Possuindo um incomensurável acervo de informações históricas, passando de 11 mil assuntos (entre eles, mais de 300 dados biográficos de pioneiros santanenses e mais de 500 fotos históricas que registram o crescimento demográfico e social da cidade portuária do Amapá).



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Santana Esporte Clube, o "Canário Amapaense"




Foto histórica de 1961, do Santana Esporte Clube, conquistando seu primeiro Campeonato Amapaense de Futebol, escrevendo assim, seu nome nos anais do esporte tucuju.



Fundado em 25 de setembro de 1955, no antigo “Alojamento Intermediário” (que posteriormente foi depósito de móveis da empresa ICOMI), pelos seguintes desportistas: Jaime Cerqueira, Manoel Cesário, Walter da Rocha Leal, Oswaldo Ildefonso dos Santos, Hector Manoel dos Santos, Carlos Alberto Lavareda, José Nicolau de Oliveira, Raimundo Gemaque de Jesus, José Gomes de Oliveira, Expedito Vasconcelos e Arlindo Pereira. 

Inicialmente recebeu a nomeclatura de “ICOMI Esporte Clube”, disputando seu primeiro jogo em 1956 contra o América Esporte Clube, da Federação Amapaense de Desportos (FAD), empatando em 0 x 0. 

Camisa branca, com faixa diagonal azul, cruz de malta no peito, calções brancos e meias pretas com cano azul e branco, foi o seu primeiro uniforme. Após os primeiros jogos, seus fundadores resolveram mudar o nome do clube para “SANTANA ESPORTE CLUBE”, passando sua camisa a ser toda amarela com gola verde. Os meses restantes de 1955 e durante o ano de 1956, os sócio-fundadores foram seus dirigentes. Somente em princípios de 1957 que, em vista dos sucessos esportivos, e sentindo a necessidade de integrar-se ao esporte profissional do Amapá, o Santana filiou-se à FAD, sendo que antes procurou organizar seus Estatutos e eleger sua primeira Diretoria, tendo à frente Jesus Ferreira Jomar. 

Data daí o seu 3º uniforme, que vigora até os dias de hoje, com as seguintes cores: vermelho, amarelo e preto. 

Historicamente, conquistou o Campeonato Amapaense de Futebol dos seguintes anos: 1960,1961, 1962, 1965, 1968, 1972 e 1985. 

Vale registrar que o Santana Esporte Clube foi pioneiro ao promover a vinda de grandes times esportivos do Norte e Nordeste do Brasil, assim como também de alguns times cariocas, como: Paissandu, Remo, Tuna, Júlio César, ex-Combatente (PA), Ferroviário (MA), Esporte Clube Recife (PE), e até Fluminense e Olaria (RJ). 

Foi o clube do então Território Federal do Amapá que mais ficou conhecido fora de seus limites locais, recebendo da crônica esportiva do Norte, o apelido de “Canarinho Amapaense”, que depois passou a ser “Canário Milionário”. 

Em janeiro de 1998, o clube começou a se dissolver, após a ICOMI encerrar suas atividades de exploração de minério de manganês, devido a carência do produto, o que obrigou a entidade, na qual era muito dependente da mineradora, ter que “desmontar” o clube, o que causou uma grande insatisfação por seus associados e torcedores. 

Diversas reuniões e assembléias foram realizadas em prol do retorno do clube, mas no início do ano seguinte (1999), a diretoria da ICOMI determinou pelo término da entidade devido todo o patrimônio pertencer à mineradora. 

Passado mais de uma década após as inúmeras e frustradas tentativas de trazer novamente o Santana Esporte Clube para os campos de futebol, quando o ex-presidente do Amapá Clube, Gerson Fernandes anunciou em março de 2008, a decisão de reerguer um dos clubes mais considerados do esporte regional. 

Depois de tentar sua volta para a presidência da “Zebra Solitária”, Gerson acabou recebendo o convite para assumir a vice-presidência do clube, porém, percebendo que suas idéias técnicas estavam sendo restringidas, na qual lhe obrigou a se afastar do clube por tempo indeterminado. 

Ainda no primeiro semestre de 2008, realizou diversas reuniões com a presença de desportistas, ex-torcedores e até mesmo com ex-dirigentes do “Canário” visando trazer a grandeza deste time. 

Em meados de 2008, Gerson providenciou contatos imediatos junto à Federação Amapaense de Futebol (FAF), que tinha como presidente o então deputado estadual Roberto Góes (atual prefeito de Macapá), para buscar os procedimentos necessários para reorganizar esse clube santanense. 

No início de agosto corrente, foi possível reunir um pouco de 200 pessoas que participariam da Ata de reconstituição do Santana Esporte Clube e aprovariam um Estatuto provisório que seria somente utilizado para garantir seus direitos técnicos e esportivos. 

Em 18 de setembro de 2008, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu para o “Canário Amapaense” um certificado de autorização para a prática de futebol profissional, depois de preencher todos os requisitos legais admitidos pela Confederação. 

