Possuindo um incomensurável acervo de informações históricas, passando de 11 mil assuntos (entre eles, mais de 300 dados biográficos de pioneiros santanenses e mais de 500 fotos históricas que registram o crescimento demográfico e social da cidade portuária do Amapá).



segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O Memorial aos Mortos do Naufrágio do Barco "Novo Amapá"

Na noite do dia 08 de janeiro de 1981 – dois dias após o barco “Novo Amapá” naufragar na foz do Rio Cajarí, chegava ao Porto de Santana, os primeiros 185 corpos que foram resgatados das águas após a embarcação tombar naquele local. Trazidos numa balsa holandesa (denominada “Ceci”), a maioria dos corpos já se encontravam encaixotados, não havendo qualquer autorização superior para que seus familiares pudessem reconhecer seus entes queridos. 

Devido ao grande número de pessoas que se encontravam aguardando a chegada desses corpos, a Balsa fez uma rápida pausa na embocadura do Rio Matapí, como forma de evitar uma possível reação pública quando encostasse fixamente no cais da ICOMI. 

Somente na manhã do dia seguinte (09/01) que os primeiros 06 caminhões deixaram a área interna da ICOMI levando mais de 40 caixotes – havendo entre 05 a 07 corpos em cada caixote construído em compensado armado com ripas – para serem enterrados no Cemitério de Santana. 

Diante de uma tristeza coletiva, a população da pequena localidade portuária de Santana acompanhou todo o processo de chegada e sepultamento dos mortos. Na ocasião que um dos caminhões que carregava os caixotes dobrava o cruzamento da atual Rua Salvador Diniz com a Avenida Antônio Nunes (seguindo para o cemitério), um dos caixotes que se encontravam na basculante (carroceria) do veículo caiu sob o asfalto da via, vindo a se desmontar, exalando um forte odor para as pessoas assistiam aquele “espetáculo de horrores” para a história da navegação amapaense. 

Sob um sol escaldante, duas retroescavadeiras, cedidas pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos do Governo do Amapá, abriram cinco valas extensas que receberiam os corpos das vítimas do naufrágio. Ali seria a última morada das centenas de passageiros que haviam deixado o Porto de Santana naquela tarde de 06 de janeiro de 1981. 

Como forma de lembrar a fatídica data que entrou para os anais das maiores tragédias da navegação brasileira, o Poder Público local, através da Lei Estadual n.º 0262/96, de março de 1996, decidiu construir um memorial que pudesse homenagear aqueles entes morreram naquele que atualmente é considerado o 2º desastre em águas brasileiras, ficando atrás do Navio “Príncipe de Gales”, afundado na encosta de São Paulo, em 1916. 

Em setembro de 1996, a Secretaria de Estado de Infra-estrutura levantou no Cemitério Municipal de Santana, um monumento de concreto, com formato retangular, onde ali foi colocado duas placas de cobre maciço, na qual continha o registro de 332 pessoas (em cada placa) que morreram no naufrágio do barco “Novo Amapá”. Vale ressaltar que o nome desses falecidos foram cedidos pela (extinta) Secretaria de Promoção Social do Governo do Amapá que, na época do naufrágio, efetuou um levantamento das vítimas através de comunicados feitos por parentes que acompanhavam o desembarque dos corpos no Porto de Santana. 

Essas placas permaneceram expostas ao público por quase uma década, sendo que uma delas acabou sendo furtada (roubada) em junho de 2005 e a outra teve que ser recolhida pela administração do Cemitério como forma de assegurar sua integridade material para quem quiser vê-la. 

Abaixo, descrevo o nome das mais de 330 pessoas que pereceram diante desse naufrágio. 



