, que haviam sido descobertas em 1945, pelo regatão Mário Cruz).
A área onde ficava situado o cais de embarque e desembarque de equipamentos para a instalação da ICOMI na região era de frente com a Ilha de Santana, e durante os anos de 1948-1949, recebeu alguns cargueiros nacionais e estrangeiros que vieram trazendo materiais para sua montagem administrativa e operacional.
Ainda no final de 1949, já era possível observar pequenas casas construídas de forma rudimentar, que ficavam ao lado do canteiro de obras do futuro Porto de minérios da ICOMI. Vale ressaltar que essas casas eram construídas com folhas de papelão e restos de compensados, estes que serviam de embalagens nos materiais que chegavam constantemente para a ICOMI.
Em julho de 1950, já existiam em torno de 10 casas, onde residiam alguns operários que montavam lentamente o Porto da ICOMI, enquanto que os encarregados da mineradora eram acomodados em um alojamento que ficava em um dos barracos já levantados na área interna da mineradora, onde também existia um refeitório com banheiros, que ficava de frente com o Rio Amazonas.
Segundo um depoimento concedido pelo Senhor Clóvis Gadelha (falecido em 2003, aos 67 anos), em 1951, a ICOMI não tinha mais do que 30 funcionários que prestavam serviços na construção daquele porto, enquanto que o restante – cerca de 40 homens – se encontrava participando do levantamento da estrada onde seria construída a ferrovia. Veja o que diz depoimento dado á minha pessoa:
“Quando me convidaram pra descer esse lado do Rio Amazonas (vindo da região de Santarém, no Pará), disseram que haviam descoberto manganês e ouro no Amapá. Como eu tinha um pouco mais de 20 anos, aqui cheguei com outros seis colegas. Passei primeiro em Macapá, onde fiquei por uns 03 dias e depois segui pra cá, através de um barco que nos trouxe, por ordem da empresa, que tinha pressa em contratar mão-de-obra para terminar a construção desse porto.
Logo que chegamos, estranhei muito o fato dos trabalhadores ainda não terem sequer levantado as estacas para construção de um ancoradouro. Havia somente um pequeno trapiche de madeira, que servia pra receber pessoas e mercadorias. Quase todos que trabalhavam aqui (diga-se na mineradora) ficavam o dia todo limpando os campos por ia passar a ferrovia. E trabalho não faltava por aqui.
Quando terminava o dia de serviço, haviam algumas casas que ficavam do outro lado do depósito de materiais da ICOMI (onde hoje está situada a obra inacabada do Terminal Hidroviário de Santana) e lá moravam alguns trabalhadores que se recolhiam depois das 5 da tarde, voltando somente pela manhã, já por volta das 7hs.
Só quando a empresa precisou aumentar o seu espaço para construir novos armazéns (isso em 1955), foi preciso retirar essas famílias da beira do rio e colocá-las em outra área. (...)”
A área em questão tratava-se de 04 quadras que foram cedidas, em outubro de 1956, para os familiares de operários da ICOMI, que, com o passar do tempo, foi acompanhando um crescimento populacional descontrolado quando a mineradora deu o início oficial de suas atividades na região.
Depois que a empresa Indústria e Comércio de Minérios Ltda. (ICOMI), com sede em Belo Horizonte (MG), assinou em dezembro de 1947, com o então Governo do Território Federal do Amapá, o contrato para a exploração de manganês, foi logo realizado inúmeros estudos técnicos para a localização de áreas onde seriam construídos o Porto Industrial da mineradora, assim a demarcação por onde atravessaria a futura Estrada de Ferro do Amapá.
Em meados de 1948, a ICOMI iniciou a chamada de operários que quisessem trabalhar no setor de mão-de-obra da empresa, com objetivo de levantarem barracões numa área situada às margens do Rio Amazonas (onde ficaria um cais estratégico), e numa outra área situada na região de Serra do Navio (onde ficava as reservas manganíferas, que haviam sido descobertas em 1945, pelo regatão Mário Cruz).
A área onde ficava situado o cais de embarque e desembarque de equipamentos para a instalação da ICOMI na região era de frente com a Ilha de Santana, e durante os anos de 1948-1949, recebeu alguns cargueiros nacionais e estrangeiros que vieram trazendo materiais para sua montagem administrativa e operacional.
Ainda no final de 1949, já era possível observar pequenas casas construídas de forma rudimentar, que ficavam ao lado do canteiro de obras do futuro Porto de minérios da ICOMI. Vale ressaltar que essas casas eram construídas com folhas de papelão e restos de compensados, estes que serviam de embalagens nos materiais que chegavam constantemente para a ICOMI.
Em julho de 1950, já existiam em torno de 10 casas, onde residiam alguns operários que montavam lentamente o Porto da ICOMI, enquanto que os encarregados da mineradora eram acomodados em um alojamento que ficava em um dos barracos já levantados na área interna da mineradora, onde também existia um refeitório com banheiros, que ficava de frente com o Rio Amazonas.
Segundo um depoimento concedido pelo Senhor Clóvis Gadelha (falecido em 2003, aos 67 anos), em 1951, a ICOMI não tinha mais do que 30 funcionários que prestavam serviços na construção daquele porto, enquanto que o restante – cerca de 40 homens – se encontrava participando do levantamento da estrada onde seria construída a ferrovia. Veja o que diz depoimento dado á minha pessoa:
“Quando me convidaram pra descer esse lado do Rio Amazonas (vindo da região de Santarém, no Pará), disseram que haviam descoberto manganês e ouro no Amapá. Como eu tinha um pouco mais de 20 anos, aqui cheguei com outros seis colegas. Passei primeiro em Macapá, onde fiquei por uns 03 dias e depois segui pra cá, através de um barco que nos trouxe, por ordem da empresa, que tinha pressa em contratar mão-de-obra para terminar a construção desse porto.
Logo que chegamos, estranhei muito o fato dos trabalhadores ainda não terem sequer levantado as estacas para construção de um ancoradouro. Havia somente um pequeno trapiche de madeira, que servia pra receber pessoas e mercadorias. Quase todos que trabalhavam aqui (diga-se na mineradora) ficavam o dia todo limpando os campos por ia passar a ferrovia. E trabalho não faltava por aqui.
Quando terminava o dia de serviço, haviam algumas casas que ficavam do outro lado do depósito de materiais da ICOMI (onde hoje está situada a obra inacabada do Terminal Hidroviário de Santana) e lá moravam alguns trabalhadores que se recolhiam depois das 5 da tarde, voltando somente pela manhã, já por volta das 7hs.
Só quando a empresa precisou aumentar o seu espaço para construir novos armazéns (isso em 1955), foi preciso retirar essas famílias da beira do rio e colocá-las em outra área. (...)”
A área em questão tratava-se de 04 quadras que foram cedidas, em outubro de 1956, para os familiares de operários da ICOMI, que, com o passar do tempo, foi acompanhando um crescimento populacional descontrolado quando a mineradora deu o início oficial de suas atividades na região.
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