Em 22 de novembro corrente, após efetuar uma seleção de jovens jogadores, o Santana Clube faz sua reestréia no Campeonato profissional de futebol adulto, enfrentando o Paissandu (PA), no estádio Augusto Antunes, na Vila Amazonas. Embora tenha empatado (1 x 1), o time santanense não conseguiu se classificar para o Campeonato regional. 

Em mais de cinco décadas e meia percorrendo os campos de futebol do Amapá e do Brasil, o conhecido “Canário Milionário” marcou a história do esporte regional e até nacional por desempenhar um bom trabalho e ter oportunizado na carreira de grandes craques para o futebol brasileiro. 

Abaixo uma cronologia histórica dos principais encontros futebolísticos que foram realizados por esse clube canarinho: 

26 de maio de 1957 – Em jogo realizado no Estádio de Macapá (atual Estádio Glicério Marques), o Santana Esporte Clube obtém sua primeira vitória do Campeonato da 2ª Divisão, vencendo o Guarany Clube por 3 x 2. Gols feitos por Aza-Aberta (3) para o “canário”, enquanto que Ribeiro e Milton fizeram para a adversário. O juiz era Francisco Lima, auxiliado por 75 e Franquinho. 

30 de dezembro de 1957 – Em partida decisiva, o Santana Esporte Clube torna-se Campeão da 2ª Divisão do Campeonato da Cidade, após vencer o Fazendinha Esporte Clube por 1 x 0, gol feito por Curió. O juiz da partida foi Fernando Franco. 

21 de junho de 1959 – Em jogo amistoso no Estádio de Macapá, com arquibancada lotada, o time oficial do Fluminense (RJ) vence o Santana Esporte Clube por 4 x 1, sob a arbitragem de Francisco Lima. 

09 de março de 1960 – O Santana Esporte Clube conquista o Campeonato Amapaense de Futebol após vencer o Trem Desportivo Clube por 2 x 0. Esta seria sua primeira vitória no campeonato oficial do Amapá. Depois viriam mais 05 títulos. 

01 de maio de 1966 – O famoso clássico do Porto (Carcará x Canário) começaria justamente nesse dia. Em jogo de abertura do Campeonato da Cidade, realizado no Estádio Glicério Marques, o Santana Esporte Clube vence o Independente Esporte Clube por 4 x 1. Gols feitos por Acemir, Pereira, Moacir e Antonino para o “canário”, enquanto que Austregecildo fez o único tento para o “carcará”. Após esse encontro futebolístico, segundo registros, ainda houve cerca de 20 partidas oficiais pelo Campeonato Amapaense de Futebol. 

08 de julho de 1970 – Em pesquisa de opinião pública, realizada pela Federação Amapaense de Futebol, foi apurado o “Clube mais querido do Amapá”, vencendo o Santana Esporte Clube com 1.199 votos, ficando atrás o Independente Esporte Clube com 211 votos.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

As Notáveis Visitas Presidenciais em Santana


05/01/1957 - Chegada do Presidente Juscelino Kubistcheck (no meio, de paletó preto) no cais da ICOMI, em Santana, para inaugurar o maior empreendimento de exportação mineral do Amapá.


Durante o período áureo que o extinto Território Federal do Amapá ainda exportava sua maior riqueza mineral (manganês), inúmeras personalidades visitavam quase que semanalmente a nossa região, onde conheciam detalhadamente todas as instalações administrativas e industriais que faziam parte do Projeto ICOMI. 

Mesmo antes de iniciar oficialmente a exportação do minério de manganês (entre 1950 a 1956), diversas autoridades do Estado Maior das Forças Armadas visitavam o canteiro de obras da mineradora que ficaria responsável pela exploração e exportação do nosso manganês pelo prazo de meio século. 

Porém, entre os altos Oficiais e outros chefes ministeriais, o que muito marcaria entre essas ilustres recepções seria as incomparáveis visitas presidenciais, que, além de virem sob uma extensa comitiva, sempre deixava uma imagem positiva em relação ao trabalho desenvolvido pela Indústria e Comércio de Minérios Ltda (ICOMI) na pequena vila portuária de Santana. 

Pelo menos oito (08) Presidentes da República colocaram os pés em nossa humilde cidade, onde puderam conhecer as instalações da mineradora, as vilas operárias mantidas pela mineradora e até receberam presentes por moradores locais. 

1ª Visita Presidencial
Em 05 de janeiro de 1957, o Presidente da República Juscelino Kubistcheck seria o primeiro Chefe da Nação a visita Santana, onde participaria da solenidade inaugural das instalações do Porto da ICOMI, onde acionaria a máquina que transportou o primeiro carregamento de manganês para a rota internacional. 

2ª Visita Presidencial
Em 13 de setembro de 1963, por ocasião em que o Território Federal do Amapá completou duas décadas de criação, o Presidente da República João Goulart esteve visitando o Porto de Santana, onde aproveitou para almoçar com os principais diretores da ICOMI. 