Abdias Barreto
Abelardo A. de Almeida
Aderson N. da Costa
Adilza P. da Silva
Adnaldo M. de Oliveira
Adoberlice S. do Carmo
Adriana O. Coutinho
Adriane C. dos Santos
Adriane T. Pereira
Aldemiro N. dos Santos
Aleixo S. F. de Souza
Alex C. Coutinho
Alexandre G. da Silva
Alexandre S. do Carmo
Alfredo V. Pacheco
Aline C. Bentes
Aluízio da S. Araújo
Américo A. Coelho
Ana Maria C. de Araújo
Ana Maria Ferreira
Ana Paula da C. Furtado
Ana Paula S. de Oliveira
Ângela C. de Albuquerque
Ângela de S. C. Albuquerque
Antenor da S. Melo
Antônia N. de Araújo
Antônio A. de Lima
Antônio B. da Silva
Antônio B. Nunes
Antônio E. de Almeida Francisco
Antônio Ferreira
Antônio N. dos Santos
Antônio P. Sacramento
Antônio S. R. de Oliveira
Apolônia Rodrigues Barreto
Ario A. dos Santos
Arquimino Q. do Carmo
Artur M. Teixeira
Augustinho de O. Almeida
Balbina de O. Cordeiro
Beatriz dos S. Vasques
Benedito A. Rodrigues
Benedito de S. Barreto
Benovenuto N. de Souza
Brasiléia R. Barreto
Carina B. e Silva
Carla Alves Guedes
Carlos Adriano G. Ribeiro
Carlos Alberto L. Costa
Carlos da S. Loureiro
Carlos Luiz dos Santos
Carlos Tarabian N. de Lima
Carmem Lúcia dos S. Sacramento
Cássia Jane P. Pinto
Célia Lúcia O. Monteiro
Cézar Mendes Garrido
Cintia Kátia dos Santos
Claudionor de O. Pinheiro
Clemilda da S. Alves
Cleonice da S. Souto
Cosme Roberto S. Rodrigues
Cristiane T. A. da Costa
Daniel A. da Silva
Denize M. de Oliveira
Dercinha C. Machado
Dimalro Clebert N. de Brito
Dinalva de J. Loureiro
Dinilza de O. Santos
Diolene F. Amaral
Divandro F. Amaral
Doraci M. dos Reis
Ecicio de A. Aquino
Edivalda M. de Oliveira
Edleuza R. Lobato
Edmilson M. de Oliveira
Edmo S. Trindade
Edno Alves Ferreira
Edson C. de Albuquerque
Edson M. dos Santos
Edson Rogério L. Monteiro
Elanilda da S. Alves
Eleonora R. Martins
Eli dos S. Marques
Eliana de O. Cordeiro
Elizângela C. Pereira
Elizângela M. dos Reis
Enedina N. Souza
Enilda B. dos Santos
Eunice de A. Aquino
Eurico B. Martins Filho
Everton
Fabrício M. das Neves
Fatiane de O. Almeida
Francinei V. Cruz
Francisco A. Trindade
Francisco F. Martins
Francisco M. Prata
Francisco P. Aquino
Geane Carla C. Ribeiro
George P. Bezerra
Germano da S. Souza
Gláucia Maria M. do Carmo
Haroldo Vilhena
Heraldo V. dos Santos
Hiraldo P. de Araújo
Hudson B. dos Santos
Hudson C. de Albuquerque
Iaciara Távora Pinheiro
Ibelza Cardoso Bentes
Ieda S. M. de Souza
Iomázia O. dos Santos
Iran C. de Albuquerque
Irandir Pontes Nunes
Irizete Távora Pinheiro
Irley P. da Silva
Israel Rodrigues Lobato
Ivanele dos S. Sacramento
Ivete Batista Freitas
Ivonete Marques dos Reis
Ivonete S. de Jesus
Izete Oliveira maciel
Jacirema Brito dos Santos
Jairo da Silva Alves
Jean Carlos G. Ribeiro
Jean Serra
Jeová Cardoso do Amaral
Joana M. de Oliveira
Joana Padilha de Sá
João das Neves Maciel
João Góes da Costa
João Nogueira Moura
João Ubiracy dos S. Pereira
Joel da Silva
Jorge N. C. de Albuquerque
José Almeida
José Ângelo T. da Rocha
José Benedito da Costa
José da Costa Souza
José de Jesus Santos
José Francisco M. dos Santos
José Hamilton Vaz dos Santos
José Hélio V. de Carvalho
José Iranei P. Monteiro
José Lobato Monteiro
José Maria Vaz dos Santos
José Monteiro de Brito
José Pereira de Souza
José Raimundo Pinheiro
Josefina Freitas da Silva
Joseli Castro Pureza
Josué Machado da Silva
Juvêncio Neri Carvalho
Kátia Cilene da T. Nobre
Kilsa Maria R. Barreto
Kleson Miranda dos Santos
Lana Carina F. da Silva
Landaci de Moraes Lima
Leda Rosilda N. da Costa
Leni de L. N. Almeida
Letícia Távora Pereira
Lidiane Alves Coelho
Lima Vaz Leite
Lindonei Chaves da Costa
Lucilene M. dos Santos
Lucimar Guedes
Lucivaldo Aguiar dos Santos
Luiz Carlos da S. Pantoja
Luiz Figueira dos Santos
Luiz Walter F. da Silva
Luiza Silva Paixão
