O Governador do grão-Pará Mendonça Furtado preferiu fazer amizade com Portilho de Melo, que tê-lo como inimigo
Foi um célebre contrabandista português, que colonizou a região do Rio Vila Nova (antigamente denominada de “Santa Maria da Madre de Deus do Anauerapucu”), em Mazagão. Nascido em Outubro de 1699, em Portugal, veio para o Brasil ainda cedo. Em 1750, segue para o Rio Negro (baixo do Rio Amazonas) a fim de aprisionar selvagens, destinados a serem empregados pelos colonos portugueses, nas tarefas de roça e fortificações. Subjuga-se 500 nativos. Esses “indígenas” passariam a ocupar uma ilha situada a 03 léguas da Vila de São José de Macapá, na ocasião em que também moravam alguns imigrantes portugueses, mestiços e até mesmo índios. Informações históricas demonstram que Portilho de Melo fugiu para cá das autoridades paraenses, pois, dedicava-se comercialmente à clandestinidade. Mercadores de Belém ajudavam-no quando se interessavam em mercadoria dos braços indígenas. Cansado das perseguições e sabendo que tinham até decretado sua prisão, pediram para o comerciante português cooperar para o poder público com a promessa de que esqueceriam suas atitudes ilegais. Mas, no entanto, Portilho juntou diversas tribos e decidiu morar na ilha às margens de um igarapé, em vez de residir em Macapá. Ou seja, opinou em viver cerca de aldeias indígenas, para não ficar sujeito aos rigores da administração militar local. Cita-se, historicamente, que o comandante militar da Praça de Macapá, Sargento-mor Manoel Pereira de Abreu, levou ao conhecimento do Governador do Grão-Pará, Diogo Mendonça Corte Real, pela carta de 26 de setembro de 1750, sobre a presença de um mestiço, foragido da justiça paraense, de nome Portilho de Melo. Conhecedor de toda a historia de ilegalidade praticado pelo português, o governador Diogo Mendonça, considerou ser melhor tê-lo como aliado e não como inimigo o que Francisco Xavier de Mendonça Furtado também não se opôs. Por volta de janeiro de 1752, o Governador Diogo Mendonça mandou construir uma casa onde moravam alguns portugueses e famílias indígenas, colocando ali uma patrulha para vigilância permanente contra possíveis invasões. Em 03 de dezembro de 1753, após assumir o governo paraense, Mendonça Furtado escreveu ao Rei de Portugal, relatando os problemas provocados por 02 portugueses, temidos em todo o sertão e muito protegidos pelos jesuítas. Esses portugueses eram Pedro Braga e Francisco Portilho de Melo.
A Batalha e Seu Perdão – Após tomar informações sobre o abundante comércio clandestino que se expandia pela Amazônia, onde um dos maiores negociadores era justamente Portilho de Melo, o governador Mendonça Furtado enviou ordens ao Forte do Rio Negro para ali realizarem severas fiscalizações na região. Sabedor dos fatos, Portilho iludiu a todos e chegou muitos dias depois, à Ilha de Santana, onde resolvera, durante a viagem, colocar 06 homens em frente à foz do Rio Matapí e 06 no Rio Vila Nova (Anauerapucu), fixando-se contra uma invasão mútua. Mas os planos do governador Mendonça Furtado acabaram sendo outros. Decidiu apenas solicitar uma listagem completa dos indígenas que residiam na Ilha de Santana e se poderia contar com apoio de Portilho na liberação de mão-de-obra para a Corte Portuguesa. O acordo foi aceito. Em 21 de março de 1755, foi baixada uma resolução no Grão-Pará, concedendo o perdão a Portilho de Melo, que passou a se integrar novamente à sociedade. Sendo agora o encarregado da aldeia de Sant’anna, o português pediu ao governador Mendonça Furtado para transferir de local o núcleo santanense que padecia pela febre amarela. O pedido somente foi aceito em 1770, quando o surto de endemias (malária e febre amarela) já havia matado centenas de indígenas na Ilha de Santana. Portilho de Melo conduziu sua gente para a margem esquerda do Rio Anauerapucu, enquanto que outras famílias se agregaram na margem esquerda do Rio Mutuacá. O encarregado dessa mudança foi o Capitão Inácio da Costa de Morais Sarmento, que considerou as novas áreas como “terras altas, apropriadas, produtivas e salvo de endemias”. Assim, foram abertas ruas e travessas e levantadas habitações para condicionar a vida desses moradores.
A Batalha e Seu Perdão – Após tomar informações sobre o abundante comércio clandestino que se expandia pela Amazônia, onde um dos maiores negociadores era justamente Portilho de Melo, o governador Mendonça Furtado enviou ordens ao Forte do Rio Negro para ali realizarem severas fiscalizações na região. Sabedor dos fatos, Portilho iludiu a todos e chegou muitos dias depois, à Ilha de Santana, onde resolvera, durante a viagem, colocar 06 homens em frente à foz do Rio Matapí e 06 no Rio Vila Nova (Anauerapucu), fixando-se contra uma invasão mútua. Mas os planos do governador Mendonça Furtado acabaram sendo outros. Decidiu apenas solicitar uma listagem completa dos indígenas que residiam na Ilha de Santana e se poderia contar com apoio de Portilho na liberação de mão-de-obra para a Corte Portuguesa. O acordo foi aceito. Em 21 de março de 1755, foi baixada uma resolução no Grão-Pará, concedendo o perdão a Portilho de Melo, que passou a se integrar novamente à sociedade. Sendo agora o encarregado da aldeia de Sant’anna, o português pediu ao governador Mendonça Furtado para transferir de local o núcleo santanense que padecia pela febre amarela. O pedido somente foi aceito em 1770, quando o surto de endemias (malária e febre amarela) já havia matado centenas de indígenas na Ilha de Santana. Portilho de Melo conduziu sua gente para a margem esquerda do Rio Anauerapucu, enquanto que outras famílias se agregaram na margem esquerda do Rio Mutuacá. O encarregado dessa mudança foi o Capitão Inácio da Costa de Morais Sarmento, que considerou as novas áreas como “terras altas, apropriadas, produtivas e salvo de endemias”. Assim, foram abertas ruas e travessas e levantadas habitações para condicionar a vida desses moradores.
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