3ª Visita Presidencial
Em 1966 foi a vez do Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco que, na tarde do dia 1º de setembro, visitou o Porto Industrial de Santana e posteriormente seguiria para uma visita (não programada) pela Vila Amazonas, onde ali seria presenteado com uma rede produzida pelas artesãs da Assvam (Associação das Senhoras da Vila Amazonas). 

4ª Visita Presidencial
Durante uma visita para inaugurar a nova Usina Termelétrica de Macapá, na manhã de 12 de agosto de 1968, o Presidente da República General Arthur Costa e Silva participou de um banquete oferecido pela diretoria da ICOMI, depois visitou as instalações industriais da Bruynzeel Madeiras S/A (Brumasa) que estava em fase de implantação no então Território do Amapá, assim como também visitou o Porto de embarque de minérios de Santana. 

5ª Visita Presidencial
Durante a década de 1970, somente o Presidente Emílio Garrastazu Médici visitou Santana na tarde do dia 15 de fevereiro de 1973, onde participou de um lanche na Vila Amazonas, indo depois conhecer as instalações da Brumasa e a Usina de Beneficiamento (e pelotização) de manganês, recém-implantada pela ICOMI no início daquele ano. 

6ª Visita Presidencial
Em outubro de 1982, o General João Figueiredo, acompanhado do então Governador do Amapá Comandante Anníbal Barcellos, participou da inauguração da Unidade Integrada de Saúde da Vila Maia, que hoje se tornou o Hospital Estadual de Santana. 

7ª Visita Presidencial
Em julho de 1986, o Presidente da República José Sarney chegou ao então distrito de Santana, acompanhado do governador do Amapá Jorge Nova da Costa, onde conheceria o parque industrial da ICOMI, onde inaugurou a rede de distribuição de alta tensão (um alimentador gerado pela subestação interna da mineradora), gerando energia para os moradores do bairro Jardim Paraíso. 

Durante o processo de redemocratização, surgido após as “Diretas Já”, pelo menos cinco (05) candidatos à Presidência da República percorreram em carreata o município de Santana em 1989. Entre esses presidenciáveis, esteve o alagoano Fernando Collor (eleito para a Presidência do Brasil naquele ano) e o sindicalista Luís Inácio Lula da Silva (Presidente brasileiro de 2003 a 2010). 

8ª Visita Presidencial
Em 20 de dezembro de 2005, o histórico nordestino Luís Inácio Lula seria o único presidente a visitar Santana depois de quase duas décadas. Ver neste link já publicado

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Civismo e patriotismo nos desfiles de Santana


Desfile cívico de Santana, em setembro de 2001. Pode-se ver o palanque oficial montado no cruzamento da Avenida 15 de Novembro com a Rua Salvador, ao lado da Escola Municipal Amazonas.


Quando os primeiros grupos escolares começaram a se formar na pequena vila portuária de Santana, ainda na década de 1950, o interesse dos estudantes da região em realizar as festividades do mês de Setembro, que centralizavam-se nos dias 07 e 13, ou seja, na data histórica da Proclamação da Independência do Brasil e a data de criação do Território Federal do Amapá, era bastante vulnerável.

O primeiro Desfile organizado em Santana ocorreu em setembro de 1966, na data cívica da Nação, tendo à frente da coordenação do evento a Escola da Vila Amazonas (Esvam), de propriedade da ICOMI. Estiveram participando deste desfile os alunos da Escola da Ilha de Santana e do Grupo Escolar Augusto Antunes (que funcionava em anexo com o Grupo Amazonas).

Realizado na principal avenida de entrada da Vila Amazonas, a apresentação contou com a presença de quase 250 estudantes.

Passado apenas dois anos, em setembro de 1968, o Governo Territorial do Amapá organizou o primeiro “Desfile da Independência” da vila de Santana, presenciado pelo próprio Governador General Ivanhoé Martins e os seis grupos escolares que já existiam em Santana, que eram: Escola da Vila Amazonas (Esvam), Grupo Escolar Professor José Barroso Tostes, Grupo Escolar Amazonas, Grupo Escolar Porto de Macapá (atual Escola Estadual Padre Simão Corridori), Escola de Ilha de Santana (atual Escola Estadual Osvaldina Ferreira) e Ginásio Municipal Augusto Antunes (atual Escola Augusto Antunes).

Antes de iniciar a cerimônia de desfile, o Governador Ivanhoé dirigiu sua palavra ao povo de Santana, fazendo referências à magna data festiva (07 de setembro) e agradeceu a todos que colaboraram para o êxito daquelas comemorações do Dia da Independência em todo o Território amapaense.

Encerrando as festividades, foi realizada, às 18 horas, a solenidade de arriamento do Pavilhão Nacional, onde o Governador Ivanhoé Martins procedeu o referido ato, ao som do Hino Nacional, tocado pela banda de Música do Ginásio de Macapá.