Manoel do Carmo F. Duarte
Manoel Lisbino dos Santos
Manoel Moura de Oliveira
Manoel Paulo da Cunha
Manoel Pureza do Amaral
Manoel Raimundo C. Moraes
Marcos Nazareno C. Tavares
Marcos Nazareno da S. Tavares
Margareth Pinheiro da Costa
Maria Almeida de Araújo
Maria Amélia M. do Carmo
Maria Aparecida S. Belo
Maria Célia Soares de Souza
Maria Crisalda Alves Guedes
Maria da Assunção L. Monteiro
Maria da Conceição F. Marques
Maria da Graça L. da Silva
Maria de Fátima M. dos Santos
Maria de Nazaré M. dos Santos
Maria Dilma C. Acelma
Maria Dilza B. Paiva
Maria do Socorro M. Ferreira
Maria do Socorro M. Santos
Maria do Socorro S. Oliveira
Maria do Socorro Vasques
Maria Eliana de O. Cordeiro
Maria Gilva F. Amaral
Maria Ivone da Silva Jesus
Maria Ivonete da S. Jesus
Maria Izete da Silva Jesus
Maria Joana Moraes Brito
Maria José B. Ferreira
Maria José de O. Cordeiro
Maria Lima Vaz
Maria Lúcia Vaz Leite
Maria Maria S. Barriga
Maria Minelvina de J. Ferreira
Maria Nilma C. Acelma
Maria Osvaldina de Oliveira
Maria Pinheiro Costa
Maria Raimunda S. Ramos
Maria Renilda F. dos Santos
Maria Rineide Rocha Lobo
Maria Valdete M. Barreto
Maria Zenias Lima dos Santos
Maria Zinoca dos Santos
Mariana da Conceição Pinheiro
Mariana P. da Conceição
Marilene da Silva Santos
Marileuma Machado das Neves
Marina Nascimento Souza
Marineuta Machado das Neves
Mariolando S. Barriga
Mariquele Machado das Neves
Marlindo Pinheiro Costa
Marlúcia S. Barriga
Marlúcio Pinheiro Costa
Max Henrique da S. Oliveira
Miraci Inglês de Moraes
Moacir Alan M. do Carmo
Moacir Nunes da Silva
Moura Luz R. Martins
Moura Pinto Silva
Moura Ribeiro Coutinho
Nereide C. de Albuquerque
Nica Patrícia Pontes Monteiro
Nilza Maria R. Barreto
Nonato L. da Silva
Oberto Santos do Carmo
Ocivaldo Cardoso do Amaral
Odenildo A. da Silva
Odenildo Alves Paixão
Odivaldo Ferreira de Souza
Olgarina Ferreira Cordeiro
Onelício Crimário L. Tavares
Osvaldo Silva Souza
Pablo da Rocha Lobo
Paulo Cézar R. Barreto
Paulo Roberto de Oliveira
Paulo Ronaldo de Oliveira
Paulo Sérgio B. Pimentel
Paulo Sérgio Cardoso Silva
Paulo Sérgio T. C. Junior
Pedro Nolasco de M. Tavares
Quirino Tapajós da Rocha
Raimundo Almeida da Costa
Raimundo Cândido Donato
Raimundo Cardoso
Raimundo Cardoso
Raimundo Caxias da Silva
Raimundo da Cunha Silva
Raimundo da Silva
Raimundo de Souza Figueira
Raimundo Nonato Alves
Raimundo Nonato R. Barreto
Raimundo Nonato S. Santos
Raimundo Reis de Oliveira
Raimundo Santana Barriga
Redimar Cardoso Pontes
Regiane Picanço Gemaque
Roberto Alves Guedes
Roberto Dias da Costa
Roberto Ribeiro S. da Silva
Romerson Sarges da Silva
Romilna Silva Paixão
Romilsa Silva Paixão
Romilson Sarges da Silva
Ronalti Sarges da Silva
Roni Silva Paixão
Rosângela dos S. Monteiro
Rosângela Gomes Quintela
Rosiana Sarges da Silva
Rosilene Borges e Silva
Rosilene Santos Marques
Rubinelton de J. Ferreira
Rudinelson de J. Ferreira
Rudnei de Jesus Ferreira
Rudson Brito dos Santos
Rutilene Rocha Roberto
Santinha Moura de Oliveira
Sebastiana M. dos Santos
Selma dos Santos Soares
Sérgio Almeida de Oliveira
Shirley Mendes Garrido
Silvia Cristina M. da Silva
Silvia Maria N. Coelho
Silvino Marques
Silvio Mendes Garrido
Socorro de Oliveira
Solange Furtado da Cunha
Suely de Jesus Ferreira
Suely Dias dos Santos
Suely Monteiro Duarte
Suley C. de Albuquerque
Suzana Quintela do Carmo
Suzana Regina Souto Banhos
Tatiana Rodrigues Almeida
Tereza de Jesus Corrêa
Terezinha Furtado da Cunha
Tomázia Rodrigues Duarte
Urbano Gonçalves Ribeiro
Veralza Sarges da Silva
Wadeneide Lima dos Santos
Waldelina Figueira Marques
Waldenir Lima dos Santos
Waldir Lobato Monteiro
Waldirene Figueira Marques
Waleriano B. do Nascimento
Wanderléia Figueira Marques
Wérica Brito dos Santos
Wilson de Oliveira
Zulmira Bezerra Nunes