Anualmente o evento vem recebendo o apoio do Governo do Amapá, sendo que desde 1978 os desfiles cívicos deixaram de ser realizados na Avenida Santana, passando a ocorrer na Rua Salvador Diniz, ao lado da Escola Municipal Amazonas.

O fato excepcional daquele ano foi a inauguração de uma pequena Praça construída pela prefeitura de Macapá e justamente entregue na Semana comemorativa da criação do Território Federal do Amapá.

Com a transformação do município de Santana, a responsabilidade da realização do evento passou a pertencer parcialmente ao Executivo local. Entre os anos de 1989 a 1992, os desfiles voltaram a ser realizado na Avenida Santana, em consideração a uma das vias públicas mais antigas do município.

Na administração dos prefeitos Geovani Borges e do médico Judas Tadeu Medeiros, os desfiles retomaram às suas tradições quando foram realizados novamente na Rua Salvador Diniz. No desfile de 2004, houve até a participação de inúmeras autoridades do Estado, como o Governador Waldez Góes e do Senador da República José Sarney.

Vale lembrar que desde o Governo Territorial do General Ivanhoé Martins, os governantes do Amapá têm participado ativamente de algumas cerimônias cívicas em Santana, destacando a presença do Capitão Arthur Henning (de 1975 à 1979), Comandante Anníbal Barcellos (de 1980 a 1985, e 1992 a 1994), Jorge Nova da Costa (de 1986 a 1990) e João Alberto Capiberibe (de 1995 a 2001).

No período de 2005 a 2009, devido a Rua Salvador Diniz ter entrado em fase de obras para construção da primeira “Via Modelo” do município, os desfiles mudaram novamente de local, passando a ocorrerem em uma das artérias da Rua Ubaldo Figueira, atravessando uma das laterais da Praça “Francisco Nobre”, na histórica Vila Maia. O ponto negativo desse período era o horário prolongado em que cada desfile ocorria, ou seja, devido a pista viária ser estreita, as instituições levavam um tempo maior para encerrarem suas apresentações, fazendo com que a programação cívica terminasse duas ou três horas além do determinado.

Com a inauguração do novo prédio da Prefeitura de Santana, em setembro de 2010, os desfiles puderam ser definitivamente transferidos para a Avenida Santana (bairro Paraíso), onde os desfiles ocorrem em frente ao prédio do Executivo Municipal, mantendo o mesmo caráter cívico e patriota dos estudantes da rede municipal e estadual de ensino.

Impressões da administração municipal de Geovani Borges

Mesmo fazendo oposição com o Governo Estadual, Geovani Borges (em pé) empenhou diversas ações em sua gestão com apoio de seu irmão, então senador Gilvam Borges (sentado). Foto de 1995.


Em outubro de 1992, o município de Santana elegeria o então deputado federal Geovani Pinheiro Borges para administrar a segunda maior cidade do Amapá. Eleito com 5.277 votos válidos, disputou elo cargo majoritário do Executivo com outros cinco candidatos de renome e de amplo conceito na sociedade local.

Depois de organizar sua equipe de trabalho, foi oficialmente empossado como prefeito de Santana na manhã de 1º de janeiro de 1993, em solenidade realizada na antiga sede social do “Carcará da Vila Maia” (Independente Esporte Clube), onde ali o novo chefe municipal comentou sobre seus objetivos a serem tomados em prol dos santanenses, e prometeu lutar pela garantia de recursos estaduais e federais que viessem para auxiliar na construção de novas obras, independente de suas posições partidárias.

Mesmo assumindo um mandato desafiador, Geovani demonstrou otimismo ainda na primeira semana como “prefeito do povo”, quando compareceu ao seu local de trabalho, alegando posteriormente ter recebido de seu antecessor o prédio do executivo em péssimas condições físicas e de higiene. Diante de tal situação, mandou interditar por 10 dias o prédio da Prefeitura, e autorizou a Procuradoria Municipal a abrir uma auditoria pública para apurar o fato, juntamente com apoio da Câmara de Vereadores e da população santanense.

Ainda no segundo mês de mandato (fevereiro de 1993), conseguiu a garantia de recursos federais através de apoio com o senador José Sarney; aumentou em 40% o reajuste salarial para servidores municipais, discutiu as diretrizes básicas para o desenvolvimento urbanístico, social e econômico do município, através de iniciativas obtidas em convênios com a Sudam e o Fadesp.

No dia 15 de abril corrente, ocorre a 1ª paralisação do funcionalismo público, envolvendo servidores da educação, na qual alegavam terem recebidos informações de que a Prefeitura de Santana reduziria cargos e gratificações devido o município está atravessando uma fase difícil, onde o Executivo enfrentava sérias contradições políticas com o Governo Estadual. Geovani não condenou a atitude de paralisação dos servidores, procurando amenizar o clima que até então ocorria na cidade. Neste mesmo mês (abril), Geovani Borges criticou duramente o resultado do primeiro Censo do IBGE (referente ao ano de 1991) já após a emancipação político do município de Santana, que indicaria que a população urbana da cidade chegara aos 51 mil habitantes, fato que foi desmentido por pessoas que alegaram não terem sido censeadas por aquele instituto de pesquisa. A situação fez com que a Prefeitura de Santana entrasse com uma ação judicial contra o IBGE sob acusação de fraude nas contagens.

Em julho de 1993, a Câmara de Vereadores de Santana aprovou um Projeto de Lei (PL), de autoria do Executivo Municipal, que propõe sobre a municipalização da saúde local, trazendo recursos diretos do Governo Federal.

Outro fato marcante de seu primeiro ano no Executivo santanense envolveria o prédio da PMS. Em 11 de agosto de 1993, Geovani recebe um mandado Oficial, impetrada pelo então secretario de Estado da Administração (Sead), Janary Nunes Filho, alegando que o prédio onde estava instalada a Prefeitura de Santana (localizado em um galpão, na área portuária) pertencia ao Estado e que o prefeito Geovani tinha o prazo de um mês para desocupar o prédio e devolver ao Governo Estadual.

O ato foi na verdade uma conseqüência das eleições municipais ocorridas em 1992, onde o deputado estadual Jarbas Gato (candidato apoiado pelo então governador do Amapá Comandante Anníbal Barcellos) foi derrotado por Geovani Borges. Mas através de um Projeto do deputado estadual Geraldo Rocha (PSB), determinou a imediata doação do prédio da PMS à administração do mesmo.

Foi quem primeiro discutiu o Plano Diretor para a cidade portuária, procurando melhorar o visual urbanístico das vias públicas; assim como também doou o terreno na entrada da Vila Amazonas para a construção do futuro prédio do Fórum da Comarca de Santana.

Na questão do funcionalismo público, atravessou por dois momentos referentes à reduções administrativas: a primeira foi em março de 1993, quando recebeu a Prefeitura de Santana com mais de 1.100 contratados, sendo que apenas 30% eram do quadro efetivo, obrigando o Executivo Municipal a demitir o restante dos cargos nomeados. A mesma situação repetiu-se em janeiro de 1994, quando precisou dispensar mais de 500 comissionados que haviam sido repostos interinamente aos cargos.

Em abril de 1995, a Câmara de Vereadores de Santana recebeu diversas denúncias relacionadas sob a administração do prefeito Geovani Borges, envolvendo o desvio ilegal de materiais da Prefeitura, levando com isso, a formação de uma comissão de vereadores que decidiram investigar as origens de tais denúncias. O fato repercutiria negativamente sob a gestão de Geovani Borges, levando diversos segmentos da sociedade a organizarem uma histórica manifestação população ocorrida no dia 09 de maio, que percorreu as principais ruas da cidade de Santana, pedindo o imediato afastamento do prefeito Geovani, que naquela ocasião encontrava na Capital Federal (Brasília-DF), tratando de assuntos ligados ao município.

Em agosto de 1995, o prefeito Geovani conseguiu do senador José Sarney o aval político para começar o processo licitatório para a construção do futuro pátio de containeres do Porto de Santana. A referida obra também receberia total apoio da Bancada Federal do Amapá que garantiu a remessa de cerca de US$ 5,2 milhões dólares para sua construção. O pátio de containeres foi publicamente entregue no dia 27 de setembro de 1996, marcando o início da produção (de importação e exportação) portuária no Estado.

Quando entregou o cargo de prefeito para o médico Judas Tadeu Medeiros, em dezembro de 1996, alegou ter feito uma administração “estável às suas condições”, alegando não ter recebido qualquer apoio dos ex-governadores Anníbal Barcellos e João Alberto Capiberibe (mesmo durante a transição governamental de 1994-95). Mas segundo alguns servidores relatam, sua gestão não procurou atender as inúmeras expectativas que a população esperava pela própria desavença política formada pela Prefeitura e o Governo Estadual.

Geovani ainda tentou concorrer novamente ao mesmo cargo municipal nas eleições de 2000, mas acabou ficando em 4º colocado nas urnas (obtendo apenas 19% dos votos apurados).

domingo, 19 de agosto de 2012

Uma lutadora, um orgulho para Santana


Na foto, a santanense Mira Rocha ao lado do pai, Rosemiro Rocha, considerado uma referência articuladora na política amapaense


Quem procurar em Santana por Elizalmira do Socorro Arraes Freires, é muito provável de não informarem de quem realmente de trata. Porém, perguntando por Mira Rocha, com certeza saberão obter muitos detalhes de uma vida pública e cheia de produtividade para com o povo do segundo maior município de Amapá. 

Nascida na antiga Vila Toco (atual bairro Comercial de Santana), em 17 de agosto de 1972, filha de Dona Francisca Tereza Arraes Freires e Rosemiro Rocha Freires, sendo este um dos maiores articulares da política amapaense, Mira Rocha (como é popularmente conhecida no âmbito social e político), sempre viu em seu genitor um bom exemplo a ser seguido. Somente a trajetória pública de Rosemiro Rocha inclui: Vereador pelo município de Macapá (quando Santana ainda era distrito da capital amapaense); foi Deputado Estadual em duas legislaturas, assim como também prefeito de Santana em duas ocasiões de sua história moderna. 