domingo, 5 de janeiro de 2014

Os Maiores Desastres da Navegação Amapaense

Mesmo não havendo um levantamento oficial, diversas embarcações, de pequeno ou médio porte, têm naufragado nos rios da região amazônica, resultando em mortes ou apenas em danos materiais. Em sua maioria, os motivos desses naufrágios tenham sido causados pela superlotação. Ou seja, o excesso de passageiros durante seu deslocamento pode ter levado a própria embarcação à pique, quando a mesma já se encontrava à certa distância do local de partida ou de chegada. 

Nas últimas quatro décadas, houve o registro de cinco grandes desastres na navegação amapaense que repercutiram negativamente sobre o Amapá. Dessas fatalidades marítimas, apenas o primeiro não foi considerado um naufrágio ocasional, e sim, um incidente provocado por um descuido humano. 

Incêndio do Barco “Veloso” – Na madrugada do dia 10 de fevereiro de 1972, o Porto de Santana foi tomado por pânico devido um forte incêndio, irrompendo sobre as águas do Rio Amazonas e tomando conta de algumas embarcações que estavam aportadas. 
O incêndio foi provocado pelo escapamento de gasolina de uma balsa que fazia desembarque no Porto de Santana, o qual se espalhou pelas periferias de todo o rio.
Num descuido de uma pessoa, nunca identificada, ao atirar um fósforo acesso, provocou o incêndio, surgindo, de imediato, um grande lençol de chamas cobrindo todo o rio. As fortes chamas destruíram completamente o barco “Veloso”, que ocasionalmente passava em frenteao Porto de Santana, matando nove (09) pessoas à bordo, todas membros de uma só família. 