Em todas essas caminhadas, Rosemiro teve sempre teve ao lado esta forte aliada. Uma mulher determinada que desde os 16 anos trilha com o pai nos caminhos da política. Somente com o pretexto de ficar “colada” ao lado do amor paterno, amigo e grande político, com isso, tornando-se funcionária pública do quadro efetivo da Assembléia Legislativa do Amapá. 

Mulher, Jovem e Competente
Determinada, dinâmica, ferosa como toda leonina, logo formou-se na área de Bacharelado em Direito, no Centro de Ensino Superior do Amapá (CEAP). Antes disso, cursou Psicologia em São Paulo (SP). Mas em sua origem escolar, ainda estudou na rede pública de ensino, passando pelas Escolas estaduais Elizabeth Esteves e Augusto Antunes. Veio a concluir o Ensino Médio no antigo Colégio Comercial do Amapá (CCA), atualmente conhecido como Escola Gabriel de Almeida Café, em Macapá. Politica por definição, vocação e convicção, almejou a vida pública a partir dos 12 anos de idade. Filiou-se ao antigo Partido Liberal (PL) com 16 anos. 

De militância em militância que, em outubro de 2002, elegeu-se Deputada Estadual pelo PL, repetindo a competência e dinamismo em 2006 (eleita em 12º lugar com 5.303 votos), e consecutivamente na última eleição estadual, em 2010, ficando em 8ª colocação com 6.891 votos (estando agora filiada ao Partido Trabalhista Brasileiro-PTB). 

Na Assembléia Legislativa, tornou-se uma grande escudeira e advogada em prol das causas e direitos femininos. Requereu o desmembramento da Delegacia de Mulheres do CIOSP. Argumentou sobre a necessidade da Delegacia Especializada com reservas, para evitar constrangimentos. E só no primeiro mandato parlamentar, conseguiu aprovar vários Projetos de Leis, Requerimentos e Indicações. Todos voltados para os interesses da sociedade, como é o caso do FIESAP. Esta entidade é que beneficia toda a comunidade acadêmica de cursos superiores do Estado do Amapá. Sendo também de sua autoria a criação do Dia Estadual do Evangélico, comemorado anualmente no dia 30 de novembro, assim como o financiamento aos taxistas para renovação de frota de veículos e outros projetos. 

Representando o Amapá
Mira Rocha representou a Assembléia Legislativa do Amapá em vários Seminários e Congressos regionais e nacionais. Vem atuando em diversas comissões parlamentares. Em seus pronunciamentos, projetos e requerimentos direcionados ao Executivo Estadual, Mira busca prioridade para a Educação Universitária, como forma de melhorar a formação curricular e a profissionalização do estudante amapaense. 

Vale ressaltar que em 1995 foi a primeira presidente da União de Mulheres Santanenses, onde desenvolveu vários projetos socioeducativos, que tanto beneficiaram as mulheres e famílias do município de Santana. Em 2001, assumiu a Assessoria de Relações Comunitária da Prefeitura de Santana que, juntamente com a Secretaria Municipal de Promoção Social, lutariam para trazer para Santana programas sociais como o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) junto ao NAF (Núcleo de Apoio a Família). 

A grande Mulher
Inspirado pelo amor humano e fraternal em que sempre conviveu, decidiu adotar quatro filhos, todos considerados orgulhos de sua luta, já havendo dois que cursam o ensino superior. Em alguns de seus hobbys, busca na Internet aprimorar seu conhecimento e estar em contato com o mundo, sendo a leitura mais que um prazer, um hábito. Um de seus autores preferidos é Luiz Fernando Veríssimo. Adora ouvir MPB e cantores regionais, onde declara-se publicamente fã da cantora Patrícia Bastos. Em família,  Mira prefere ficar com o pai e seus filhos juntos, principalmente no finais de semana. 

Este é um pequeno perfil biográfico de Mira Rocha, uma mulher lutadora, política, filha, mãe e grande amiga do povo do Estado do Amapá, em especial, de seus conterrâneos do município de Santana. 

Parabéns pelos 40 anos de vida e por tantos serviços que vem prestando ao nosso povo!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Aspecto inicial da área do Porto de Santana



Registro fotográfico do pequeno ancoradouro da ICOMI, no anos iniciais de sua instalação em Santana, no final da década de 1940.



Muita gente já deve ter visto esta relíquia fotográfica acima, mas poucos devem ter pelo menos a idéia de imaginar o ano em que foi registrado este momento do chamado “período inicial da história de Santana”.

Para os interessados na história santanense – ou apenas curiosos de plantão –, o tal registro aconteceu de maneira casual, em 1949, quando os técnicos enviados da empresa Indústria e Comércio de Minérios Ltda. (antiga ICOMI) estiveram visitando o então Território Federal do Amapá para efetuarem os primeiros estudos de construção de um porto dedicado exclusivamente para escoar o recém descoberto minério de manganês da região de Serra do Navio.

De acordo com diversos depoimentos colhidos de ex-funcionários da mineradora ICOMI e baseado em históricos documentos da extinta administração territorial amapaense, o então governador Capitão Janary Nunes (que governou o Amapá no período de janeiro de 1944 a fevereiro de 1956) já vinha cogitando, desde meados da década de 1940, planos para construir o futuro Porto Comercial de Macapá numa área onde hoje está situada a Área Portuária de Santana, mas devido haver uma cláusula, descrita no acordo feito entre a mineradora ICOMI, o Governo Federal e o Governo amapaense, ficou decidido que uma extensa área de terras de Santana seriam temporariamente cedidas para a mineradora (a longo prazo), o que obrigou o governador Janary Nunes a buscar uma nova alternativa geográfica para seu grandioso projeto.

Com isso, o prédio visto nesta foto foi na verdade levantado pela Divisão de Obras do Governo Territorial do Amapá (atual Seinf) em 1949 com intuito de servir de armazém público, mas acabou sendo entregue para a ICOMI no ano seguinte, funcionando como Almoxarifado da mineradora por quase três décadas, até ser novamente devolvido ao Governo do Amapá que posteriormente cedeu o local para a extinta Brumasa (fabricante de compensados da região) por um curto período de uso, e atualmente vem abrigando alguns setores de atendimento da área da saúde municipal de Santana (clínico geral, pediatria, cardiologia, etc).

domingo, 5 de agosto de 2012

Descrições Sobre a Evolução Populacional de Santana


Com população inicial de 283 habitantes, Santana tem hoje mais de 100 mil habitantes espalhados em todo seu município.


Os primeiros sinais ligados à expansão populacionais de Santana foram registrados ainda no final da década de 1940, quando a extinta empresa de mineração ICOMI iniciou os estudos topográficos para montagem de seu cais flutuante. Em 1949, já havia pouco mais de 150 pessoas que residiam na Ilha de Santana, enquanto que outras chegaram periodicamente na região, trazendo consigo suas famílias, buscando assim melhores condições de sustento. 

Um pouco antes (mais precisamente a partir de 1945), o Serviço de Geografia e Estatística do então Governo Territorial do Amapá iniciou um intensivo levantamento anual sobre o crescimento sócio-populacional deste recém-criado como forma de acompanhar sua evolução demográfica e as consequências geradas pela migração desordenada que assolava a região. 

Em julho de 1950, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o então Território Federal do Amapá já continha quase 40 mil habitantes, ou seja, havendo crescido em mais de 15 vezes acima do esperado desde sua implantação político-territorial em 1944. 

Segundo este relatório divulgado pelo IBGE, nota-se que havia 283 habitantes residindo na Ilha de Santana, enquanto que outros 34 habitantes já fixavam moradias numa área em volta do canteiro de obras do futuro Porto de minérios da ICOMI, em Santana, com isso totalizando 317 habitantes espalhados em essas duas áreas. 

Porém, esse índice populacional foi periodicamente se ampliando em virtude da instalação do Projeto ICOMI ainda em meados da década de 1950, dando origem a núcleos suburbanos que se espalhavam por áreas de terras entre o portão de entrada da ICOMI e a vila portuária do Igarapé da Fortaleza. 

No início de 1956, a Prefeitura de Macapá constatou a existência de pelo menos três núcleos populacionais espalhados nas imediações do Porto de embarque de minérios da ICOMI, que eram: a Vila Papelão ou Duplex (onde hoje está situada a área portuária e o inacabado Terminal Hidroviário de Santana); a Vila da Olaria (onde hoje fica o Quartel do Corpo de Bombeiros de Santana); e o alojamento interino de operários da ICOMI (que foi temporariamente montado numa ara onde hoje fica o prédio do Superfácil). Esses vilarejos povoavam cerca de 850 pessoas, entre crianças e adultos. 

A partir de meados de 1958, a empresa ICOMI passou a se preocupar com a questão do possível crescimento desordenado que ocorreria nas imediações das áreas em que atuava seu projeto de exploração de minério. Sob tal situação, passou a realizar um levantamento anual dos habitantes que residiam nas adjacências de suas instalações industriais e moradias. O levantamento constava de três técnicos contratados pela mineradora que percorriam os pequenos núcleos urbanos que se formavam entre o cais de embarque de minérios da ICOMI, seguindo até a área onde estava sendo construída a luxuosa Vila Operaria, posteriormente denominada de Vila Amazonas. 

Vale informar que essas informações levantadas pela ICOMI eram também repassadas ao Poder Público Municipal da capital amapaense como forma de conhecer a situação socioeconômica e sua infraestrutura, podendo assim buscarem maneiras de aplicarem uma política mais coerente para os habitantes que residiam nesses núcleos considerados suburbanos. 