Naufrágio do Barco “Novo Amapá” – Considerado um dos maiores desastre da navegação mundial, o barco ribeirinho “Novo Amapá” naufragou na foz do Rio Cajarí, sudoeste do então Território Federal do Amapá, na noite de 06 de janeiro de 1981, matando mais de 350 pessoas. Sem qualquer concepção superior (e fiscalização das autoridades), a embarcação deixou o Porto de Santana na manhã daquele mesmo dia, levando cerca de 600 pessoas e pouco mais de uma tonelada de bagagem e produtos comerciais.
Por volta das 21hs do mesmo dia, o barco tombou na região do Cajarí, causando centenas de mortes. Mesmo não havendo uma lista oficial com o número de passageiros, estima-se que a quantidade de mortos chegasse a 400 óbitos. A notícia do sinistro só chegou ao conhecimento do povo amapaense na manhã seguinte (07/01), quando dois sobreviventes desembarcaram no mesmo Porto de onde o barco partiu (distrito de Santana) trazendo as primeiras informações sobre o ocorrido.
As buscas pelas vítimas e sobreviventes duraram cinco dias, contando com apoio do Governo Amapaense, da Marinha Mercante e de embarcações particulares. As centenas de corpos recolhidos foram sepultados no Cemitério Municipal de Santana, onde também foi erguido um Memorial contendo os nomes das vítimas que morreram nesse naufrágio. 

Naufrágio do Barco “Cidade de Óbidos I”– Na madrugada de 26 de janeiro de 2002 ocorre o naufrágio do barco “Cidade de Óbidos I”, na região de Jarilândia, próximo ao município de Laranjal do Jarí, matando sete (07) passageiros. A embarcação havia deixado o Porto de Santana na tarde do dia anterior (25), com destino à região de Laranjal do Jarí, levando cerca de 180 pessoas, entre autoridades políticas e correligionários que participariam de uma programação política naquele município.
Por volta das 5hs da manhã do dia seguinte, a embarcação colidiu bruscamente com a Balsa Magalhães, que estava sendo guiada pelo empurrador Florezano Neto, abrindo um buraco de quase 2m do lado esquerdo do barco “Cidade de Óbidos I”, causando o rápido afundamento da embarcação.
Morreram no naufrágio: Karina dos Santos Couri (18), Ana Cláudia Colares, Luan Richard Guiomar dos Santos (primo de Karina dos Santos Couri), de 12 anos; Alexandre Júnior Leite de 03 anos (filho de Ana Cláudia Colares); Arquimedes Afonso (segurança na Prefeitura de Santana), Vítor Santos (empresário), Simone Teran (jornalista e esposa do então deputado estadual Manoel Brasil). 

Naufrágio do barco “Diamante Negro” – Por volta das 13hs do dia 11 de julho de 2011, o Barco Marítimo (B/M) “Diamante Negro” naufraga nas proximidades da localidade de Pau Cavado, no município de Chaves (PA) quando retornava para o município de Santana (AP). Pelo menos cinco (05) pessoas morreram no naufrágio e 32 sobrevivem. Morreram no naufrágio: Maria de Belém Souza Martins (35 anos), Darlene dos Santos Dantas (11 anos), Laíz dos Santos Dantas (06 anos), Catiane Santos Barbosa (16 anos) e Yasmim Gama Da Silva (11 anos). 


Naufrágio do Barco “Reis I”– Já passava das 11hs da manhã quando o Barco Marítimo“Reis I” naufragou no último dia 12 de outubro de 2013, nas proximidades do Igarapé das Pedrinhas, em Macapá, causando a morte de 18 passageiros dos mais de 60 que se encontravam a bordo.
A embarcação, que se encontrava alugada para a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Civil Federais do Amapá (Sindsep-ap), havia seguido para a capital amapaense, levando pouco mais de 40 pessoas (sua capacidade máxima) onde acompanhavam a procissão fluvial de Nossa Senhora de Aparecida, após passar por vistoria da Capitânia dos Portos.
Porém, após o encerramento da procissão, a embarcação tombou no Rio Amazonas quando já retornava para o município de Santana, levando dezenas de pessoas (em sua maioria, pessoas com mais de 35 anos e aposentados) para dentro d’água. Entre os mortos, também estava o comandante-proprietário da embarcação (Reginaldo Reis Nobre).
De acordo com informações levantadas pela imprensa, o embarque de novos passageiros durante o retorno pode ter sobrecarregado o barco durante o trajeto de vinda.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Santana: Janeiro de 2013


2013: Um ano marcado por mudanças na economia local, repercussões e perdas irreparáveis para nossa cidade.