Em março de 1961, o povoado santanense já havia cinco vilas espalhadas entre as instalações portuárias da ICOMI e o canteiro de obras da futura Vila Amazonas. As vilas eram: São Francisco (contendo 34 casas), Vila Maia (com 85 casas), Vila Toco (com 35 casas), Vila Olaria (com 76 famílias) e Ilha de Santana (com 83 famílias). 

Segundo registros, no ano seguinte (1962), havia pouco mais de 6 mil habitantes espalhados em 11 vilas existentes nas imediações do Canal Norte do Rio Amazonas e a mineradora ICOMI, incluindo a vila operária da ICOMI (Vila Amazonas) que estava em fase de final de construção (apesar de ali haver famílias de funcionários da mineradores residindo desde 1956, quando ainda estavam construindo os primeiros alojamentos primários daquele conjunto residencial privado. As vilas suburbanas que agora formavam Santana eram: Vila Maia, Vila Floresta, Vila Matadouro, Vila Toco, Vila Confusão, Vila Galdino, Vila da Cerca, Vila Muriçoca e Vila do Bueiro. 

No início da década de 1970, algumas dessas vilas suburbanas que se espalhavam nas proximidades das instalações da ICOMI foram se unificando com outros vilarejos, formando assim pequenos bairros conhecidos de Santana, como área Comercial, bairro da Floresta, bairro Novo, bairro dos Remédios e outros que conhecemos. Tanto que a unificação desses vilarejos já totalizava, em novembro de 1970, mais de 12 mil habitantes dentro do núcleo mais populoso que existia, a famosa Vila Maia. 

Contestações do crescimento populacional pós-município
Com a emancipação política de Santana, a partir de 1987, o novo município amapaense não deixaria de ser como outras cidades recém-criadas, pois, também sofreria com o fluxo migratório de famílias oriundas de Estados brasileiros como Pará e Maranhão. 

No entanto, inicialmente, essa migração não foi tão preocupante para o Poder Público competente, pois, a estrutura político-administrativa da nova cidade ainda não oferecia inúmeras condições urbanas para o possível impacto do crescimento populacional da região. 

Porém, com a criação a Área de Livre Comércio de Macapá e Santana (ALCMS), em maio de 1992, e sua implantação no ano seguinte (1993), houve um imediato impulso no crescimento populacional nas duas maiores cidades do Estado do Amapá, sendo que em menos de dois anos esse número subiu em mais de 25%, ultrapassando em 60 habitantes, e consecutivamente aumentando (desordenadamente) entre 20% a 30% anual. 

Em março de 1993, o então prefeito de Santana Geovani Borges recebeu do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o resultado do Censo populacional, que alegava o apontamento de 51 habitantes em todo perímetro urbano e rural do município. Porém, Geovani Borges detectou diversas falhas no Censo e solicitou que o órgão efetuasse uma recontagem, pois, considerava inconfiável os números indicados pelo IBGE para formalizar no processo censitário de 1991. 

Ainda, de acordo com a Prefeitura de Santana, muitas famílias alegaram não terem sido censeadas (cotadas no Censo) pelo IBGE, mesmo residindo em Santana há mais de uma década. Sendo assim, técnicos contratados da Prefeitura de Santana ainda efetuaram um levantamento parcial da população de Santana, que em menos de 30 dias de coletas de informações, apontaria mais de 65 mil pessoas em Santana. Parte desse levantamento realizado pela Prefeitura de Santana consistiu em um recadastramento de imóveis, distribuídos em três grupos de pesquisas. 

Em resposta à ação da Prefeitura de Santana, o IBGE apresentou judicialmente diversos documentos que comprovavam os tramites das pesquisas de censo, na qual demonstrava que muitas famílias migravam temporariamente de lugares e retornavam após certo período de afastamento. O resultado favoreceu o IBGE, que manteve oficialmente o resultado de sua contagem, calculada em 51.451 habitantes para o Censo Nacional de 1991. 

Outros Dados
Até agosto de 2000, Santana já havia 80.169 habitantes, sendo que 40.222 eram homens e 39.947 eram mulheres. Desse número, 75.849 habitantes residiam na área urbana e o restante na área rural. Em menos de quatro anos, índice subiu em quase 15%, chegando a população santanense em 91.310 habitantes. 

Em 05 de outubro de 2007, a Gerência Regional do IBGE no Amapá divulgou o Censo 2007, onde previa que a população de Santana chegasse a 101.864 habitantes, mas os novos dados apontariam a existência de 87.829 habitantes. Ou seja, um crescimento de 13,77% abaixo do esperado pelo IBGE. Houve uma revisão nos dados, mas o censo se manteve em 91.615 habitantes. O IBGE ainda realizou uma inspeção em todos seus dados armazenados em computadores (notebook) e PD’s realizados nas pesquisas como forma de detectar alguma falha no censo, mas não constatou qualquer indicador errado. 

O censo mais recente efetuado pelo IBGE indica que Santana tem 101.262 habitantes, ocupando uma área territorial de 1.579,600km² (demonstrando 64,11 habitantes por km²).