1° de Janeiro de 2013 – Em solenidade realizada na Câmara Municipal de Santana, Robson Rocha Freires é empossado como 7° prefeito do município de Santana, acompanhado de sua vice-prefeita Professora Roselina Matos. Também são empossados os seguintes vereadores: José Roberto (PT), Richard Madureira (PT), Jailson Matos (DEM), Dr. Fábio Santos (PMDB), Ronilson Barriga (DEM), Josivaldo Abrantes (PSDB), Anderson Almeida (PR), Adelson Rocha (PSD), Socorro Balieiro (PR), Vicente Marques (PTN), Ivo Giusti (PSB), Claudomiro “Coló” Guedes (PPS) e Robson Coutinho (PSD). 

10 de Janeiro de 2013 – Em visita ao Estado do Amapá, o presidente da corporação indiana Zamim Ferrous, Pramod Agarwal, é recebido pelo governador amapaense Camilo Capiberibe, onde apresenta o projeto e plano de investimentos de US$ 120 milhões para o Amapá, vindo a gerar mais e 1.200 empregos nas áreas técnicas e administrativas. Na ocasião, o Presidente da empresa indiana ressaltou que tais investimentos também servirão para melhor adequar sistematicamente o Porto de Santana, que será indispensável para o andamento de tais projetos a serem desenvolvidos no Amapá. 

14 de Janeiro de 2013 – Em audiência com o prefeito de Macapá, Clécio Luís, o deputado estadual Manoel Brasil apresenta ao chefe do Executivo um projeto de grande impacto turístico e de urbanização envolvendo as duas maiores cidades amapaenses, denominado de Rodovia Litorânea, que ligaria a Orla do bairro Santa Inês (em Macapá) até o município vizinho de Santana, margeando o Rio Amazonas. 

20 de Janeiro de 2013 – A Controladoria Geral da União (CGU) divulga um relatório técnico identificando fraudes no programa “Bolsa Família”, desenvolvido pelo Governo Federal, e vinha sendo coordenado pela Secretaria Municipal de Ação Social, Trabalho e Cidadania de Santana. Segundo o relatório, técnicos do CGU constataram que pelo menos 3% dos beneficiários (correspondente a 362 pessoas) do programa no município santanense, em 2012, tinha vínculo empregatício em diferentes órgãos da administração municipal, estadual e até federal. 

21 de Janeiro de 2013 – Mesmo ainda não havendo um relatório final sobre a situação em que encontrou o município, o prefeito de Santana Robson Rocha calcula que dívida deixada pela gestão anterior ultrapasse R$ 100 milhões, onde cerca de R$ 20 milhões estariam somente relacionados com a Sanprev (instituição previdenciária do município), enquanto que outros R$ 10 milhões estariam ligados com operações irregulares feitas na Companhia Docas de Santana (CDSA), somadas com outras dívidas administrativas. 

26 de Janeiro de 2013 – Atraca no Porto de Santana, o transatlântico alemão “Marco Polo”, de procedência de Bahamas, trazendo cerca de 750 turistas da melhor idade, onde visitam diversos pontos turísticos do Estado como a Fortaleza de São José, o Museu Sacaca, o Monumento Marco Zero e a Casa do Artesão. 

26 de Janeiro de 2013 – O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE/AP) entrega a primeira etapa das obras de construção da nova sede do cartório Eleitoral da 6ª Zona Eleitoral de Santana.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A Criação dos Símbolos Municipais de Santana


Na foto, a Bandeira Municipal (cima) juntamente com o Brasão das Armas (em baixo) do município de Santana.

Em Fevereiro de 1989, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Santana, que tinha como titular a professora Maria Luiza Tavares de Souza, juntamente com seu Departamento de Cultura, Esporte e Lazer (o Diretor era Paulo César Gonçalves) apresentaram ao então prefeito de Santana Rosemiro Rocha a idéia de implantarem símbolos e um Hino no sistema de ensino público da cidade, como uma forma de demonstrar os valores artísticos, culturais e civis de seu povo. 

A idéia recebeu total aprovação do Chefe do Executivo santanense, que imediatamente autorizou o lançamento de um Edital de Concorrência, visando não apenas criar o Hino e a Bandeira, mas também o Escudo Municipal (Brasão). 

Em 11 de abril de 1989, é lançado o Edital do Concurso, contendo 12 itens que explicavam em detalhes os requisitos para as pessoas que estivessem interessadas em participar. Sob o tema “Identifique Seu Município”, o concurso escolheria os Símbolos que melhor representassem as tendências e valores sociais, econômicos e culturais do povo santanense, incluindo traços que informassem sobre a fauna e a flora regional. 

De acordo com o Edital, durante um mês (no período de 1º a 30 de maio daquele ano), os participantes que se inscreviam para o concurso apresentavam suas “criações” em papel tamanho Ofício, lacrando-os em envelope cor parda, identificando-se na capa com pseudônimos (nomes artísticos). Em paralelo com este envelope, os participantes colocavam sua identidade verdadeira em outro envelope, agora lacrado e contendo seu pseudônimo. 

Encerrado o prazo de entrega, somente na manhã do dia 15 de junho corrente, ocorreria na sede do Independente Esporte Clube, a apresentação pública e a escolha final dos símbolos do município de Santana. Numa solenidade que contou com a presença da secretária Municipal de Educação, professora Maria Luiza Tavares (assim como inúmeros populares), o Júri era composto por pessoas completamente inteiradas sobre os assuntos (professores, magistrados e historiadores de Macapá), e se surpreenderam com a quantidade de trabalhos inscritos para o certame: ao todo foram inscritos 05 Hinos, 43 Bandeiras e 45 Brasões (Escudos), onde apenas um viria a representar cada categoria. 

Para a escolha do Hino, o júri estava composto pela Professora de Literatura Cezarlina Souza, o Capitão da Polícia Militar PM Emídio Gaspar, o Subtenente e maestro de música Juvenal Filho, e as Professoras de Música Meire Lobato e Leila Soares da Cunha. 

Os escolhidos para compor o Júri da escolha da Bandeira e escudo foram o Professor Manoel Bispo Corrêa (diretor da Escola de Artes Cândido Portinari), o artista plástico Olivar Cunha, o professor Dagoberto D. Costa (Bacharel em História), o Capitão da Polícia Militar PM João Estoesse Monteiro de Araújo e Orlando de Oliveira Borges (1° Tenente Farmacêutico do 3° BEF). 

Os Vencedores
Os candidatos concorreram com seus pseudônimos para melhor lisura, tendo em vista que a criatividade e a qualidade dos temas foram os itens responsáveis pela escolha. Para o Hino, Elaine de Araújo Ferreira (com pseudônimo de “Guerreira Tucujus”) foi escolhida com letra e música, sendo que Elivaldo de Oliveira Guimarães (“Ptácito”) foi o ganhador com melhor Brasão e Nazareno de Queiroz Silva (“Yanomany”) com a melhor Bandeira. 

Os ganhadores receberam medalhas, além de um prêmio no valor de Cr$ 500,00 (hoje cerca de R$ 400), enquanto que os demais participantes receberam medalhas de honra ao mérito. 

Dias após a escolha dos símbolos municipais, a secretária de Educação Professora Maria Luiza Tavares encaminhou ao prefeito de Santana Rosemiro Rocha o cronograma de entrega e distribuição dos novos símbolos para a rede de ensino municipal, como forma de logo implantá-los no sistema cultural de ensino das escolas.